Passeata pela Cidadania
Passeata cobrará justiça por assassinato de jovens e abandono de herói maranhense
Maranhão

Ação acontecerá neste sábado 2, às 15 horas, em frente à USC do bairro da Divineia

Um grupo de aproximadamente 100 pessoas pretende realizar uma passeata para cobrar justiça diante de três grandes casos de violação dos direitos humanos e que são símbolos de um Estado que erra na execução de suas politicas públicas, ao se omitir ou retardar o cumprimento de suas obrigações legais: os assassinatos do jovens Rafael Jorge Pereira e Fagner Barros dos Santos; e o abandono por parte do governo estadual do herói maranhense Márcio Roney da Cruz.

A ação acontecerá neste sábado 2, e está sendo organizada pela Organização Não Governamental (ONG) Instituto de Cidadania Ativa. O início está agendado para começar às 15 horas, em frente à Unidade de Segurança Comunitária (USC) do bairro da Divineia, em São Luís.

A morte de Rafael Jorge ocorreu na madrugada do último dia 25, no bairro Sol e Mar. De acordo com relatos de moradores, policiais militares teriam realizado uma abordagem abusiva, ao que o jovem teria oferecido resistência. Após a reação, os policiais teriam disparado contra ele.

Fagner Santos, por sua vez, também foi morto a tiros por um PM, durante uma operação de desocupação de um terreno, em agosto do ano passado, na Vila Luizão, em São Luís.

Já Márcio Roney, o maranhense que virou notícia nacional ao retirar das chamas a menina Ana Clara, que teve 90% do corpo queimado e não resistiu aos ferimentos durante ataques a ônibus em São Luís em 2014, tem denunciado constantemente a falta de assistência por parte do Governo do Estado do Maranhão. Ele teve 72% do corpo queimado e hoje necessita de tratamento diferenciado para seguir com a rotina.

Segundo presidente da ONG, Maurício Miguel, os três casos refletem a sociedade violenta em que vivemos, onde todos são vítimas da ausência de políticas públicas efetivas, e onde somente o enfrentamento e a omissão imperam.

“A ideia é unir os três casos onde o Estado errou, onde é omisso, e alertar a sociedade para não se omitir e passar a também cobrar”, declarou.

O ato, intitulado de “Passeata pela Cidadania”, esclarece o presidente do Instituto de Cidadania Ativa, “não é contra um grupo político e nem contra a Polícia Militar do Maranhão”. Para Maurício Miguel, a própria PM-MA “também é vítima neste processo de deterioração de um Estado sem cidadania efetiva”.