Coronelismo Gospel
PRE quer barrar coronelismo gospel nas eleições de 2018 no Maranhão
Política

Órgão expediu recomendação a dirigentes de entidades religiosas e partidos políticos com o objetivo manter o equilíbrio do pleito

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Maranhão encaminhou recomendação aos capelães religiosos do estado, aos diretórios estaduais de partidos políticos e aos principais dirigentes de entidades religiosas, orientado qualquer pessoa que represente liderança de uma religião, a não promover ou participar de atividades que possam ser entendidas como propaganda eleitoral ou emprego de recursos dos templos religiosos em prol de determinadas candidaturas, especialmente nos locais de cultos.

Segundo o próprio PRE/MA, o documento, que se destina à orientação de padres, sacerdotes, clérigos, pastores, ministros religiosos, presbíteros, epíscopos, abades, vigários, reverendos, bispos, pontífices ou qualquer representante religioso, leva em consideração o entendimento, firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que a propaganda eleitoral em prol de candidatos feita por entidade religiosa, ainda que de modo velado, pode caracterizar abuso de poder econômico e, por isso, deve ser uma prática vedada.

Nas últimas semanas, praticamente todos os pré-candidatos ao Palácio dos Leões e ao Senado Federal participaram de eventos em templos religiosos, sendo inclusive apresentado aos membros como o nome dessas igrejas para o pleito.

Para o procurador regional eleitoral Pedro Henrique Castelo Branco, a utilização dos recursos dos templos pode causar desequilíbrio na igualdade de chances entre os candidatos, o que poderia atingir gravemente a normalidade e a legitimidade das eleições e até mesmo levar à cassação do registro ou do diploma dos candidatos beneficiados, se eleitos.

Baixe a íntegra da recomendação que tenta barrar o coronelismo gospel nas eleições de 2018 no Maranhão.