Dino esvaziou Casa Civil e privilegiou Segov, para onde voltou Galdino, antes de renunciar cargo
Política

Dino esvaziou Casa Civil e privilegiou Segov, para onde voltou Galdino, antes de renunciar cargo

Ex-mandatário do Estado remanejou mais de 20 cargos para pasta novamente comandada pelo pupilo

O ex-governador Flávio Dino (PSB) esvaziou a Casa Civil e privilegiou a Secretaria de Estado de Governo pouco antes renunciar ao cargo de chefe do Executivo para disputar o Senado nas eleições de outubro deste ano.

O esvaziamento foi promovido por meio de decreto, com remanejamento da estrutura da Casa Civil para a estrutura da Segov mais de 20 cargos em comissão, inclusive de simbologia Isolado, a mais bem remunerada da administração pública.

Embora republicado no DOE (Diário Oficial do Estado) no dia 1º de abril, quando passou a entrar em vigor, segundo a publicação, o decreto foi assinado em 9 de março, com efeitos de validade contados desde o 1º daquele mês.

Além de Dino, assina o documento o então chefe da Casa Civil, Diego Galdino, um dos novos pupilos do ex-governador maranhense.

Em acordo com o antecessor, o agora governador Carlos Brandão (PSB), que assumiu o comando minoritário e aquinhoado do Palácio dos Leões para tentar a reeleição, exonerou Galdino da Casa Civil, mas o nomeou justamente como titular da Segov –a qual ele já havia comandado entre julho de 2019 e a agosto de 2021.

A Secretaria de Governo do Maranhão é uma das pastas que, no governo compartilhado entre Dino e Brandão, segue sob controle de indicados pelo ex-governador.

Integrante do primeiro escalão do Poder Executivo, a Segov tem por finalidade assistir direta e imediatamente o governador do Estado no desempenho de suas atribuições, especialmente nos atos de gestão dos negócios públicos, no monitoramento e avaliação da ação governamental, na coordenação de programas e projetos estratégicos, cerimonial público, assessoria militar do governo e outras atribuições que lhe forem delegadas pelo mandatário do Estado.

Com a saída de Galdino da Casa Civil, o novo titular passou a ser o tucano Sebastião Madeira, ex-prefeito de Imperatriz. Embora indicado por Carlos Brandão, ele teve o nome confirmado apenas após a aceitação de Flávio Dino, que havia rejeitado outros nomes sugeridos inicialmente por Brandão.

A Casa Civil, que já foi uma das pastas mais importantes e cobiçadas do primeiro escalão, tem como finalidade a articulação com órgãos e entidades das outras esferas de governo, na coordenação da atuação dos órgãos regionais, relações com a sociedade, representação governamental, relações institucionais e políticas com os Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, bem como o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público Estadual, além da gestão do Diário Oficial e outras atribuições que lhe forem delegadas pelo governador.



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