Agentes da Polícia Federal e servidores da Controladoria-Geral da União seguem no município de Santa Helena, concluindo diligências relacionadas à Operação Contabilista, que apura suposta organização criminosa especialista em direcionamento e desvios de recursos públicos destinados para o custeio do serviço de transporte escolar.
Segundo apurou o ATUAL7, a PF está dando apoio à auditoria que está sendo realizada in loco pela CGU em contratos da gestão anterior do prefeito Zezildo Almeida (PTB), reeleito em 2020. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos nesta sexta-feira (18).
Na última quarta-feira (16), 50 policiais federais e 3 servidores da CGU cumpriram 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região em endereços do Executivo municipal de Santa Helena, incluindo o prédio da prefeitura, e nas cidades de São Luís e Pinheiro. Residências do prefeito também foram alvo das buscas.
A operação foi batizada de Contabilista em referência ao próprio gestor municipal. De acordo com a PF, ele é contador de empresa com indícios de ser de fachada que ganhou todos os contratos da prefeitura para prestação de serviços de transporte escolar, entre os anos de 2017 e 2020.
Segundo análise da CGU, foi possível identificar direcionamento e sobrepreço nas contratações, que ultrapassam R$ 6,3 milhões.
Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude à licitação, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa. Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 34 anos de prisão.
Nas redes sociais, Zezildo Almeida divulgou nota em que garante ter atuado como contador da empresa investigada apenas durante a abertura desta, em 2015, e que todos os serviços de transporte escolar contratados têm sido prestados de forma eficiente. O prefeito de Santa Helena diz ainda que apoia o trabalho das autoridades envolvidas na realização da operação.
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