Indústria
Faturamento da indústria cai 2,2% e emprego recua 0,2%, aponta CNI
Economia

Indicadores Industriais de outubro confirmam que a atividade no setor continua fraca. Utilização da capacidade instalada ficou em 77,1%

O faturamento da indústria brasileira caiu 2,2% em outubro frente a setembro, na série com ajuste sazonal. Foi a segunda queda consecutiva do indicador nesta base de comparação. Em relação a outubro de 2017, o faturamento cresceu 2,4%, informam os Indicadores Industriais, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira 3.

A pesquisa mostra ainda que as horas trabalhadas na produção ficaram estáveis em outubro na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal. No entanto, em relação a outubro do ano passado, registram crescimento de 1,1%. A utilização da capacidade instalada caiu 0,2 ponto percentual em relação a setembro e ficou em 77,1% em outubro, na série com ajuste sazonal. Com a queda, a utilização da capacidade instalada está 0,7 ponto percentual abaixo da de outubro de 2017. “A atividade industrial segue fraca”, constata a CNI.

O emprego voltou a cair e recuou 0,2% em outubro frente a setembro, na série dessazonalizada. Foi a sexta queda consecutiva do indicador. Em relação a outubro do ano passado, o emprego também apresenta queda de 0,2%. A massa real de salários aumentou 0,3% e o rendimento médio do trabalhador subiu 0,7% em outubro, frente a setembro, na série livre de influências sazonais. Na comparação com outubro de 2017, a massa real de salários caiu 2,5% e o rendimento médio do trabalhador caiu 2,3%.

“Os dados de outubro ainda se referem ao período dominado por incertezas com as eleições e não capturam a melhora do otimismo e da confiança com a definição do quadro eleitoral que outros indicadores mostram”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

“De fato, a atividade da indústria ainda patina e necessita de maiores estímulos vindos da demanda de consumo das famílias para mostrar uma reação mais forte, o que deve ocorrer neste fim de ano. No médio prazo, o crescimento dependerá dos avanços na pauta de reformas que o governo conseguir levar adiante, para provocar uma resposta mais efetiva do investimento”, completou Castelo Branco.