Em meio ao agravamento da pandemia, Dino vai aglomerar com líderes partidários para discutir eleições 2022
Política

Em meio ao agravamento da pandemia, Dino vai aglomerar com líderes partidários para discutir eleições 2022

Governador pretende encaminhar a própria sucessão ao Palácio dos Leões e pré-candidatura ao Senado

Apesar do agravamento da pandemia do novo coronavírus no Maranhão, principalmente em São Luís, onde a rede hospitalar pública e privada está em colapso, o governador Flávio Dino (PCdoB) não cancelou a reunião marcada com líderes partidários e políticos para o próximo dia 31, na sede do Palácio dos Leões, que fica na capital. A previsão é de que, entre convidados e agregados, cerca de 30 pessoas estejam presentes.

Fora da agenda institucional, a aglomeração tem como foco discutir as eleições de 2022, com encaminhamentos sobre a sucessão do próprio comunista e de sua pré-candidatura ao Senado Federal.

Em xeque-mate, Dino já confirmou ao núcleo central de seu governo que estará na chapa encabeçada pelo hoje vice-governador Carlos Brandão (PSDB). Em abril do próximo ano, o tucano assumirá o controle dos cofres estaduais, quando Flávio Dino se desincompatibilizar do cargo.

Correndo contra o tempo, Flávio Dino tenta demover o senador Weverton Rocha (PDT) e o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) de suas pré-candidaturas ao governo, já que, segundo teria dito a interlocutores, precisa mais de Brandão para permanecer no poder do que o contrário. Se a estratégia não der certo, restará a jogada arriscada de tentar garantir a confirmação de que, mesmo fechado para a disputa pelo Palácio dos Leões apenas com Brandão, ele seja o único nome dos demais ao Senado.

Dois temores aflingem Dino, e por isso a aglomeração não pode ser adiada:

Um é o risco iminente de perder a vaga para o senador Roberto Rocha (ainda no PSDB), que declarou ao ATUAL7 a vontade pessoal de renovar o mandato, e deve ser apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na tarefa. O outro é até conseguir ser eleito para o Senado, mas com menos votos do que Weverton em 2018, o que o colocaria na vexaminosa posição subliderança política da República, abaixo da conquistada pelo pedetista.

A reunião não pode ser online, mas apenas presencial, porque Flávio Dino receia ser gravado.



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