Investigação sobre Francisco Nagib avança em licitações suspeitas de quase R$ 32 milhões
Política

Investigação sobre Francisco Nagib avança em licitações suspeitas de quase R$ 32 milhões

Inquérito mira gestão do pedetista na prefeitura de Codó

Uma investigação que tramita na 1ª Promotoria de Justiça de Codó avançou na busca de elementos que reforcem a efetiva contratação e pagamentos pela gestão Francisco Nagib (PDT) à empresas consagradas vencedoras em licitações suspeitas de quase R$ 32 milhões, adjudicadas e homologadas pela prefeitura do município no ano passado.

A apuração preliminar para levantamento de informações, chamada internamente de notícia de fato, foi instaurada pelo Ministério Público do Maranhão ainda em 2020, com base em representação ofertada pelo então vereador Cabo Bezerra (PTC). No documento, é apontado possíveis abusos de poder político e econômico pelo pedetista, com suposto uso indevido da máquina administrativa e servidores públicos, visando autopromoção, e que as licitações milionárias teriam sido realizadas sem transparência, supostamente com caráter eleitoreiro.

À época, Nagib ainda postulava a reeleição para a prefeitura de Codó. Atualmente, é diretor do Departamento de Trânsito do Maranhão, autarquia comandada no governo Flávio Dino pelo PDT, desde 2016.

As licitações sob investigação dizem respeito à aquisição de 24,7 mil tablets e 15 mil bicicletas –com capacete de segurança para ciclista, cada– para que as unidades municipais de ensino pudessem manter a grade de aulas em meio à pandemia da Covid-19.

Para aprofundamento da investigação, já convertida em inquérito civil, na última segunda-feira (20) o promotor Carlos Augusto Soares, que atua no caso, solicitou à prefeitura de Codó uma série de informações e esclarecimentos, como: se houve a efetiva contratação e efetivo fornecimento dos produtos, e encaminhamento de cópia integral dos procedimentos licitatórios, contratos e processos de pagamento relacionados às compras, para a devida análise técnica.

Procurado pelo ATUAL7, Francisco Nagib afirmou que os produtos não chegaram a ser comprados nem pagos pela prefeitura municipal. “Posso lhe garantir, pois o recurso que estava previsto para chegar não foi liberado. Então não teve efeito nenhum. E não fui candidato para caracterizar algo eleitoreiro”, disse, rebatendo também a suspeita de falta de transparência da gestão nas licitações.



Comentários 1

  1. Giovanni Graciliano

    Cabo Bezerra era, na época da denúncia, candidato ao cargo de prefeito, sendo que o mesmo jamais foi vereador em Codó.

Comente esta reportagem