São Luís
Gestão Eduardo Braide omite dados de licitações e contratos
Política

Prefeitura de São Luís celebrou cerca de R$ 13 bilhões em contratos nos últimos dois anos, segundo TCE-MA. Apagão de dados descumpre regras básicas da Lei de Acesso à Informação e dificulta o controle social

A gestão Eduardo Braide (PSD) em São Luís vem omitindo dados de licitações e contratos realizados pela prefeitura da capital.

É o que aponta levantando do ATUAL7 no Portal da Transparência e na página que agrega todos os procedimentos licitatórios abertos e contratações celebradas pela administração pública municipal.

Apesar de disponibilizar informações sobres despesas efetuadas pela prefeitura, os dados estão incompletos ou, em algumas ocasiões, sequer são divulgados.

No Portal da Transparência da prefeitura de São Luís, por exemplo, aos links que deveriam abrir dados referentes aos “Contratos Administrativos” e “Sistema de Acompanhamento de Contratações Públicas” remetem à páginas externas do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão que foram tirados do ar desde a gestão de Washington Oliveira na corte.

Além disso, o cidadão que tenta acessar o link “Arquivos de Licitações” se deparada com uma página da CPL (Comissão Permanente de Licitação) desatualizada, cujo dados mais recentes são referentes ao exercício financeiro de 2014, quando Braide ainda nem era prefeito, mas deputado estadual.

Apenas o link “Atas de Registro de Preço” abre para uma página da CPL onde podem ser consultadas licitações em diversas modalidades, do exercício financeiro de 2014 a 2023. Contudo, não é possível filtrar por contratação direta, isto é, por licitação dispensada ou inexigível.

Há ainda um outro link, para “Licitações e Contratos”, que abre uma página genérica, que remete às mesmas já citadas anteriormente.

Procurada, a gestão Braide não retornou o contato. Foram enviados e-mails desde o dia 18 de janeiro detalhando as irregularidades, ponto a ponto, e solicitado posicionamento ao gabinete do prefeito, CPL, Comunicação e Semit (Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia) –responsável pela criação das páginas na internet e alimentação dos dados.

A omissão da gestão descumpre regras básicas da LAI (Lei de Acesso à Informação), que determina a disponibilização de informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação e contratos administrativos. Também dificulta o controle social, ao não tornar de fácil acesso ao cidadão o destino dado ao dinheiro público. Por outro lado, o que é ruim para a população, pode favorecer eventual malversação dos recursos do contribuinte e corrupção.

Em dois anos à frente do Palácio de La Ravardière, segundo dados agregados pelo TCE do Maranhão a partir de informações fornecidas pela própria prefeitura, Braide celebrou cerca de R$ 13 bilhões em contratos.

A maioria dos dispêndios, segundo a corte de Contas, foi realizada sob a modalidade pregão eletrônico.

Sob dispensa de licitação, os contratos realizados por Braide no período que compreende metade do mandato de prefeito ultrapassam R$ 214 milhões.

De olho em 2024, Paulo Victor assume Câmara com desafio de superar Duarte Júnior e domar Chaguinhas
Política

Adversário interno, deputado federal tem trabalho positivo no Procon-MA e já demonstrou ser uma máquina de votos em São Luís. 1º vice-presidente da CMSL é conhecido pelo temperamento explosivo e por jogar dos dois lados

Há cerca de um ano, a ambição do vereador de primeiro mandato Paulo Victor (PCdoB) era se eleger presidente da Câmara de São Luís. Desde o último domingo (1º), ele passou a comandar pelo próximo biênio o mais alto orçamento de Poder Legislativo municipal no Maranhão, e agora tenta despontar como principal nome do Palácio dos Leões para a corrida eleitoral de 2024 à prefeitura de São Luís.

Antes de enfrentar o atua gestor da capital, Eduardo Braide (PSD), porém, precisará primeiro triunfar em disputa interna contra o deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA), que tem trabalho positivo no Procon (Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor) do Maranhão e já provou e comprovou ser uma máquina eleitoral de votos em São Luís. Também terá de controlar o temperamento explosivo do 1º vice-presidente da Câmara, vereador Francisco Chaguinhas (Podemos).

Mais próximo do governador Carlos Brandão (PSB) e do irmão do mandatário, o empresário Marcus Brandão, do que Duarte Júnior, PV, como é conhecido o parlamentar municipal, já tem plano traçado para empenhar-se em superar o adversário íntimo: durante os próximos dois meses, o foco seria organizar de forma relâmpago a administração institucional da Câmara de São Luís para, entre fevereiro e março, passar a ocupar uma pasta turbinada que toca programas relevantes e entrega obras sociais e investimentos em infraestrutura diretamente à população ludovicense.

Na mira, conforme mostrou o ATUAL7, estão a Segov (Secretaria de Estado de Governo), que integra o primeiro escalão da gestão estadual, e a Agem (Agência Executiva Metropolitana), atualmente sob o guarda-chuva da Secretaria de Cidades e Desenvolvimento Urbano.

Com o eventual retorno ao governo Brandão, calculam aliados, Paulo Victor teria vitrines para o embate e se consolidaria como gestor popular, fatores considerados essenciais para a disputa.

Ao se licenciar do comando da Câmara de São Luís, porém, o chefe do Legislativo ludovicense deixaria como interino e dominador de R$ 135 milhões de orçamento Francisco Chaguinhas. O parlamentar, que já está no quarto mandato e tem histórico de fazer jogo duplo, sempre que contrariado, principalmente em questões envolvendo asfalto, tem o costume de usar as redes sociais e a tribuna da Casa para desabafar contra aliados.

Nos últimos dois anos, o próprio Paulo Victor já foi alvo de diversos ataques do hoje 1º vice-presidente da Câmara, comumente também envolvendo a vereadora Fátima Araújo (PCdoB).

“Antes do poder você é uma coisa, mas quando chega o poder você é outra totalmente diferente”, alfinetou Chaguinhas em abril do ano passado, ao expor contendas de bastidor sobre a liderança e grupo formado pelo agora chefe do Legislativo municipal.

A nova cúpula da Câmara de São Luís é formada ainda pelos vereadores Ribeiro Neto (Patriota), como 2º vice-presidente; Edson Gaguinho (União Brasil), como 3º vice-presidente; Aldir Júnior (PL), como 1º secretário; Beto Castro (Avante), como 2º secretário; Fátima Araújo (PCdoB), como 3º secretária; Andrey Monteiro (Republicanos), como 4º secretário; e Antônio Garcez (sem partido), como 5º secretário.

Campanha de Brandão intensifica com Camarão foco em São Luís, reduto do PDT de Weverton
Política

Objetivo é decidir a eleição já no primeiro turno. Capital é controlada há mais três décadas, direta ou indiretamente, pelo partido do principal adversário do governador do Maranhão

Vice na chapa de reeleição do governador Carlos Brandão (PSB), o ex-secretário de Educação do Estado Felipe Camarão (PT) tem atuado na reta final da campanha na conquista de eleitores em São Luís, tradicional reduto do PDT no Maranhão.

Nas últimas semanas, enquanto o mandatário se dedica à consolidação e busca por votos no interior maranhense acompanhado do ex-governador Flávio Dino (PSB), candidato ao Senado na chapa, Camarão tem intensificado o corpo a corpo em bairro a bairro da capital, maior colégio eleitoral do estado.

O objetivo é decidir a eleição já no primeiro turno ou, no pior cenário, fazer Brandão chegar ao segundo turno com larga vantagem sobre o senador pedetista Weverton Rocha, principal adversário na disputa.

A orientação e mapeamento partiu do vereador e presidente eleito da Câmara Municipal de São Luís para o próximo biênio, Paulo Victor (PCdoB), coordenador e peça-chave na campanha como fiador da articulação que garantiu a Brandão a maioria dos vereadores da capital, além do apoio em peso do setor artístico e cultural.

Mesmo em reduto pedetista, Brandão aparece confortavelmente à frente de Weverton em intenções de voto para o Executivo do Estado, segundo pesquisa IPEC divulgada em agosto. Um novo levantamento está previsto para ser divulgado nesta terça-feira (20). A expectativa é de que o governador tenha ampliado a diferença na preferência do eleitorado ludovicense em relação ao adversário.

O contato direto da campanha com o eleitor da capital de forma mais frequente nos últimos dias, via caminhadas lideradas por Camarão, segue também a estratégia de tentar diminuir a rejeição de Brandão. Embora o mandatário seja o mais rejeitado no geral, em São Luís tem rejeição menor do que a registrada por Weverton. Quando perguntado na capital em qual dos candidatos o eleitor não votaria de jeito nenhum, lidera o ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PSD).

A capital do Maranhão é dominada pelo partido de Weverton há mais de três décadas, com o controle direto ou indireto dos cofres do município.

A hegemonia eleitoral pedetista em São Luís teve início na corrida de 1988, com Jackson Lago (já falecido) eleito prefeito. O enraizamento foi quase interrompido por João Castelo (também já falecido) nas eleições de 2008, mas que consagrou-se vitorioso na segunda etapa daquele pleito exclusivamente devido ao forte auxílio recebido de Lago. Na última eleição, em 2020, Eduardo Braide (sem partido) só chegou ao Palácio de La Ravardière no segundo turno por causa do apoio do PDT, que possui uma das militâncias mais aguerridas de todo o estado.

Contudo, apesar da vitória nas urnas em São Luís ser atribuída ao suporte que recebeu do partido de Weverton, pressionado por aliados que o apoiaram desde o primeiro turno, e que estão fechados com o candidato Lahésio Bonfim (PSC), Braide tem feito uma campanha tímida em favor do pedetista.

Braide aperta cerco contra professores e consegue autorização na Justiça para desconto no salário de grevistas
Cotidiano

Prefeitura de São Luís também poderá contratar professores temporários. Paralisação já dura uma semana

Eleito em 2020 com forte apoio aberto do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís, à começar da então presidente da entidade, professora Elisabeth Castelo Branco, o prefeito Eduardo Braide (sem partido) apertou ainda mais o cerco contra professores da rede pública de ensino da capital que aderiram ao movimento paredista convocado pelo mesmo Sindeducação, agora sob presidência da professora Sheila Bordalo.

Após ganhar no Tribunal de Justiça do Maranhão a decretação de ilegalidade da greve, a gestão municipal logrou nesta segunda-feira (25) nova decisão liminar da desembargadora Francisca Galiza, das Segundas Câmaras Cíveis Reunidas da corte, autorização descontar no salário as faltas dos professores que participarem do movimento grevista, que já dura uma semana.

Na decisão, a magistrada também autorizou a contratação de professores temporários pela prefeitura da capital para dar continuidade às aulas já iniciadas, enquanto durar a paralisação.

“Uma vez não configurada a situação excepcional reconhecida pelo Excelso Tribunal, é possível o lançamento das faltas no período da paralisação, se assim definir o requerente”, destacou Galiza no despacho.

Como houve apenas autorização, não determinação, cabe apenas a Braide decidir se desconta ou não no salário dos professores grevistas os dias relativos à paralisação. Se levado em conta a participação em manifestações já realizadas pelo Sindeducação, cerca de três mil docentes aderiram à greve, e mobilização tende a aumentar.

Os professores da rede pública de ensino de São Luís buscam atualização do Piso Nacional do Magistério para docentes do nível médio, de 33,24%, e da repercussão em toda tabela salarial –com 36,56% de reajuste para todos com nível superior.

A proposta da prefeitura é de apenas 10,06%.

Professores de São Luís entram em greve contra descaso e ataques de Eduardo Braide
Cotidiano

Segundo Sindeducação, somente metade nas escolas do município foram reformadas e aulas iniciaram sem transporte na zona rural. Categoria busca atualização salarial de 36,56%, mas gestão municipal quer conceder apenas 5%

Professores da rede pública de ensino de São Luís entraram em greve na manhã desta segunda-feira (18) em protesto contra o que classificam como descaso com a educação municipal e ataques à categoria pela gestão de Eduardo Braide (sem partido).

Organizado pelo Sindeducação (Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís), um protesto está marcado para acontecer na praça Deodoro, Centro da capital, a partir das 8 horas.

Apesar do movimento paredista encurralar apenas Braide, parte do estado de abandono da educação pública do município é herança maldita deixada pelo ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PSD), que tem aproveitado do silêncio do sucessor sobre o caos recebido para entrar na disputa pelo Palácio dos Leões nas eleições de outubro.

Segundo a presidente da Sindeducação, Sheila Bordalo, somente metade nas unidades escolares da rede de ensino público da cidade foram reformadas, as aulas iniciaram sem transporte na zona rural, a alimentação escolar carece de qualidade e os alunos, até hoje, não receberam os chips e tablets prometidos pela prefeitura.

“O 14º salário, progressões e precatórios do Fundef são direitos previstos por lei. Braide não diz que envio projeto de lei atualizando a tabela para somente 889 profissionais da rede. Hoje, somos mais de 8 mil”, diz em vídeo que trata da campanha salarial deste ano dos professores.

Em repúdio a uma propaganda da gestão municipal custeada pelos cofres públicos, que acusa o sindicato de mentir para a população, ela acusa a prefeitura de tentar desmoralizar os profissionais e suas reivindicações. “Mas a realidade é a maior aliada da categoria”, defende.

O ataque também foi respondido pela professora Ana Paula Martins, secretária de Comunicação do Sindeducação.

“O prefeito anda dizendo por aí que nós estamos faltando com a verdade, que estamos mentindo sobre nossa pauta de reivindicação. Mas por que o prefeito não fala sobre os recursos do Fundeb?! Porque é através desse recursos que estamos reivindicando reajuste para toda a nossa categoria. Não é verdade que ele mandou um projeto de lei [para a Câmara de Vereadores] que contempla todos os professores e professoras”, argumentou em publicação sobre a assembleia geral que decidiu pela deflagração da greve.

Enquanto o sindicado defende a atualização da tabela salarial para toda a categoria de 36,56%, Braide tem insistido no reajuste de apenas 5%, dificultando a negociação com os professores.

Além da propaganda com ataques ao Sindeducação, Eduardo Braide também apelou ao Poder Judiciário para tentar barrar a greve. Na semana passada, atendendo pedido da PGM (Procuradoria-Geral do Município), a desembargador Maria Francisca Galiza, das Segundas Câmaras Cíveis Reunidas do Tribunal de Justiça do Maranhão, decretou a ilegalidade do movimento e determinou multa por descumprimento da decisão de 50 mil, por dia.

Apesar da ordem judicial pela suspensão da greve, o sindicato manteve o movimento paredista.

De acordo com a professora Luciana Mesquita, além dos problemas relatados por Sheila Bordalo, os docentes estão tendo de tirar do próprio bolso para manter o ensino e nem todas as escolas voltaram ao ensino presencial.

“Nas escolas que estão funcionando de forma remota, os professores estão bancando as aulas, pois os míseros 70 reais de ‘auxílio conectividade’ foram cortados. Professores que retornaram presencialmente não têm material pedagógico para trabalhar, por exemplo, principal para quadro”, postou em uma rede social.

O caos na educação pública da capital levou o Eduardo Braide a sofrer um revés no Judiciário maranhense, no início deste mês.

À pedido do Ministério Público, o juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, determinou ao município matricular estudantes na rede municipal de ensino, no prazo de 72 horas, dando preferência às mais próximas e de modo a evitar prejuízo à vida escolar dos alunos.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça, no bojo do processo consta uma tabela com os nomes de diversos alunos que necessitam de vagas nas escolas públicas municipais.

“Inconcebível existir estudantes que ainda não tenham conseguido se matricular ou rematricular nas escolas municipais mais próximas de suas residências, seja pela obrigação pactuada e homologada por sentença judicial, seja pelas normas acima apontadas”, enfatizou o magistrado na decisão.

Greve dos rodoviários em São Luís chega ao 12º dia sem previsão de fim e com prefeito omisso
Cotidiano

Com 100% da frota paralisada desde o primeiro dia do movimento paredista, em termos proporcionais, é a maior greve do setor da história da capital, superando a de 2014

A greve dos rodoviários em São Luís chega ao 12ª dia sem nenhuma previsão de fim.

Apesar dos prejuízos causados para o setor do comércio e para as mais de 700 mil pessoas que dependem do transporte público na cidade, o prefeito Eduardo Braide (Podemos) segue omisso, sem apresentar qualquer alternativa para a falta de ônibus nas ruas nem prestar informações diárias à população sobre o que está sendo feito pelo poder público municipal para solucionar o problema.

Nas redes sociais, desde 21 de novembro, primeiro dia da greve dos rodoviários, o prefeito de São Luís publicou apenas duas vezes a respeito do assunto. Uma no dia 24, para dizer que estaria ao vivo na TV Mirante, outra, no dia 25, para divulgar o que falou na entrevista à emissora, que não haverá aumento na tarifa dos ônibus.

De lá para cá, o próprio gestor parece ter entrado em greve.

Não muito diferente de Braide, com 31 vereadores, a Câmara Municipal de São Luís também não tem demonstrado disposição para por fim à greve, além de evitado abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar indícios de irregularidades nos contratos com o empresariado que gerencia o transporte público da capital.

Com 100% da frota paralisada desde o primeiro dia do movimento paredista, em termos proporcionais, é a maior greve do setor da história de São Luís, superando a de 2014, quando a falta de ônibus também atingiu 100% da frota, mas apenas por oito dias consecutivos.

Em termos de período de paralisação da categoria, já é a terceira. Em 2014, o movimento durou 16 dias, e em 2012, 17 dias.

Ambas terminaram com aumento no valor da passagem dos ônibus, e a de 2014 ainda pôs fim à chamada “domingueira”, desconto de 50% na tarifa aos domingos que era concedido aos usuários do transporte público de São Luís.

