Weverton volta a dizer que não depende de Dino, ataca governo e desdenha de reunião com base
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Weverton volta a dizer que não depende de Dino, ataca governo e desdenha de reunião com base

Pré-candidato ao Palácio dos Leões, senador se diz inconformado com a atual situação do Maranhão. Apesar de proximidade com o bolsonarismo, pedetista tenta forçar apoio do PT

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) investiu forte no discurso de inimigo íntimo do governador Flávio Dino (PSB), nesta terça-feira (18), durante entrevista à TV Mirante.

Segundo voltou a afirmar o pedetista, sua pré-candidatura ao Palácio dos Leões em 2022 não depende do apoio de Dino nem haverá qualquer recuo na pretensão caso o chefe do Executivo mantenha a posição pessoal de apoio ao nome do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) para sucessão estadual no pleito de outubro.

“Eu não quero ser candidato do Flávio Dino, do Lula, do Ciro Gomes ou de quem quer que seja. Eu quero ser candidato do povo do Maranhão”, declarou, em tom populista.

Já marcando oposição a Dino e Brandão, Weverton atacou o governo diretamente pela primeira vez, e disse, sem entrar em detalhes sobre o alegado atraso ou apresentar soluções, que o Maranhão “não dá para ficar do jeito que está”.

“Eu não me conformo de ver o Maranhão, com o potencial turístico que tem... Você tem a Chapada das Mesas, o Delta das Américas, os Lençóis Maranhenses, a Ilha de São Luís... Um potencial fantástico para a gente explorar a cultura e o turismo, e a gente não vê isso acontecendo”, disse, completando com críticas à legislação ambiental.

Apesar de tentar conservar a imagem de que respeita e de que é aliado do governador Flávio Dino, o líder do PDT no Maranhão desdenhou do mandatário e da reunião do grupo político agendada para o fim do mês.

“Eu não estou preocupado com reunião do dia 31 [de janeiro] ou com decisão do Flávio”, disparou.

Pondo em dúvida a realização do próprio encontro, Weverton afirmou que Dino não deveria ter marcado nova reunião, mas já finalizado a decisão do grupo ainda no ano passado, e que ele, não Brandão, deveria ter sido o escolhido, por ser, segundo ele, o único a preencher todos os critérios estabelecidos.

“Primeiro que eu não acredito, se tiver a reunião no fim do mês, que será discutida essa carta. Se fosse discutida a carta, não era para ter essa reunião no final do mês. Era para já haver uma decisão do grupo em geral, inclusive do governador, do candidato ser o Weverton”, disse.

Amigo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PP), Weverton caminha para formar aliança com pelo menos três legendas corroídas pelo bolsonarismo no Congresso: DEM, PP e Republicanos. Também está apalavrado com ele a Rede. Apesar da proximidade pública com a base bolsonarista, tenta forçar o apoio do PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No ano passado, após insinuar não precisar do governador maranhense para disputar a sucessão estadual, o pedetista abriu diálogo de cunho eleitoral com o senador Roberto Rocha, desafeto do mandatário. A traição, que Weverton diz não aceitar que lhe seja atribuída, já era esperada por Flávio Dino.



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