Alex Aragão
Maranhão

Alex Aragão diz que foi vítima de armação política e tirado da convivência dos dois filhos autistas

O Blog do Gilberto Léda publicou com exclusividade, desde as primeiras horas deste domingo 24, a carta deixada pelo ex-delegado de Coroatá, Alex Aragão – que respondia pela Delegacia de São Raimundo das Mangabeiras -, antes de se matar num apartamento em Teresina, no Piauí.

Escrito de próprio punho, o relato explicita o que Aragão considerou como os motivos para tirar a própria vida com um tiro na boca: perseguição, em virtude da sua transferência de Coroatá para São Raimundo das Mangabeiras, e a distâncias dos dois filhos autistas.

“Me despeço dessa vida porque não aguento mais a perseguição que recai sobre mim desde que surgiu o problema com advogado de Coroatá. […] Me envolveram em uma armação política”, escreveu.

A carta foi escrita em uma página de uma agenda pessoal do delegado, exatamente na data em que os investigadores acreditam que ele cometeu o suicídio, dia 8 de janeiro. Algo que foi escrito no dia 9, porém, está encoberto por fita gomada.

A mensagem é direcionada à mãe, aos irmãos e aos filhos, de quem ele dizia ter sido afastado. “Que depois de hoje isso não se repita […]. Me tiraram da convivência dos meus filhos”, completou.

Alex Aragão deixou também um recado à Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) do Maranhão. “Quero que a associação interceda por mim pelos direitos dos meus filhos”, pediu, antes de finalizar agradecendo a Deus por ter dado a ele a oportunidade de ter sido delegado.

Veja a carta deixada por delegado que se matou em Teresina