Eneva é uma das vencedoras do leilão de Roraima

A companhia vai desenvolver o projeto termelétrico Jaguatirica II

A Eneva foi uma das vencedoras do Leilão para Suprimento a Boa Vista e Localidades Conectadas, realizado nesta sexta-feira 31, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A companhia vai desenvolver em Roraima o projeto termelétrico Jaguatirica II, de e 132,3 MW, movido a gás natural, e abastecido com o gás produzido pela Eneva no campo de Azulão, no Amazonas.

A UTE Jaguatirica II terá disponibilidade de potência de 117 MW, pelo prazo de 15 anos, a partir de 28 de junho de 2021. Durante o período de suprimento a usina receberá receita fixa anual de R$ 429.300.196,62, reajustada anualmente pelo IPCA. Adicionalmente, quando despachada, a usina receberá receita variável equivalente aos custos de combustível e custos variáveis de operação e manutenção.

O projeto da Eneva consiste na produção de gás em seu campo de Azulão, localizado na Bacia do Amazonas, que será liquefeito e transportado via carretas para Boa Vista, para abastecer usina que será desenvolvida pela companhia, a UTE Jaguatirica II.  A previsão de investimento é de R$ 1,8 bilhão, sendo aproximadamente 40% denominado em moeda estrangeira. O início da implantação do projeto está previsto para o primeiro semestre de 2019.

“Estou muito feliz e orgulhoso pelo resultado alcançado no leilão. Após um ano de intenso trabalho, conseguimos desenvolver este projeto de alta complexidade, mas tão importante para o Amazonas, para Roraima e para o País. Para o Amazonas por colocar em produção um ativo declarado comercial em 2004, inaugurando a fase produtora da Bacia do Amazonas. Para Roraima, por aumentar a segurança energética do Estado de forma mais limpa, e para o País por aumentar a oferta de energia em uma região dependente do diesel e da energia proveniente da Venezuela. Eu não podia estar mais satisfeito”, afirma o CEO da Eneva, Pedro Zinner.

O campo de Azulão marca a expansão da atividade de exploração e produção (E&P) da Eneva para além da Bacia do Parnaíba, reforça a expertise da companhia na operação de ativos em terra, e em regiões no Norte e Nordeste do País.

“Vamos replicar no Amazonas e em Roraima as mesmas práticas que já exercemos no Maranhão e no Ceará, um trabalho sério, responsável, e que contribui para o desenvolvimento econômico local, reforçando o compromisso assumido de crescer sempre de forma sustentável, gerando valor para sociedade, investidores e nossos colaboradores, contribuindo para a segurança energética nacional”, conclui Zinner.

Para a construção da UTE Jaguatirica II, a Companhia celebrou contrato de empreitada global, na modalidade full EPC, com com empresa do grupo ítalo-argentino Techint. Os equipamentos críticos da ilha de potência da UTE serão fornecidos pela Siemens. A construção da planta de GNL, tancagem e regaseificação será coordenada pela Eneva, e os equipamentos serão fornecidos pela Galileo Technologies. Para o desenvolvimento do Campo de Azulão, a Companhia utilizará os fornecedores com as quais já trabalha na Bacia do Parnaíba.

Com o resultado do Leilão, a Eneva expande o modelo Reservoir-to-Wire (R2W) para mais uma bacia sedimentar e atinge capacidade contratada total de 2,7 GW, com garantia de faturamento bruto anual mínimo de R$2,7 bilhões.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *