Weverton Rocha
Eliziane Gama é única mulher presente em reunião de Lula com líderes no Senado
Política

Encontro faz parte da estratégia do presidente de ter papel mais ativo na articulação política. Pelo Maranhão, também participou o senador Weverton Rocha

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) foi a única mulher presente em uma reunião do presidente Lula (PT) na noite dessa terça-feira (5) com líderes e vice-líderes de blocos e de partidos da base no Senado. Ela é líder do Bloco Parlamentar da Resistência Democrática.

O encontro no Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo, faz parte da estratégia do petista de ter papel mais ativo na articulação política —repetindo o que foi feito com deputados federais e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), duas semanas atrás.

Pelo Maranhão, também participou o senador Weverton Rocha, líder da bancada do PDT.

Embora alçada a vice-líder do PSB na Casa, a senadora Ana Paula Lobato, efetivada no mandato na vaga do agora ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, foi a única maranhense a não participar da reunião, revelando desprestígio.

Xadrez político de Weverton Rocha em 2024 deve influenciar 2026
Política

Senador do PDT terá de escolher entre apoiar um pré-candidato fraco, Fábio Câmara, ou um possível adversário ao Palácio dos Leões, Eduardo Braide. Ambos podem ainda ser derrotados nas urnas, o que deixaria o pedetista sem representatividade política na capital

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) vive um xadrez político em 2024 que deve comprometer seu futuro nas eleições de 2026, quando estará em jogo a própria cadeira no Senado e a possibilidade de tentar novamente o comando do Palácio dos Leões. O pedetista, que foi derrotado na disputa pelo governo do Maranhão em 2022 pelo governador Carlos Brandão (PSB) e amargou o terceiro lugar, não tem um nome seguro para apoiar na eleição municipal de São Luís, principal e maior colégio eleitoral do estado, e onde o seu partido dominou por três décadas.

Considerando as movimentações públicas e de bastidor do próprio Weverton, ele tem hoje duas opções para tentar manter sua influência na capital maranhense: apoiar o ex-vereador Fábio Câmara (PDT), que no ano passado se auto lançou pré-candidato a prefeito pelo partido, ou apoiar Eduardo Braide (PSD), que deve buscar a reeleição ao Palácio de La Ravardière. No entanto, ambas têm riscos e desvantagens para o senador.

Se apoiar Câmara, Weverton terá de enfrentar a difícil missão de torná-lo competitivo em uma disputa que deve ter candidatos mais conhecidos e bem avaliados, como o deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA), que foi o segundo colocado na eleição de 2020 e estará novamente na corrida com o apoio agora consolidado do governador Carlos Brandão (PSB) e do entorno do Poder Executivo estadual, e o deputado estadual Wellington do Curso (sem partido), que em temas polêmicos segue votando de forma independente, fator que o favorece junto à população.

Se apoiar em Eduardo Braide, o cenário é ainda mais nebuloso: o senador do PDT pode fortalecer um potencial rival para 2026, caso o prefeito de São Luís seja reeleito e decida disputar o governo do Estado dois anos depois. Braide, que foi eleito prefeito de São Luís em 2020 com 55,53% dos votos válidos, tem uma boa popularidade na capital e, caso derrote novamente Duarte Júnior e o Palácio dos Leões nas urnas, pode ampliar sua base no interior como nova força política. No entanto, Braide não é nem nunca foi da base do presidente Lula (PT), aliado de Weverton Rocha no plano nacional, o que dificultaria uma formação de chapa com a vaga ao Senado, opção que restaria para Weverton, já que, pelos movimentos oposicionistas do pedetista no âmbito estadual, não há espaço para que ele tente reeleição ao cargo novamente em chapa governista. Além disso, não há certeza de que Braide, pelo histórico político apático que criou em relação a aliados, possa retribuir eventual apoio em 2026.

Hoje, pelo lado governista, a possível chapa de 2026 seria Felipe Camarão (PT) ao Palácio dos Leões e ao Senado seriam Carlos Brandão e André Fufuca (PP-MA), todos aliados de Lula.

Além da dificuldade de disputar o governo do Maranhão ou a própria reeleição ao Senado, até mesmo uma corrida a deputado federal seria perigosa, pois o pedetista não tem mais base eleitoral para a Câmara, já que os votos que conquistou quando ocupou o cargo foram negociados em 2018, na disputa pelo Senado, com quem ainda é deputado federal ou hoje conquistou um mandato e deve disputar a reeleição, como Juscelino Filho (União-MA), Pedro Lucas (União-MA), Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e outros.

Nesse cenário, Weverton Rocha tem de fazer uma escolha difícil: apostar em um pré-candidato até então fraco, Fábio Câmara, mas possivelmente fiel, ou apoiar um candidato apontado como forte, Eduardo Braide, mas que não inspira confiança mesmo de aliados. Qualquer que seja a decisão, o senador terá de enfrentar as consequências políticas e eleitorais de sua estratégia, que depende do resultado das urnas em 2024.

Há ainda a possibilidade de tanto Fábio Câmara quanto Eduardo Braide perderem a eleição, o que deixaria o senador pedetista sem representativa política na capital.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Carlos Brandão é reeleito governador do Maranhão
Política

Vitória do mandatário também é um troféu para Flávio Dino, que foi eleito para o Senado e conseguiu fazer seu sucessor

Após liderar as pesquisas de intenção de votos durante toda a campanha, o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), foi reeleito neste domingo (2) no primeiro turno. O vice é Felipe Camarão (PT), ex-secretário de Educação do Estado.

