Afinal, o que é o Pix?
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Afinal, o que é o Pix?

Por José Aderaldo Neto*

Como é sabido, aos dezesseis dias do mês corrente, foi lançado e disponibilizado oficialmente o Pix, nova modalidade de transações financeiras. Mas, neste primeiro momento, há muito a ser esclarecido ao público em geral, que busca entender como funciona e o porquê de tamanha repercussão acerca deste novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

SPB é toda estrutura integrada de operações e procedimentos que, de forma eletrônica, permite que os agentes econômicos presentes no Brasil façam movimentações financeiras entre si, tais como: Transferência Eletronicamente Disponível (TED), Documento de Ordem de Crédito (DOC) e outros. Além desse arcabouço, existem instituições que se relacionam com o Banco Central do Brasil (Bacen) para dar segurança e manutenção ao sistema como um todo. Ou seja, a função básica do Sistema de Pagamentos Brasileiro é garantir a movimentação de recursos financeiros de forma segura e eficiente.

Evidentemente, uma transação feita entre dois agentes econômicos via cheque, por exemplo, é menos segura, mais cara e menos eficiente (velocidade de compensação financeira) do que uma transação por TED.

Dito isto, podemos agora entender o quê o Pix traz de novidade para o SPB. Primeiramente, ele é um meio de transferência instantânea, altamente eficiente e com baixo custo de transação. Espera-se que, em questão de segundos, os recursos sejam compensados e estejam disponíveis para uso em qualquer hora (24 horas) ou dia (7 dias por semana).

Outra potencial consequência do advento do Pix é que aumente a velocidade das transações, uma vez considerado que o mecanismo gerará um estímulo para o mercado varejista, que passará a ter maior volume de negócios, com menor custo, a partir da eletronização das atividades de compra e venda.

Sem a necessidade de intermediários ou de máquinas de cartão, as operações de compra e transferência poderão ser feitas diretamente pelo próprio aparelho celular. E a grande diferença é que, com o Pix, não é mais necessário saber em qual instituição bancária a pessoa possui conta, e nem os seus dados da entidade financeira com a qual mantem relacionamento. O usuário poderá realizar a transferência a partir de um número de telefone da sua lista de contatos, usando a chave Pix disponível no aplicativo do seu banco.

O Pix promete revolucionar o mercado pela sua praticidade na execução de transações. Além disso, irá alimentar bastante o varejo do e-commerce, o que deve ser encarado como oportunidade e desafio para os pequenos e médios varejistas. Outras evoluções deverão ocorrer à medida que esta tecnologia se consolide, uma vez que, pelo uso dos smartphones, estes passam a ser uma ferramenta ainda mais imprescindível para uso pessoal e, agora, comercial.

*Mestre em Economia e Economista da Adeconomic Consultoria Empresarial ([email protected])

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