Sem citar fonte de recursos, Braide anuncia auxílio financeiro para socorrer empresários dos ônibus
Política

Relação feita pelo prefeito de São Luís com a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 indica que o dinheiro deve sair da saúde municipal

Sem detalhar valores e de onde virão os recursos de custeamento, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), anunciou nesta segunda-feira (25) a criação de um auxílio emergencial para evitar o aumento da tarifa de ônibus na capital.

Embora, segundo o gestor municipal, o programa tenha como objetivo garantir o repasse de recursos para pessoas que ficaram desempregadas em decorrência da crise financeira e econômica provocada pela pandemia da Covid-19, o destino final do dinheiro público será o bolso dos barões do transporte público.

A proposta foi apresentada por Braide em entrevista à TV Mirante, como solução paliativa para por fim à greve dos rodoviários em São Luís, que já dura cinco dias.

“A ideia é a Prefeitura de São Luís garantir passagens para essas pessoas, num primeiro momento, que perderam o seu emprego por conta da pandemia. E, assim, a gente ajuda os dois lados: ajuda o trabalhador que está precisando sair de casa para uma entrevista, entregar um currículo, ou até mesmo assinar o seu contrato de trabalho, garantindo uma passagem paga pela prefeitura e, de outro lado ajudar o sistema de transporte público que vai ter essa intenção de recursos”, declarou.

Apesar de garantir que, neste momento, não haverá aumento no valor da passagem dos ônibus, Braide normalizou a possibilidade de reajuste.

“Primeiro é preciso entender que o aumento de tarifa é contratual. Mas a gente tem quem buscar e entender o momento”, disse, já se antecipando ao iminente aumento do valor da passagem.

Apesar de, em seu destino final, atender aos interesses dos empresários do transporte público, a proposta da gestão municipal, apresentada na entrevista como novidade por Eduardo Braide, já foi rejeitada pelo sistema em audiência de conciliação ocorrida no último sábado (23), no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Maranhão.

Uma reunião entre os setores envolvidos com a greve, marcada para esta segunda-feira (25), porém, pode provocar uma reviravolta e a proposta ser aceita.

Embora o prefeito de São Luís não tenha detalhado a fonte de recursos para o auxílio emergencial, pela relação feita pelo próprio Braide com a pandemia, o dinheiro deve sair da saúde municipal.

Ministério Público investiga Caema por suspeita de fornecimento de água imprópria em São Luís
Cotidiano

Apuração também se concentra nas constantes interrupções no fornecimento de água e abastecimento insuficiente em bairros da capital

O Ministério Público do Maranhão instaurou inquérito civil para apurar a suspeita de fornecimento de água imprópria ao consumo humano pela Caema (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão) em São Luís.

A informação foi divulgada pelo órgão nesta terça-feira (19), citando nominalmente ao menos dois bairros que teriam sido abastecidos com água imprópria: Cidade Operária e São Raimundo, ambos localizados na periferia da capital.

Segundo a 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de São Luís, que atua no caso, as suspeitas foram levantadas a partir de informações repassadas pela coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental, em reunião realizada no último dia 30 de setembro.

A apuração também se concentra nas constantes interrupções no fornecimento de água e abastecimento insuficiente em bairros da cidade.

Para subsidiar o inquérito, a promotora Lítia Cavalcanti solicitou à Caema o mapa do sistema de abastecimento de água de São Luís, incluindo todas as zonas de distribuição; todos os documentos de outorga e autorização para uso da água expedidos pela Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais) em favor da Caema, que tenham por finalidade o abastecimento público na capital; e o relatório atualizado sobre o controle de qualidade da água fornecida para consumo na capital.

Edivaldo ocultou quase 60% de recursos federais enviados a São Luís para Covid-19
Cotidiano

Gestão do ex-prefeito de São Luís foi alvo de quatro operações da Polícia Federal contra fraude e superfaturamento em contratos relacionados à pandemia

O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (sem partido), ocultou quase 60% do destino dado a recursos federais destinados para ações de combate à pandemia do novo coronavírus na capital, segundo levantamento do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão.

De acordo com a corte de Contas, a partir de cruzamento de dados dos portais da transparência da prefeitura e do Governo Federal com informações do sistema de acompanhamento de contratações públicas do próprio TCE, constatou-se que Edivaldo informou o destino de apenas 41,15% do dinheiro público.

Ao todo, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) enviou no ano passado para São Luís exatos R$ 147.734.489,72 para enfrentamento à pandemia. Do montante, porém, segundo o TCE do Maranhão, a aplicação de apenas R$ 60.789.829,58 foi informada pelo ex-gestor.

