A Eneva apurou lucro líquido de R$ 38,3 milhões no primeiro trimestre de 2018, frente a um desempenho de R$ 2,1 milhões em igual período do ano passado. A melhora na última linha do balanço é reflexo de rígida disciplina financeira, com foco na reestruturação da dívida da companhia, redução de custos e melhora operacional dos ativos.
A Receita Operacional Líquida somou R$ 510 milhões nos primeiros três meses de 2018, alta de 14,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2017. O Fluxo de Caixa Operacional atingiu R$ 310,8 milhões, aumento de quase 28% na comparação com igual trimestre do ano passado.
Já o EBITDA recorrente ajustado (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 251 milhões no primeiro trimestre do ano, queda de 2,2% em relação aos primeiros três meses de 2017, movimento explicado pela intensificação da campanha exploratória de janeiro a março deste ano.
Os investimentos da Eneva totalizam R$ 57,8 milhões no primeiro trimestre, para a continuidade dos Planos de Avaliação de Desenvolvimento (PADs) na Bacia do Parnaíba, e para o overhaul da UTE Parnaíba I.
“O bom resultado do primeiro trimestre de 2018 é reflexo de todas as medidas adotadas no ano passado para reestruturação da dívida e alocação correta de capital, o que levaram a um ótimo desempenho financeiro mesmo em meses que são tradicionalmente marcados por níveis mais baixos de despacho, em função da sazonalidade e do período úmido”, explica Pedro Zinner, CEO da Eneva.
De janeiro a março a geração líquida da Eneva foi de 1.375 gigawatts-hora (GWh), aumento de 16% na comparação com o primeiro trimestre de 2017, resultante de maior disponibilidade média e também maior despacho. No primeiro trimestre, o Complexo Parnaíba gerou 801 GWh, com um despacho médio ponderado pela capacidade instalada de 27,8%.
O volume de vendas de gás natural cresceu 30% no período, na comparação com igual trimestre de 2017. Em 31 de março de 2018, as reservas remanescentes certificadas 2P nos campos de gás da Bacia do Parnaíba eram de 18,6 bilhões de m³.
No primeiro trimestre de 2018, a Eneva liquidou antecipadamente dívida de R$ 307 milhões da UTE Itaqui, e obteve importante conquista fiscal. Em março, o governo do Maranhão publicou decreto restabelecendo o diferimento do lançamento e do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações de importação de carvão mineral destinado ao processo de produção de energia elétrica na usina termelétrica de Itaqui.
Ainda nos primeiros três meses do ano, a companhia assinou os contratos de concessão dos blocos adquiridos na 14ª Rodada de Licitações, e comprou os 50% restantes da participação Uniper na UTE Pecém II. Por fim, em 30 de abril, a Eneva concluiu a compra do campo de Azulão, primeiro processo de desinvestimento bem-sucedido da Petrobras.
Sobre a Eneva
A Eneva é uma companhia integrada de energia, com negócios complementares em geração de energia elétrica e exploração e produção de hidrocarbonetos. Seu modelo de negócios é centrado na gestão do reservoir-to-wire (R2W), geração térmica integrada aos campos produtores de gás natural. Com um parque térmico de 2,2 GW de capacidade instalada, a Eneva equivale a 11% da capacidade térmica instalada a gás natural. Na parte de óleo e gás, é a maior operadora privada de gás natural do Brasil, com capacidade de produção de 8,4 milhões de m³ por dia.
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