CPI do MEC
Pelo MA, apenas Eliziane Gama assina pedido de CPI do MEC
Política

Weverton Rocha e Roberto Rocha são pré-candidatos ao Palácio dos Leões em 2022. Pedetista chegou a apoiar investigação, mas recuou

Dos três senadores do Maranhão, apenas Eliziane Gama (Cidadania) assina o pedido para abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar suspeitas de tráfico de influência e existência de um balcão de negócios para a distribuição de recursos públicos do MEC (Ministério da Educação). Ela também foi a única representante do estado a integrar a CPI da Covid.

Embora filiado ao PDT, partido de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL), o senador Weverton Rocha recuou da intenção de apoio no ultimo fim de semana, até o momento sem justificar o motivo. Procurado pelo ATUAL7, não respondeu.

Já Roberto Rocha (PTB) é bolsonarista. Ambos são pré-candidatos ao Palácio dos Leões nas eleições deste ano.

Capitaneada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é coordenador da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a presidente nas eleições deste ano, a CPI do MEC é vista como um fator de desgaste potencial para Bolsonaro, com forte influência nos rumos da eleição presidencial.

A pressão pela instalação da CPI surgiu após a divulgação de denúncias de existência de um balcão de negócios para distribuição de recursos para a educação, esquema que envolveria lideranças partidárias, pastores e liberação de emendas.

Um desses pastores, Gilmar Santos, é próximo de Weverton Rocha, com quem esteve em evento em março, em São Luís.

O escândalo derrubou o ministro da Educação Milton Ribeiro, também no mês passado.

Weverton faz gesto a Bolsonaro, protege aliados e retira apoio à CPI do MEC
Política

Pedetista tem atuação no Senado atrelada ao bolsonarismo, é aliado do filho 01 do presidente e um dos beneficiários do orçamento secreto

Em gesto ao governo de Jair Bolsonaro (PL), o senador Weverton Rocha (PDT-MA) retirou apoio à instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para investigar desvio de dinheiro público do Ministério da Educação por esquema que envolveria lideranças partidárias, pastores e liberação de emendas.

O recuo ocorreu no fim de semana, quando o pedetista desistiu de confirmar assinatura à criação da CPI proposta pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após uma ação intensa do Palácio do Planalto para barrar a apuração.

Pré-candidato ao Executivo maranhense, embora use como marketing eleitoral a estratégia de que seria “o melhor amigo de Lula no Maranhão”, Weverton tem atuação no Senado atrelada ao bolsonarismo, formou aliança com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o filho 01 do presidente da República, e é um dos beneficiários do orçamento secreto.

Além de blindar o governo Bolsonaro, ao recuar no apoio à CPI, Weverton também garante proteção ao pastor Gilmar Santos, pivô do escândalo e da queda de Milton Ribeiro do MEC.

O pedetista é próximo de Gilmar, e havia publicado um vídeo com ele em suas redes sociais. Após a revelação das irregularidades e crimes praticados na destinação das verbas públicas, porém, a gravação foi deletada.