Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro repercute ação contra desvio de recursos do fundo do idoso no MA
Política

Governo Flávio Dino pediu e já conseguiu autorização para realocar dinheiro sob pretexto de uso no combate ao novo coronavírus

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) repercutiu em sua conta no Instagram uma publicação do deputado maranhense Edilázio Júnior (PSD) que trata da ação do Ministério Público do Maranhão contra o desvio de recursos do Fundo Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa para o FES (Fundo Estadual da Saúde) pelo governo de Flávio Dino (PCdoB), conforme revelou o ATUAL7, sob o pretexto de que o dinheiro será utilizado no combate ao novo coronavírus (Covid-19).

Ajuizada pelos promotores José Augusto Cutrim e Eliane Ribeiro Azor, a ação pede que a Justiça determine à gestão comunista que abstenha-se de avançar na empreitada. Também questiona a necessidade de utilização do fundo do idoso, inclusive para pessoas abaixo dos 60 anos, já que o Palácio dos Leões tem à disposição orçamento de mais de R$ 50 milhões “para as atividades de divulgação das ações governamentais e promoção de eventos e publicidade” apenas neste ano.

Em nota enviada ao ATUAL7, a assessoria da Sedihpop (Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular), que pediu e conseguiu a autorização não unânime do Cedima (Conselho Estadual dos Direitos dos Idosos) para a transferência dos recursos, informou que ainda falta Flávio Dino “apreciar e decidir pelo envio” do texto para aprovação da Assembleia Legislativa, onde o comunista tem a maioria esmagadora dos deputados.

Como partiu do próprio Governo do Maranhão o pedido para uso do dinheiro, eventual veto de Dino à proposta ficaria caracterizado como recuo do governador diante da pressão negativa com a repercussão.

Nas redes sociais, constantemente usada por Flávio Dino como estratégia de comunicação direta com os eleitores e para críticas e respostas aos adversários políticos, o comunista vem se mantendo em silêncio sobre o assunto.

Eliziane diz que fala de Eduardo Bolsonaro sobre ‘novo AI-5’ é ‘atentado à democracia’
Política

Defesa de nova edição do decreto que endureceu a ditadura militar foi feita pelo filho do presidente da República durante entrevista

A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), em publicação no Twitter, classificou como um atentado à democracia a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Em entrevista à jornalista Leda Nagle, divulgada nesta quinta-feira 31, o filho de Jair Bolsonaro (PSL) defendeu a edição de “um novo AI-5” caso a esquerda brasileira venha “radicalizar”.

“Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual a do final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, consules, embaixadores, execução de policiais, de militares. Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”, disse Eduardo Bolsonaro.

Para Eliziane, é inaceitável a declaração do filho do presidente da República.

“Ameaçar o país com um novo AI5 é manifestação torpe e um atentado à democracia. Inaceitável que um filho do Presidente, com mandato parlamentar, ao se sentir acuado, decida recorrer a receituário de ditadores. O Brasil não é uma republiqueta ou uma propriedade familiar”, escreveu numa rede social.

Editado em 13 de dezembro de 1968, o Ato Institucional nº 5, do governo do marechal Costa e Silva, marcou o período mais duro da ditadura militar no Brasil (1964-1985), deixando um saldo de cassações, direitos políticos suspensos, demissões e aposentadorias forçadas.

O decreto concedeu ao presidente poderes quase ilimitados, como fechar o Congresso Nacional e demais casas legislativas por tempo indeterminado e cassar mandatos.

Nos primeiros anos após a decretação do AI-5, foram presas ao menos 1.390 brasileiros, em diversos setores e diferentes escalões da vida pública no país.

Considerado o mais radical decreto do regime militar, também abriu caminho para o recrudescimento da repressão, com militantes da esquerda armada mortos e desaparecidos.

Sarney lamenta defesa de Eduardo Bolsonaro por ‘um novo AI-5’
Política

Afirmação do filho do presidente da República foi feita em entrevista à jornalista Leda Nagle

O ex-presidente da República e ex-presidente do Senado José Sarney mostrou preocupação com as declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro (PSL).

Em entrevista à jornalista Leda Nagle, divulgada nesta quinta-feira 31, o parlamentar defendeu que caso haja uma radicalização da esquerda brasileira, a resposta pode ser “via um novo AI-5”.

Para Sarney, que foi relator da Emenda Constitucional que extinguiu o AI-5 e convocou a Constituinte que estabeleceu o Regime Democrático como primeira cláusula pétrea no Brasil, é lamentável a postura do filho do presidente da República.

Abaixo, a nota emitida por José Sarney:

Em defesa da Democracia

Fui o Relator no Congresso Nacional da Emenda Constitucional que extinguiu o AI-5, enviada pelo Presidente Geisel.

Presidi a Transição Democrática, que convocou a Constituinte e fez a Constituição de 1988. Sua primeira cláusula pétrea é o regime democrático.

Lamento que um parlamentar, que começa seu mandato jurando a Constituição, sugira, em algum momento, tentar violá-la.

Devemos unir o País em qualquer desestabilização das instituições. E sei que expresso o sentimento do povo brasileiro, inclusive das nossas Forças Armadas, que asseguraram a Transição Democrática, que sempre proclamei que seria feita com elas, e não contra elas.

José Sarney
Ex-Presidente da República

Eduardo Bolsonaro diz que se esquerda radicalizar, resposta pode ser ‘um novo AI-5’
Política

Afirmação do filho do presidente da República foi feita em entrevista à jornalista Leda Nagle

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que caso haja uma radicalização da esquerda brasileira, a resposta pode ser “via um novo AI-5”.

A afirmação foi feita em entrevista à jornalista Leda Nagle, realizada na segunda 28 e publicada nesta quinta 31, no canal dela no YouTube.

“Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual a do final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, consules, embaixadores, execução de policiais, de militares. Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”, afirmou o parlamentar.

Veja a entrevista abaixo: