O quadro eleitoral pela disputa da Prefeitura de São Luis aos poucos vai ganhando forma.
Até aqui três candidatos têm se destacado na preferência dos eleitores da capital maranhense: Edivaldo Holanda (PDT), Eliziane Gama (PPS) e Wellington do Curso (PP).
Isso não significa, evidentemente, que a eleição ficará restrita a estes três nomes, posto que deverão surgir candidatos de partidos mais à esquerda do espectro político, como o PSOL, PSTU e PCB, e ainda a possibilidade de uma candidatura do PT.
Há também o nome do deputado estadual Eduardo Braide (PMN), da vereadora Rose Sales (PMB), do vereador Fábio Câmara (PMDB), do ex-vereador João Bentivi (PHS) e ainda uma provável candidatura do PSB, ou seja, numa eleição de dois turnos e bastante disputada como tende ser esta para prefeito de São Luis, o desempenho de todos os candidatos pode influenciar no resultado final quando chegar o momento de declarar apoio para esse ou aquele candidato no segundo turno do processo eleitoral.
Não obstante os vários pretendentes ao posto de prefeito da maior e principal cidade do Maranhão, o que o povo de São Luis está interessado é menos em nomes e mais no que eles podem oferecer em termos de projetos factíveis e viáveis para ao menos atenuar os graves problemas que o afeta em praticamente todas as áreas da administração municipal.
Está claro que a fórmula adotada pelo então candidato Edivaldo Holanda em 2012, qual seja de apresentar soluções para todas as mazelas da cidade, não deu certo. Foram propostas demais e resultados de menos.
Agora que pretende garantir mais quatro anos de mandato, o prefeito Edivaldo sente sobre as costas o peso da cobrança popular quanto aos vários compromissos de campanha que nunca saíram do papel, correndo agora o sério risco de sequer chegar ao segundo turno da eleição deste ano.
Independente de quem for eleito em outubro próximo, o que importa é saber se ele ou ela saberão administrar uma capital de mais de 1 milhão de habitantes que agoniza em meio à situações precárias na educação, saúde, saneamento, transporte, infraestrutura etc.
Já ficou claro que não basta apenas experiência e muito menos “inspiriência” para gerir São Luis. A nossa capital necessita fundamentalmente é de uma gestão qualificada, moderna, arrojada, transparente, participativa e honesta.
Basta de invenções mirabolantes feitas entre quatro paredes das agências de marketing. Chega de sorrisinhos candentes no horário eleitoral. Vamos parar de brincar com a inteligência da população por meio de programas eleitorais bem produzidos e que prometem, como num passe de mágica, resolver todos os problemas da cidade.
São Luis não aguenta mais quatro anos de engodo, seja com a renovação do mandato do atual prefeito, seja com a eleição de um novo gestor ou uma nona gestora. Além de não aguentar, não merece ser mais uma vez enganada com promessas de “mudança”, uma palavra tão desgastada que para alguns já se tornou um palavrão.
Vença quem vencer a eleição de prefeito de São Luis, espera-se do vencedor não somente compromisso com a palavra empenhada na campanha, mas principalmente vergonha na cara para, uma vez empossado no cargo, não ficar quatro anos colocando culpa no antecessor com a ladainha de ter recebido uma “herança maldita”.
Isso, claro, vale também para Edivaldo, pois mesmo se conseguir a façanha da reeleição não poderá mais usar o discurso de colocar a culpa do seu fracasso administrativo no “prefeito anterior”. A não ser que cometa um lapso de memória e culpe a si mesmo.
O fato é que São Luis nunca teve tanta pressa de se tornar, enfim, uma capital digna de ostentar o título de Patrimônio da Humanidade. Infelizmente, os últimos gestores lhe negaram a condição mínima de ser uma cidade boa para se viver. O caos ainda é uma realidade.
E que vença a eleição quem melhor entender aquilo de que o povo precisa e não somente o que ele quer.
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