Declarações de Bens 2016
Em quatro anos na prefeitura, Edivaldo Júnior declara que ficou mais pobre
Política

Mesmo com salario de R$ 25 mil e bancado até no combustível pela prefeitura, pedetista precisou se desfazer de bens e deixar sociedade em empresa

Levantamento baseado na declaração de bens informada pelos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que o prefeito de São Luís e candidato sub judice a reeleição, Edivaldo Holanda Júnior (PT), não teve capacidade de administrar a gestão financeira da própria vida pessoal após assumir o comando do Executivo municipal.

Apesar do salário de R$ 25 mil desde que assumiu o Palácio de la Ravardiére e de ser bancado com dinheiro público, pela força do cargo, em gastos com combustível, motorista, diárias, hospedagem, telefone, segurança pessoal e parte das despesas com a dispensa de casa, o pedetista apresentou à Justiça Eleitoral uma declaração que mostra que ele ficou mais pobre em quatro anos.

Em 2012, segundo declarou ao TSE, o patrimônio do prefeito de São Luís era de R$ 293.476,93. Quatro anos depois, de acordo com a nova declaração, Edivaldo diz possuir em bens apenas R$ 193.186,48.

Entre os itens declarados por ele na eleição passada estavam dois apartamentos, dois consórcios de Uno Mille Way, duas aplicações de renda fixa, uma caderneta de poupança, um depósito em conta corrente e cotas ou quinhões de capital na Universidade Infantil Rivanda Berenice. Já nas eleições de 2016, Edivaldo declarou que possui apenas um apartamento, no Edifício Cordoba, no valor de R$ 190 mil; e um depósito bancário no Brasil Prev, de R$ 3.186,48.

Com a nova declaração, descobriu-se que, apesar de todos os benefícios garantidos pelo cargo, que lhe proporcionam gastar do próprio bolso com praticamente quase nada, Edivaldo teve de se desfazer, nesses quatro anos como prefeito, de um apartamento no Edifício Mont Blanc Flat, no valor de R$ 65.116,45; dos dois consórcios dos Mille Way, no valor de R$ 17.691,60 e R$ 16.294,74; da aplicação de renda fixa no Banco do Brasil, no valor de R$ 24 mil; das cotas ou quinhões na UIRB, no valor de R$ 25 mil; e até de uma mísera caderneta de poupança, no valor R$ 6,10.

A falta de competência de Edivaldo Júnior para administrar o próprio dinheiro, ainda segundo a declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, também é evidenciada no pouco que o pedetista conseguiu manter na conta corrente. É que os R$ 3.186,48 que declarou que ainda possui no Brasilprev VGBL, era R$ 26.323,92 em 2012.