A gestão de Edivaldo Júnior foi alvo de pelo menos três operações da Polícia Federal em 2020 para cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão, em investigações contra fraude e superfaturamento na aquisição de equipamentos contra a Covid-19. Em 2021, foi deflagrada uma quarta operação, resultado de desdobramento das anteriores.

Secretário muda previsão de 1ª dose de vacina em toda população adulta de São Luís
Cotidiano

A nova previsão agora é até o dia 10 de agosto

A gestão Eduardo Braide (Podemos) anunciou nova previsão de vacinação contra Covid-19 de toda a população de São Luís com mais de 18 anos.

A nova previsão agora é até o dia 10 de agosto.

O anúncio foi feito nas redes sociais pelo secretário municipal de Saúde, Joel Nunes Júnior, horas após ele próprio ter informado inicialmente, em entrevista a rádio Nova FM 93.1, que a 1ª dose do imunizante em toda a população adulta da capital seria aplicada até 30 de junho.

A previsão leva em conta a projeção de entregas de vacinas contra a Covid-19 pelo Ministério da Saúde.

Braide prevê 1ª dose da vacina contra Covid-19 em toda população adulta de São Luís até o final de junho
Cotidiano

Informação é do secretário de Saúde, Joel Nunes Júnior, mas cumprimento de cronograma depende do Ministério da Saúde

A gestão Eduardo Braide (Podemos) prevê a aplicação da 1ª dose da vacinação contra Covid-19 em toda a população adulta (a partir de 18 anos) de São Luís até o dia 30 de junho deste ano.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (4) pelo secretário municipal de Saúde da capital, Joel Nunes Júnior, em entrevista a rádio Nova FM 93.1.

Segundo dados da Prefeitura de São Luís, até essa quinta-feira (3), mais de 300 mil pessoas haviam tomado a 1ª dose da vacina contra a Covid-19.

Vale ressaltar, no entanto, que a vacinação está condicionada à disponibilização de doses pelo Ministério da Saúde por meio do PNI, o Plano Nacional de Imunização.

Braide tira Esmênia da Secretaria de Educação de São Luís, agora em definitivo
Política

Ela passa a ocupar apenas a vice-prefeitura. Não foi divulgado se queda teve motivo político ou técnico

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), divulgou vídeo no Twitter em que comunica a retirada da vice-prefeita da capital, Esmênia Miranda (PSD), do comando da SEMED (Secretaria Municipal de Educação). Diferentemente da vez anterior, conforme declaração do gestor municipal, a saída dela da pasta é definitiva, e ocorre em meio ao possível retorno das aulas presenciais na rede pública municipal apesar da baixa vacinação contra a Covid-19.

“Pessoal, estou aqui com a Esmênia, que retorna hoje à vice-prefeitura, para me ajudar a cuidar ainda mais da nossa cidade”, diz Braide, sem detalhar o motivo da queda, se de ordem técnica ou politica. O ATUAL7 questionou a prefeitura a respeito e aguarda retorno.

Na mesma gravação, após Braide agradecer o período em que a agora ex-secretária esteve à frente da Educação de São Luís, Esmênia diz que "foi plantada uma semente" no setor, e que vai continuar trabalhando pela cidade, agora apenas na posição de vice-prefeita.

A SEMED será controlada agora por Marco Moura, que deixa a Escola de Governo e Gestão Municipal, a EGGEM.

Covid-19: prefeituras divulgam quantidade diferente de doses recebidas da SES
Cotidiano

Vacinômetro de São Luís mostra 44 mil doses a menos do que consta como entregues pelo Governo do Maranhão. Taxa de vacinação cai de 90,2% para 69,3% com novo número

Há um enorme desencontro de informações envolvendo os dados divulgados pelo Governo do Maranhão e pelas prefeituras do estado referentes à vacina contra a Covid-19: enquanto os vacinômetros municipais mostram um número de doses recebidas, a SES (Secretaria de Estado da Saúde) mostra números superiores de doses entregues a estes mesmos municípios.

O número de doses recebidas pelo município de São Luís, atualizados diariamente e divulgados na noite da última quarta-feira (7) pela prefeitura, está estagnado em 145.172 desde o dia 5. Esse mesmo número, entretanto, segundo o vacinômetro do Governo do Maranhão, também atualizado diariamente, mostra que naquele mesmo dia haviam sido entregues 189.682, chegando a mostrar uma sutil diferença de 44 mil doses entre os dados divulgados.

