Atenir Botelho
Com mais de 30 processos, Atenir Botelho comemora decisão antecipada do TJ-MA
Política

Prefeito cassado de Alto Alegre do Pindaré afirma no município que decisão será dada durante o plantão judiciário deste fim de semana

O ficha suja Atenir Ribeiro Marques, o Atenir Botelho (PRTB), que deixou o cargo de prefeito de Alto Alegre do Pindaré após ser confirmado como cassado, voltou a comemorar decisão antecipada do Tribunal de Justiça do Maranhão que, segundo ele, lhe retornará ao cargo.

A decisão, segundo o prefeito cassado, seria dada durante o plantão judiciário deste fim de semana, que curiosamente está sob o comando do desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos, que julgou a si próprio ontem 4, em vez de distribuir um mandado de segurança feito pela defesa do agora prefeito, Francisco Gomes da Silva, o “Edésio” (PDT). A confusão, segundo os advogados de Edésio, deve ser denunciada ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Esta já é segunda vez, em menos de uma semana, que Atenir Botelho, que tem mais de 30 processos que pedem sua cassação no TJ-MA por indícios de corrupção, comemora uma decisão antecipada do Judiciário maranhense.

A primeira foi quando, também no plantão judiciário, o desembargador Ricardo Duailibe iria decidir sobre sua cassação ou retorno ao comando do município. Embora Botelho tenha permanecido cassado, ao se manifestar sobre o caso, Duailibe deu declarações estranhas sobre suposta influências que estaria sofrendo de blogs, como se não tivesse certeza do que decidir sobre o caso de acordo como prevê a Justiça.

TJ-MA mantém cassação do prefeito de Alto Alegre do Pindaré
Política

Atenir Botelho permanecia no cargo em virtude do efeito suspensivo de um agravo. Decisão é do desembargador Ricardo Duailibe

O desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, Ricardo Duailibe, atuando pelo plantão judiciário, decidiu manter, neste domingo 28, a cassação do prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Atenir Ribeiro Marques, o Atenir Botelho (PRTB).

Botelho já havia sido cassado pela Justiça de primeiro grau, mas estava no cargo em virtude do efeito suspensivo de um agravo protocolado por seus advogados em uma ação de improbidade em que já havia sido cassado pela Justiça de 1º grau.

Na sexta-feira 26, contudo, ao apreciar o mérito, o desembargador Marcelino Everton julgou o agravo, negando-lhe provimento, e afastou o efeito suspensivo, mantendo a cassação determinada pelo juízo inicial.

No mandado de segurança protocolado no plantão, Atenir Botelho alegou que a decisão de Everton era teratológica e pediu a revogação. Em seu despacho, porém, Ricardo Duailibe sequer analisou o pedido do prefeito cassado, e determinou que o caso seja julgado apenas após manifestação do desembargador Marcelino Everton.