As exportações para os Estados Unidos representaram 12% do total das exportações brasileiras no acumulado do ano, registrando aumento de 21,1% em comparação com o mesmo período de 2016, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Estes números têm despertado o interesse de indústrias brasileiras. A maranhense PSIU Indústria de Bebidas já iniciou sua estratégia para chegar à América do Norte. Entre os dias 25 e 27 de junho, a PSIU expôs seus produtos na maior feira de alimentos e bebidas dos Estados Unidos, a Summer Fancy Foods, realizada em Nova York.
A ideia de participar do evento surgiu do convite feito pelo cônsul dos Estados Unidos para o Nordeste brasileiro, Geoffrey Bogart, ao presidente da empresa, Francisco Rocha, em março deste ano. O cônsul veio ao Maranhão em missão organizada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema).
Para alcançar um patamar de competir com produtos globais e passar a exportar, a empresa terá que cumprir um processo de internacionalização, que abrange desde melhorias de governança corporativa, gestão de riscos até inovação. Diante do interesse apresentado pelos compradores de outros países na feira americana, a empresa resolveu assumir o desafio de explorar novos mercados.
“Tivemos a oportunidade de apresentar nossos produtos, como a Água LUÍ, o refrigerante rosa da PSIU, o PSIU Teen, característico da nossa marca, e a Cachaça Lorena 21, produzida em Minas Gerais, para diversos distribuidores. Estamos cientes que o mercado americano é muito exigente, até mesmo por se tratar do maior mercado consumidor do mundo, o que representa uma excelente oportunidade de negócios para nós, que passaremos a construir um ambiente de processos com vistas à exportação, mas sem deixar de observar o mercado local, que nos motiva a mostrar a inovação e diferencial das bebidas produzidas no Brasil”, afirma o presidente da PSIU.
Do local ao global
Para o assessor técnico do Centro Internacional de Negócios da FIEMA, Vinicius Muniz, ressaltar características locais em produtos destinados à exportação é um forte fator de competitividade, tanto para empresa, quanto para o mercado nacional. Vinícius também avalia que um mercado de produtos e serviços atentos ao padrão de qualidade global acaba se tornando referência para toda a cadeia de fornecedores, além de ser um incentivo para o turismo e para o desenvolvimento de outras cadeias produtivas além da bebida, o que pode resultar na atração de novos projetos industriais para o Maranhão.
“A cada passo dado pela empresa maranhense em direção à inovação ou à internacionalização, ela eleva consigo a expectativa de mercado e gera novas oportunidades, inclusive para produtos substitutos, concorrentes ou oriundos de outras cadeias produtivas, que ainda não haviam identificado em suas estratégias outros países como potenciais mercados consumidores. Se uma bebida maranhense, destinada à exportação, utiliza-se dos elementos de origem como vantagem competitiva para ingressar nesses mercados, certamente despertará o interesse dos consumidores finais pela origem daquela bebida e de outros produtos oriundos daquela região”, reforça Vinicius Muniz.
A participação da PSIU no evento foi intermediada pela Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN) e pelo convênio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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