Os números do vacinômetro estadual mudam todos os dias. Na terça-feira (6), o site mostrava que 155 mil doses haviam sido entregues a São Luís e, na quarta, o número já chegava a 189 mil. Enquanto isso, o número de 145 mil recebidos pela prefeitura permanece intacto até hoje desde o início desta semana. Vale salientar que essa informação é divulgada pela prefeitura da capital em seu Instagram oficial, uma vez que, ao acessar a página do município sobre dados da Covid-19, observa-se que a última atualização sobre esse número aconteceu no dia 14 de março - quase um mês de atraso.

Questionada pelo ATUAL7, a Semus (Secretaria Municipal de Saúde) respondeu que, “até a última quarta-feira, dia 7 de abril, São Luís recebeu 179.722 doses. Deste total, 109.816 são destinadas para primeira dose e 69.906 para a segunda”.

Entretanto, a gestão municipal não explicou o porquê do número citado não constar no vacinômetro publicado em suas redes sociais, uma vez que a cidade já teria recebido as doses desde o dia 7. Entre o número que a Semus afirmou já possuir e o número publicado na rede social, há uma diferença de 34.550 doses.

Ainda se tratando da capital maranhense, a postagem do Instagram mostra a taxa de vacinação de 90,2%, tendo como referência as 131.537 doses aplicadas das 145.742 recebidas. Quando usamos o número fornecido pela prefeitura ao ATUAL7, essa taxa cai para 73,1%; e, quando a referência é o vacinômetro da SES, para 69,3%.

Sobre a disparidade entre os números, a Semus alegou que “a diferença entre os dados apontados pelo Estado e pelo Município se deve, conforme levantamento do órgão, ao fluxo estabelecido para recebimento e repasse das doses de vacina contra a Covid-19, em que o Estado é o responsável por receber os lotes do Ministério da Saúde para, em seguida, repassar ao Município de São Luís. Portanto, as doses que ainda não foram repassadas pelo Estado estão dentro do planejamento e a entrega deverá será feita ao longo da campanha”.

Na Região Metropolitana de São Luís, também se observa o descompasso entre o número de doses recebidas segundo outras prefeituras e as doses entregues, segundo o governo estadual. Em Paço do Lumiar, a diferença é de 4.360 a menos, segundo o divulgado pelo município; em Alcântara, 1.050; Raposa, 590; e, em São José de Ribamar, não há informações sobre o vacinômetro. O ATUAL7 procurou a assessoria da cidade para saber onde encontrar os dados, mas não obteve resposta.

Dentre as 10 maiores cidades do Maranhão, uma em especial possui grande disparidade. No site da Prefeitura de Açailândia, consta que 2.794 doses foram recebidas e 2.089 foram aplicadas até o dia 5. No vacinômetro da SES, porém, esses números sobem para 12.508 e 7.473, respectivamente.

O ATUAL7 entrou em contato com o Governo do Maranhão e com os municípios de Alcântara, Paço do Lumiar e Açailândia à procura de um posicionamento, mas não obteve resposta até o momento desta publicação.

PF faz nova operação contra desvio de recursos da Covid-19 em São Luís
Cotidiano

Um dos alvos é o ex-secretário municipal de Saúde, Lula Fylho

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira 8, a operação Tempo Real, que investiga suposta associação criminosa suspeita de fraude e superfaturamento na aquisição de equipamentos destinados ao combate à pandemia da Covid-19 em São Luís, durante a gestão Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

É a quarta operação com a mesma finalidade. As três anteriores foram realizadas no ano passado, em junho e outubro, inclusive com cumprimento de mandados de prisão temporária.

A nova ostensiva mira processo de licitação celebrado em abril de 2020 pela Semus (Secretaria Municipal de Saúde), destinado à aquisição de 20 mil máscaras FPP2, no valor total de R$ 718 mil.

O ex-secretário municipal de Saúde da capital, Lula Fylho, é um dos alvos da operação, segundo o blog O Informante. Ele já havia sido alvo da primeira fase da Operação Cobiça Fatal, quando teve o sigilo bancário quebrado por decisão do juiz federal Régis Bomfim, substituto da 1ª Vara de São Luís. Agora, de busca e apreensão.

Além das buscas, a Polícia Federal também cumpriu cinco mandados de constrição patrimonial.

Durante a ação, os agentes apreenderam joias e dinheiro em espécie, em valores ainda não informados.

Os investigados poderão responder por fraude à licitação, superfaturamento e associação criminosa. Todos estão proibidos de contratação com o Poder Público, de acesso à Semus e de manter contato uns com os outros.

