Edivaldo Holanda Júnio
Jerry insinua que Edivaldo, Bira, Eliziane e Braide são subservientes a Flávio Dino
Política

Para secretário, apenas o pré-candidato Wellington do Curso, embora da base, mantém postura independente ao Palácio dos Leões

O secretário estadual de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry Saraiva Barroso, insinuou por meio das redes sociais, nessa segunda-feira 11, que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), e os deputados Bira do Pindaré, Eliziane Gama (PPS) e Eduardo Braide (PMN) são subservientes ao governador Flávio Dino e ao PCdoB, partido do qual é presidente do diretório estadual.

A ação ocorreu quando Jerry afirmou que não havia incluído no consórcio do Palácio dos Leões o nome do pré-candidato a prefeito de São Luís, deputado Wellington do Curso (PP), em respeito à sua “independência política” na Assembleia Legislativa.

 Não citei o deputado Wellington em respeito à posição dele, de independência política. Apoia o governo na Alema, mas sempre frisa postura independente – explicou, confirmando o plano de Dino e do PCdoB de lançar e apoiar um pool de candidatos como estratégia de combater a possível vitória do progressistas nas urnas em outubro próximo.

A independência de Wellington, frisada pelo próprio Jerry, tem sido a principal causa de seu crescimento junto ao eleitorado de São Luís, em paralelo ao aumento de dor de cabeça do chefe do Palácio dos Leões. Embora pertencente à base, o deputado não tem silenciado diante de irregularidades encontradas no governo comunista.

Por esse motivo, Dino e o próprio Jerry sabem que, sendo eleito prefeito, Wellington é quem comandará a Prefeitura de São Luís. Contudo, conforme insinuou o próprio secretário, se o eleito for Edivaldo Júnior, Bira do Pindaré, Eliziane Gama ou ainda o deputado Eduardo Braide, o PCdoB é quem continuará a dar as cartas na Prefeitura de São Luís.

Wellington enquadra Rafael Leitoa em embate sobre “Bolsa Eleição” de R$ 33,2 milhões
Política

Deputado do PPS questionou pedetista sobre contratação do Isec pela Prefeitura de São Luís a pouco mais de um ano da eleição

O deputado estadual Wellington do Curso (PPS) enquadrou o colega de parlamento, deputado Rafael Leitoa, nesta quarta-feira 23, ao voltar a utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa para cobrar esclarecimentos do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, do mesmo partido de Leitoa, sobre a contratação relâmpago do Instituto Superior de Educação Continuada, o Isec, por mais de 33,2 milhões de reais.

Wellington questionou de Rafael Leitoa sobre a suplementação de uma pasta da Prefeitura de São Luís ter sido feita apenas para contratar o Isec
Divulgação Pressão Wellington questionou de Rafael Leitoa sobre a suplementação de uma pasta da Prefeitura de São Luís ter sido feita apenas para contratar o Isec

O contrato, celebrado restando pouco mais de um ano para as eleições, é tido nos bastidores como uma especie de bolsa eleição, em esquema que envolve vereadores da bancada governista na Câmara Municipal de São Luís e o titular da Secretaria Municipal Extraordinária de Governança Solidária e Orçamento Participativo, Olímpio Araújo, autor do contrato com o instituto.

“Na última quinta-feira, não estive presente na sessão por estar em Imperatriz realizando uma Audiência Pública, quando tomei conhecimento do pronunciamento do deputado Rafael Leitoa, que fez uma defesa da Prefeitura de São Luís sobre o Isec, sobre os 33 milhões. O deputado falou que não precisava nem ter feito licitação. Então eu vou pedir humilde, delicada e educadamente que [se] aprimore. Eu não estou dizendo que sou o detentor do conhecimento, não, eu tenho estudado, mas eu vou pedir humildemente a Vossa Excelência que também aprimore os seus conhecimentos sobre a administração pública e sobre licitação”, enquadrou Wellington.

Logo no início do pronunciamento, o parlamentar já havia apresentado ao pedetista as informações solicitadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e à própria Prefeitura de São Luís inerentes ao caso, ocasião em que questionou Leitoa sobre a razão que levou Edivaldo Júnior a suplementar a pasta de Olímpio Araújo em 114 mil por cento para logo em seguida celebrar a contratação do instituto pertencente ao tio vereador Honorato Fernandes (PT), o empresário Luiz Celso Cutrim Batista.

“A Prefeitura de São Luís tem uma Secretaria Extraordinária que tem dotação orçamentária de 29 mil, e essa mesma secretaria, no mês de julho, foi suplementada com a exorbitante quantia de 33 milhões. Uma secretaria que poderia ter sido suplementada no dobro desse dinheiro, no dobro desse orçamento, em até 60 mil é perfeitamente compreensível, mas suplementar uma secretaria em 33 milhões e o mesmo valor ser destinado, na sua totalidade, ao pagamento de um contrato com o Isec, causou-me estranheza e também à população de São Luís. É muito estranho que quatro instituições tenham participado da licitação envolvendo um valor de 33 milhões, sendo que todas foram inabilitadas, com exceção do Isec, e nenhuma tenha entrado com recurso da decisão. Causa estranheza também, que o prefeito queira democratizar a gestão às ‘vésperas’ da eleição, inclusive majorando e onerando os cofres da Prefeitura com convênios milionários e nítidos indícios de irregularidades na licitação”, pontuou.

Relembrando o caso da ponte fantasma de Pai Inácio, cujo o governador Flávio Dino (PCdoB) começou a construir para abafar o escamoteio e o estelionato eleitoral feito pelo afilhado político desde outubro de 2013, e das 25 creches que já deveriam ter sido construídas com verba federal, já disponibilizadas em caixa quase em sua totalidade, Wellington do Curso finalizou o embate afirmando que Edivaldo Júnior deve prestar transparência do uso do dinheiro público, já que o gestor tem lançado obras fantasmas na capital ao espalhar placas de ações que nunca foram iniciadas ou que estão até hoje inconclusas.

Por também ser questionado pelo deputado Alexandre Almeida (PTN), que em aparte defendeu a legitimidade de Wellington em se pronunciar sobre qualquer assunto acerca do município de São Luis e também de todos os outros municípios do Maranhão, Rafael Leitoa aproveitou para fugir da discussão e enveredar sobre obras fantasmas e a falta de transparência em outra prefeitura, a de Timon, onde o primo e atual prefeito, Luciano Leitoa (PSB), corre o risco de perder a eleição de 2016 para o candidato da oposição.