Sem citar Weverton, Dino diz que ‘há quem queira’ chave do governo apenas para aumentar patrimônio pessoal
Política

Sem citar Weverton, Dino diz que ‘há quem queira’ chave do governo apenas para aumentar patrimônio pessoal

Governador do Maranhão definiu que probidade, honestidade e capacidade de unir o grupo como critérios para escolha de seu sucessor ao Palácio dos Leões

O governador Flávio Dino (PSB) alertou nesta terça-feira (29) que na política há pessoas que querem chegar ao comando do Poder Executivo apenas para enriquecer ilicitamente às custas do dinheiro público.

“São Pedro, no sistema de crenças cristãs, é aquele santo que tem a chave do céu. Eu acho, decorridos seis anos e pouco de governo, que governo é, um pouco, ter a chave nas mãos. A questão fundamental é: o que fazer com ela? O que fazer com essa chave? Há quem queira a chave do governo do Estado apenas para abrir o cofre. Abrir o cofre para pegar o dinheiro e aumentar o seu patrimônio pessoal. Infelizmente, acontece isso na política”, afirmou, em discurso de inauguração da primeira Policlínica dedicada ao tratamento da pessoa idosa no Maranhão.

Localizada no bairro da Liberdade, em São Luís, a inauguração do equipamento de Saúde integra as ações do Plano de Urbanização para a área do projeto PAC Rio Anil.

“Nós fazemos diferente. Nós queremos essa chave nas mãos, que Deus e o povo nos deram a honra de tê-la, para poder com ela abrir portas que significam direito, dignidade e vida”, concluiu, referindo-se ao governo liderado por ele e o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSDB), seu sucessor no cargo a partir do próximo ano.

Embora Dino não tenha citado nomes, no bastidor, a declaração foi recebida como petardo contra o senador Weverton Rocha (PDT), único dos dois integrantes da base dinista pré-candidatos ao Palácio dos Leões que ainda tem ou teve envolvimento com casos na Justiça relacionados a enriquecimento ilícito e apropriação indébita.

Ambos foram mostrados pelo ATUAL7.

Respectivamente, o primeiro, ainda em tramitação, se refere ao período em que Weverton era assessor do gabinete do então ministro Carlos Lupi, no Ministério do Trabalho e Emprego; e o segundo, já arquivado por morosidade da Justiça, de quando era presidente da quebrada UMES (União Municipal de Estudantes Secundaristas).

Há ainda a acusação de peculato no caso Ginásio Costa Rodrigues, em São Luís, e um inquérito instaurado pela Polícia Federal recentemente, sigiloso, que investiga se Weverton Rocha se apropriou de recursos eleitorais na campanha eleitoral de 2018, quando se elegeu para o Senado.

Em entrevista no início de junho aos jornalistas Dri Dilorenzo e Renato Rovai, do Fórum Onze e Meia, Flávio Dino declarou que definiu como critérios utilizadas por ele para escolha de seu sucessor a “probidade, honestidade, seriedade e capacidade de unir o grupo”.

Sobre o último critério, na semana passada, o governador do Maranhão repercutiu uma publicação no Twitter em que Carlos Brandão critica o açodamento eleitoral de Weverton para tentar se manter em evidência na corrida pelo Palácio dos Leões em 2022. Enquanto o senador pedetista provoca rachas, Dino tem trabalhado pela construção de um consenso a partir de sua definição por Brandão.



Comentários 2

  1. helena

    Devo concordar com Dino. No Brasil, a pessoa ede origem pobre, entra na política e num piscar de olhos se torna milionária com um poder aquisitivo até superior a muitos empresários.

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