Fundo Eleitoral
Campanha de Braide é custeada 100% pelo fundão, que ele criticou aumento
Política

Candidato do Podemos já recebeu R$ 580 mil do fundo especial eleitoral

Contrário, na Câmara dos Deputados, ao aumento do fundo especial eleitoral para financiamento de campanha, o candidato do Podemos à prefeitura, Eduardo Braide, vem atropelando o próprio discurso com a prática.

Segundo dados do DivulgaCand, sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de divulgação de candidaturas e contas eleitorais, Braide vem custeando a campanha ao Palácio de La Ravardière, integralmente, com o dinheiro público do fundão.

Até o dia 15, atualização mais recente do balanço de receitas e despesas, o candidato do Podemos já arrecadou R$ 580 mil, tudo transferido pelo partido e oriundo do fundo especial.

Do montante, até o momento, registrou apenas três gastos, em pouco mais de R$ 45 mil, com serviços de publicidade por adesivos; produção de programas de rádio, televisão ou vídeo; e água.

Braide abre mão de compromisso e recebe fundão público para campanha eleitoral
Política

Como deputado, ele votou contra e criticou o aumento da verba para financiamento de campanha. Como candidato, já recebeu R$ 80 mil

O discurso e a prática separam o deputado federal Eduardo do candidato a prefeito de São Luís Braide. No ano passado, durante a tramitação no Congresso sobre o fundo especial de financiamento de campanha, o parlamentar prefeiturável votou contra o aumento do fundão eleitoral para R$ 2 bilhões nas eleições municipais de 2020.

E fez mais: usou e abusou das redes sociais para criticar o aumento, e defendeu que a prioridade do dinheiro público deve levar em conta interesses da população, não dos políticos. “Votei CONTRA o aumento do fundo eleitoral. A Saúde, Educação e Segurança Pública é que devem ser prioridade. O meu compromisso é com você!”, se comprometeu no Twitter, em dezembro do ano passado.

Com a chegada da eleição, porém, o candidato Braide abriu mão do compromisso feito como parlamentar e já recebeu R$ 80 mil do fundão para a campanha ao Palácio de La Ravardière.

Segundo dados do sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o DivulgaCand, atualizados até o último dia 5, mais de R$ 20 mil já foram gastos com água e produção de programas de rádio, televisão ou vídeo.

Procurado pelo ATUAL7, via e-mail encaminhado à sua assessoria na manhã desta quarta 14, para se posicionar sobre a contradição entre seu discurso de deputado e a prática de candidato, Eduardo Braide ainda não retornou o contato.

Para manter compromisso, Braide terá de fazer campanha sem fundo eleitoral
Política

Candidato foi o único deputado da bancada federal do Maranhão a votar contra o aumento do fundo

Único deputado da bancada federal do Maranhão a votar contra e a usar as redes sociais para criticar o aumento do fundo eleitoral, para não contradizer o próprio discurso e manter o compromisso, o candidato do Podemos à prefeitura de São Luís, Eduardo Braide, terá de tocar a campanha com recursos próprios e doações privadas por pessoas físicas.

De fonte pública, a verba é destinada ao financiamento direto de campanha eleitorais, e custará R$ 2 bilhões aos cofres públicos nas eleições de 2020.

“Votei CONTRA o aumento do fundo eleitoral. A Saúde, Educação e Segurança Pública é que devem ser prioridade. O meu compromisso é com você!”, prometeu Braide no Twitter, em dezembro do ano passado, após a aprovação do fundão pelo Congresso.

Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), apenas o Podemos, partido de Eduardo Braide, terá direito a R$ 78 milhões para as campanhas dos candidatos da legenda. Já a verba dos demais partidos que fazem parte da coligação do prefeiturável da capital do Maranhão (PSD, PSDB, PTC e PMN), somada, chega a R$ 284,4 milhões.

O dinheiro é distribuído aos candidatos pelas cúpulas das legendas, que decide quem vai receber a verba pública e em que montante, sendo obrigatório o repasse de ao menos 30% para candidatas mulheres, e divisão proporcional a candidatos negros.

Até às 13h30min desta quarta-feira 7, segundo consulta feita pelo ATUAL7 no site do DivulgaCand, do TSE, não há registro nem de receita nem de despesas pela candidatura de Eduardo Braide. Contudo, desde a madrugada do último dia 27, quando a campanha e propaganda eleitoral foram oficialmente liberadas, ele vem realizando diversos gastos com a campanha para a prefeitura, que tem à frente do marketing a publicitária ex-mensaleira Zilmar Fernandes.

Pela legislação eleitoral, a partir da execução da receita e despesa já é obrigatório a divulgação. A primeira parcial da prestação de contas tem prazo de 21 a 25 de outubro para acontecer. Até lá, o eleitor confirmará se Eduardo Braide realmente assumiu um compromisso com a população ou se era apenas jogada eleitoral.

Jair Bolsonaro sanciona fundo eleitoral de R$ 2 bilhões
Política

Dispositivo prevê o uso da verba pública para financiar as campanhas dos candidatos nas eleições municipais de outubro

O presidente Jair Bolsonaro sancionou integralmente, nessa sexta-feira 17, a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2020, que inclui o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões.

Conhecido como fundão, o dispositivo prevê o uso da verba pública para financiar as campanhas dos candidatos nas eleições municipais de 2020.

O valor de R$ 2 bilhões foi aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado.

Após cobrança de eleitores nas redes sociais, Bolsonaro chegou a indicar que vetaria o fundo, mas poucas horas depois recuou, sob alegação de que poderia sofrer um processo de impeachment.

Mesmo sancionando, o presidente pediu aos eleitores para não votarem em candidatos que usarem recursos do fundo.