Sérgio Cabral
PF pede ao STF abertura de inquérito para investigar Toffoli
Política

Ministro é suspeito de receber pagamentos por suposta venda de decisões. Acusação é de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio

A Polícia Federal encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de abertura de inquérito para investigar suspeita de pagamentos ao ministro Dias Toffoli por suposta venda de decisões para beneficiar dois prefeitos fluminenses em processos que tramitavam no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Segundo a Folha de S.Paulo, que revelou o caso, o pedido tem como base acordo de colaboração premiada de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro. O material foi enviado ao ministro Edson Fachin, que atua como relator e já encaminhou para a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestar.

Tofolli é suspeito de ter recebido R$ 4 milhões. Os pagamentos teriam sido realizados nos anos de 2014 e 2015, e eram operacionalizados por Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio, através do escritório da mulher de Toffoli, a advogada Roberta Rangel.

Ao jornal, em nota, o ministro informou que não tem conhecimento dos fatos mencionados e disse que jamais recebeu os supostos valores ilegais. Ele também negou a possibilidade de ter trabalhado para favorecer qualquer pessoa.

Cabral cita mesada de R$ 100 mil a Raimundo Carreiro em delação, diz revista
Política

Suposta compra de ministros do TCU teria como objetivo a proteção dos interesses da gestão de Orlando Diniz na Fecomércio do Rio de Janeiro

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, citou o nome do maranhense ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Raimundo Carreiro, em delação premiada sobre o suposto pagamento de R$ 100 mil a ministros da Corte, segundo reportagem da Crusoé. O caso está aos cuidados do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

De acordo com a revista, o repasse mensal teria como objetivo a proteção dos interesses da gestão de Orlando Diniz na Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) do Rio.

Além de Carreiro, também são citados na delação, segundo a Crusoé, outros dois ministros do TCU: Vital Rêgo e Bruno Dantas.

“Eles teriam recebido valores mensais, por meio de um contrato simulado entre a Fecomércio e um escritório de advocacia. Cada um dos ministros teria recebido 100 mil reais mensais por um período de mais de um ano, segundo a delação do ex-governador. Ele também afirma que outros 100 mil reais ficavam com o advogado Marcelo Nobre”, diz trecho da reportagem.

A Crusoé diz que os ministros do TCU que teriam sido delatados por Sérgio Cabral, procurados pela reportagem, não quiseram se manifestar. Marcelo Nobre, por meio de nota, repudiou a insinuação do seu envolvimento em atos ilegais, e disse que, no período em que foi contratado da Fecomércio-RJ, esteve apenas com o ministro Weder de Oliveira. “O advogado Marcelo Nobre jamais teve audiência com qualquer outro ministro do TCU, e muito menos com os citados na delação de Sérgio Cabral, com quem nunca teve contato”, diz a nota.