Yuri Almeida
Diferente das eleições de 2016, quando garantia haver estabelecido critérios para o fechamento de alianças no segundo turno, o candidato Eduardo Braide (Podemos) montou um salada ideológica nesta segunda etapa da disputa pela prefeitura de São Luís.
Após misturar o PDT de Weverton Rocha, Roseana Sarney (MDB), Neto Evangelista (DEM) e Wellington do Curso (PSDB) no consórcio de agregados que já era integrado por Roberto Rocha (PSDB), Braide fechou apoio com o apóstolo Silvio Antônio (PRTB). Para isso, segundo o candidato assumidamente bolsonarista, Eduardo Braide teve se comprometer com bandeiras da direitas e anticomunista —confirmando-se como adversário do governador Flávio Dino (PCdoB) na disputa.
“Após declaração de como seria meu apoio nesse 2º turno e em conversa com o candidato Eduardo Braide e seu comprometimento com nossas bandeiras, e junto ao PRTB Maranhão”, escreveu o apóstolo em uma das publicações com vídeos em que diz que Braide “está atento" à pauta da direita e à posição “anticomunista” dos novos aliados.
Apesar de atuar na maioria das votações na Câmara a favor de projetos do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e de ter formado uma chapa integralmente de partidos e aliados bolsonaristas, Braide sempre negou que seja o candidato de Bolsonaro na capital do Maranhão.
Com o comprometimento oficial com as bandeiras de direita e anticomunista, porém, pode até continuar reafirmando não ser o representante do presidente da República no pleito municipal, mas não terá mais como dizer que não defende as pautas bolsonaristas.
