O presidente da Seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Thiago Diaz, que tomou posse na quinta-feira 7, precisa tomar uma ação mais energética se quiser provar que vai mesmo cumprir uma de suas principais bandeiras de campanha, que é a do respeito ao advogado, pois se for contar com a imparcialidade do Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, conforme cobrou na manhã deste sábado em reunião com o coronel Heron Santos, corregedor-adjunto da PM-MA, vai ser envergonhado logo na primeira semana de gestão.
Explica-se:
Enquanto Diaz e comitiva da OAB-MA se deslocavam para Bacabal após reunião com o corregedor-adjunto da PM-MA, o comandante do 15º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Miguel Neto, compartilhava fotos em um grupo de WhatsApp do município debochando do suposto afastamento de sua função após viralização de um flagrante em vídeo em que ele aparece apontando a arma de trabalho, uma PT .40, em direção a cabeça do policial Ney Fernandes Bandeira, o Cabo Bandeira, e do advogado Juscelino Farias Mendes, que o acompanhava.
Além de obrigar o presidente da OAB-MA a mostrar a que veio para não ser desmoralizado pela oposição e perder a credibilidade juntos aos advogados maranhenses que acreditaram em suas promessas de campanha, o deboche do tenente-coronel Miguel Neto deve gerar nova crise no Sistema de Segurança Pública do governo Flávio Dino, pois expõe de forma clara a diferença de tratamento dado pelo Comando Geral da PM-MA aos praças e aos oficiais.
Diferença de tratamento essa que pode ser lembrada no caso que ocorreu no ano passado na Vila Luizão, em São Luís, quando Dino e o titular da SSP, delegado Jefferson Portela, apressaram-se em lançar nota acusando cabos pela morte de um jovem. Como agora envolve um tenente-coronel, comandante do 15º BPM de Bacabal, o governo permanece em silêncio e sob suspeita de, em vez de afastamento, ter dado férias para um oficial de alto comando que agiu como um criminoso.