Dados da Covid-19 da Prefeitura de São Luís estão fora do ar
Cotidiano

A prefeitura foi procurada para explicar os motivos e a previsão para solucionar o problema

O cidadão que procurar por informações sobre a Covid-19 no site da Prefeitura de São Luís encontrará uma página fora do ar.

A constatação foi confirmada pelo ATUAL7, nesta segunda-feira 22, após relato de leitores, ao tentar acessar a seção. Com o apagão, não é possível saber, por exemplo, a quantidade de pessoas infectadas e mortas pela doença, nem sobre a ocupação de leitos na rede pública de saúde do município.

Procurada, mais de 1h30min após a publicação desta matéria, por telefone, a prefeitura informou que o problema foi ocasionado por queda de energia. Contudo, apesar do site ter voltado ao ar, os dados continuam sendo omitidos. Na página, é informado que o “conteúdo não está disponível”.

O apagão de dados também ocorre nas redes sociais da gestão municipal, que, apesar do avanço da pandemia na capital, decidiu divulgar apenas informações sobre a vacinação contra a Covid-19.

A capital é administrada pelo prefeito Eduardo Braide (Podemos).

Câmara autoriza Braide a comprar vacinas contra Covid-19 direto com laboratórios
Cotidiano

Compra será feita por meio de consórcio nacional de prefeitos. Aquisição ocorrerá somente caso o governo Bolsonaro não cumpra o PNI ou as doses previstas no plano sejam insuficientes

A Câmara Municipal de São Luís aprovou, nesta quarta-feira 10, em caráter de urgência, projeto de lei encaminhado à Casa pelo prefeito Eduardo Braide (Podemos), em que autoriza a gestão municipal a comprar vacinas contra a Covid-19 e suas variantes direto com laboratórios que tiverem imunizantes aprovados no mercado internacional e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

De acordo com o texto, a aquisição será feita por meio de um consórcio nacional de prefeitos, no qual a participação do município também foi ratificada pela unanimidade dos vereadores.

O projeto também autoriza Braide a compra medicamentos, insumos e equipamentos necessários aos serviços públicos municipais de saúde para combate à pandemia. As aquisições serão feitas por meio de diversas fontes, como recursos municipais, repasses de verbas federais, inclusive decorrentes de emendas parlamentares, e doações advindas de fontes nacionais e internacionais.

Com a aprovação, o projeto segue para a sanção de Braide, que após deverá encaminhá-lo para a FNP (Frente Nacional de Prefeitos), que encabeça a criação do consórcio.

Segundo autorização concedida no mês passado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a estados e municípios, Braide poderá comprar as vacinas contra a Covid-19 somente no caso do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não cumprir o PNI (Plano Nacional de Imunização) ou caso as doses previstas no plano sejam insuficientes.

Ministério Público quer que vacinação de profissionais da educação em São Luís seja antecipada
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Ao menos 17 escolas particulares já suspenderam as aulas presenciais nas duas primeiras semanas do início do ano letivo, devido registro de casos de Covid-19

Os profissionais de educação de São Luís poderão ser incluídos no grupo prioritário para receber a vacina contra a Covid-19. A recomendação do Ministério Público do Maranhão, e vale para todos os profissionais da educação básica e ensino em geral, da rede pública e privada.

Segundo informação divulgada pelo órgão, a indicação foi feita aos secretários estadual e municipal da Saúde, respectivamente, Carlos Lula e Joel Nunes Júnior, na terça-feira 9. Também foi oficializado a respeito do pedido o prefeito Eduardo Braide (Podemos).

No documento, o MP abre o prazo de 10 dias para que seja realizada as devidas alterações na lista de prioridade da vacina contra a doença, com adaptação do Plano Municipal de Vacinação, considerando a prioridade dos profissionais da educação, logo após o grupo de idosos.

De acordo com a 2ª Promotoria da Defesa da Educação de Saúde, um dos motivos para a manifestação foi um requerimento da Aspa (Associação de Pais e Alunos de Institucionais de Ensino do Estado do Maranhão), solicitando a vacinação prioritária de professores e demais trabalhadores da educação, além dos educandos.

No pedindo, ainda segundo o órgão, foi alertado que, somente nos 15 primeiros dias do início do ano letivo, 17 escolas particulares já suspenderam as aulas presenciais devido registro de casos de Covid-19, tanto entre professores quanto alunos.

Por se tratar de recomendação, a Prefeitura de São Luís não é obrigada a cumprir, mas se sujeita a ser alvo de ação do Ministério Público.

Atualmente, conforme o Plano Nacional de Vacinação, utilizado por Braide para o plano municipal, os profissionais da educação do ensino básico estão inseridos no 17º grupo prioritário.