PEC da Diretas Já
Senadores protocolam PEC por ‘Diretas Já’ para presidente e vice em outubro
Política

Eleições aconteceriam este ano, simultaneamente ao pleito de prefeitos e vereadores. Grupo diz que não quer ‘interferir’ na tramitação do impeachment no Senado

O senador João Capiberibe (PSB-AP) anunciou, na noite desta terça-feira 19, que um grupo de seis senadores protocolou a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 20/2016, que prevê eleições diretas para presidente e vice-presidente da República no dia 2 outubro deste ano, simultaneamente ao pleito de prefeitos e vereadores.

“A proposta que estamos apresentando não interfere no ritmo do impeachment. O rito vai transcorrer o seu calendário”, defendeu Capibaribe.

A iniciativa seria uma retaliação à eventual posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), que assumirá o comando da República caso a presidente Dilma Rousseff (PT) sofra impeachment no Senado, e ao que governistas chamam de “eleições indiretas” por parte do Congresso.

O grupo defende que a população que pediu a saída de Dilma Rousseff (PT) também não está satisfeita com a atuação política do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice-presidente da República.

Além de Capiberibe, os outros cinco senadores fizeram a apresentação da proposta são: Walter Pinheiro (sem partido/BA), Cristovam Buarque (PPS-DF), Lídice da Mata (PSB-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Paulo Paim (PT-RS). Eles afirmam que também tem o apoio declarado de Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Reguffe (sem partido/DF), ou seja, praticamente 10% do Senado. O grupo de senadores promete trabalhar intensamente para ganhar a adesão dos demais parlamentares da Casa.

“O que vem das ruas claramente é a rejeição da chapa que venceu as eleições presidenciais em 2014 [Dilma e Temer]. A melhor solução para esta crise, que é uma crise excepcional, é uma solução excepcional: é devolver à soberania popular a escolha dos novos mandatários da nação”, afirmou Randolfe.