Sem aval do próprio PT nem do governador Flávio Dino (PSB) na disputa pelo Palácio dos Leões, o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão (PSB), declarou em entrevista ao jornal O Estado, publicada nesta terça-feira (19), que segue aberto para a disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022.
"É bem claro: ou eu sou candidato a governador, ou, na remota hipótese de o partido não me dar aval para candidatura, eu serei candidato a deputado federal”, disse, repetindo resposta anterior, ao ser questionado pelo jornalista Gilberto Léda sobre a possibilidade de ocupar a vaga de vice –que chegou a ser cogitada na chapa encabeçada por Carlos Brandão (PSDB), que assume o comando do Governo do Estado no ano que vem para disputar a reeleição com apoio de Dino.
Apesar de parte do dinismo intentar um golpe contra Brandão, a estratégia desenhada pelo próprio Flávio Dino é simples: além de estancar a aproximação que o senador Weverton Rocha (PDT) vinha tentando criar com o PT maranhense, a pré-candidatura de Camarão ao Governo do Estado tem como pano de fundo gerar poder de voto ao secretário de Educação, que será testado nas urnas pela primeira vez.
Se o plano der certo, além de eleito para a Câmara, Felipe Camarão servirá ainda como puxador de votos para carregar pelo menos mais um petista para Brasília, atendendo a desejo manifestado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando esteve no Maranhão, em agosto. O objetivo do Partido dos Trabalhadores para 2022 é eleger uma bancada forte para o Congresso Nacional, não entrar em disputas por governos estaduais.
Além disso, como Flávio Dino pretende disputar o Senado, e para que isso aconteça precisará, primeiro, renunciar ao cargo até abril do próximo ano, para apoiar qualquer outro nome que não seja o do seu atual vice, o governador do Maranhão precisaria convencer Brandão a ficar no posto até o final do mandato, e, fatalmente, sem cargo eletivo a partir de 2023, totalmente dependente do grupo ora encastelado no Palácio dos Leões, que já demonstrou por diversas vezes não ser unido.
Como a conjuntura é impossível, por o próprio Dino estar em xeque-mate e integralmente submetido ao poder que Brandão exercerá sobre a caneta a partir de abril, a candidatura de Camarão ao governo se torna inviável e natimorta. Ainda assim, sob a estratégia de eleger bancada forte para o Congresso, será mantida em evidência "até o último momento", conforme declarado pelo próprio secretário de Educação na entrevista.
Em troca do apoio exclusivo de Lula, a vaga de vice na chapa de Carlos Brandão ainda pode ficar com o PT.
O nome mais cotado, segundo apurou o ATUAL7, é o do deputado estadual Zé Inácio, que conta com apoio da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann.
Por óbvio que um blog alinhado ao Republicanos lança esse petardo de fake news, para tentar esvaziar a candidatura de Felipe Camarão. De longe ele tem todos os atributos pra ser o quadro qualificado do PT. Como a política é dinâmica, Felipe não possui nenhum impasse que o impeça da pre candidatura (possui apoio da grande maioria da base, não tem rejeição, aliado fiel do Governador Dino). O movimento, o passo a mais, da candidatura do Felipe seria uma via de consenso para o fortalecimento da liderança nacional que é o Flavio Dino hoje.
De fato, ou o blogue é disseminador de faknews ou desatualizado, porque a título de informação o Gov. Flávio Dino a pedido de vários partidos da base, PT, inclusive o seu PSB, adiou para o ano que vem o anúncio ou a definição sobre o seu candidato,claro que significa que o seu candidato é o Felipe Camarão
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