Brandão obteve 51,29% votos válidos, contra de 24,87% de Lahésio Bonfim (PSC) e 20,71% de Weverton Rocha (PDT).

Ele contou com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vai disputar o segundo turno da disputa pela presidência contra Jair Bolsonaro (PL).

Carlos Brandão chegou ao comando do Executivo em abril, após Dino -de quem foi vice nas eleições de 2014 e 2018- renunciar para disputar o Senado.

A vitória de Brandão também é um troféu para Flávio Dino. Além de ter sido eleito senador, o ex-mandatário conseguiu ainda fazer seu sucessor no cargo.

Brandão segue à frente de Weverton e, no 2º turno, tem 51% contra 33%, aponta Ipec
Política

Governador do Maranhão tenta vencer a eleição já no 1º turno, mas intenção de votos ainda é insuficiente

Com 41% das intenções de voto no cenário geral, o governador Carlos Brandão (PSB) mantém larga vantagem sobre os adversários e lidera com folga a disputa ao Palácio dos Leões, segundo nova pesquisa Ipec no Maranhão. No mês passado, ele tinha 28%.

Em seguida, empatados tecnicamente, aparecem o senador Weverton Rocha (PDT), com 20%, e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim (PSC), com 16%. Na pesquisa anterior, tinham 16% e 10%, respectivamente.

O ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PSD) despencou na preferência do eleitorado, e aparece agora com 7% –metade da intenção de votos que havia registrado no levantamento de agosto, quando marcou 14%.

Cinco outros candidatos se embolam, empatados tecnicamente, no pelotão dos que têm de 1% para baixo. Uma parcela de 5% respondeu que votará nulo ou em branco (eram 9% na pesquisa anterior), e 8% dos entrevistados não sabem responder como vão se posicionar (na sondagem anterior, eram 19%).

O IPEC ouviu presencialmente 800 eleitores em 39 cidades entre os dias 17 e 19 de setembro. O nível de confiança da pesquisa, contratada pela TV Mirante e registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Maranhão sob o protocolo MA-04923/2022, é de 95%.

Nos chamados votos válidos, conta que exclui os brancos e nulos do cômputo final, utilizada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para definir o resultado da eleição, o governador do Maranhão tem 47%.

Considerando a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, significa que Carlos Brandão pode ter hoje 44% ou 50% dos votos válidos, insuficientes, em tese, para vencer a disputa e ser reeleito já na primeira etapa, como quer o mandatário do Estado.

Para ganhar no primeiro turno, é necessário que o candidato some 50% dos votos válidos mais um. A votação será em 2 de outubro, e o segundo turno, se houver, está previsto para o dia 30 do mesmo mês.

Nas últimas semanas, mostrou o ATUAL7, Brandão tem trabalhado para vencer a eleição já no primeiro turno. Para isso, adotou a estratégia de consolidar e buscar votos no interior do estado acompanhado no ex-governador Flávio Dino (PSB), candidato ao Senado, enquanto o ex-secretário de Educação Felipe Camarão (PT), vice na chapa, intensifica a campanha na capital.

Brandão aparece também à frente nas simulações de segundo turno.

Segundo o Ipec, bate em Weverton por 51% a 33% no cenário geral. Contra Lahésio, também venceria a disputa, com maior facilidade, com 56% dos votos gerais, contra 29%.

Considerando somente os votos válidos, que são os levados em conta pela Justiça Eleitoral para proclamar o resultado das eleições, Brandão tem 61% contra 39% de Weverton. No cenário contra Lahésio, tem 66%, ante 34% do ex-prefeito.

Campanha de Brandão intensifica com Camarão foco em São Luís, reduto do PDT de Weverton
Política

Objetivo é decidir a eleição já no primeiro turno. Capital é controlada há mais três décadas, direta ou indiretamente, pelo partido do principal adversário do governador do Maranhão

Vice na chapa de reeleição do governador Carlos Brandão (PSB), o ex-secretário de Educação do Estado Felipe Camarão (PT) tem atuado na reta final da campanha na conquista de eleitores em São Luís, tradicional reduto do PDT no Maranhão.

Nas últimas semanas, enquanto o mandatário se dedica à consolidação e busca por votos no interior maranhense acompanhado do ex-governador Flávio Dino (PSB), candidato ao Senado na chapa, Camarão tem intensificado o corpo a corpo em bairro a bairro da capital, maior colégio eleitoral do estado.

O objetivo é decidir a eleição já no primeiro turno ou, no pior cenário, fazer Brandão chegar ao segundo turno com larga vantagem sobre o senador pedetista Weverton Rocha, principal adversário na disputa.

A orientação e mapeamento partiu do vereador e presidente eleito da Câmara Municipal de São Luís para o próximo biênio, Paulo Victor (PCdoB), coordenador e peça-chave na campanha como fiador da articulação que garantiu a Brandão a maioria dos vereadores da capital, além do apoio em peso do setor artístico e cultural.

Mesmo em reduto pedetista, Brandão aparece confortavelmente à frente de Weverton em intenções de voto para o Executivo do Estado, segundo pesquisa IPEC divulgada em agosto. Um novo levantamento está previsto para ser divulgado nesta terça-feira (20). A expectativa é de que o governador tenha ampliado a diferença na preferência do eleitorado ludovicense em relação ao adversário.

O contato direto da campanha com o eleitor da capital de forma mais frequente nos últimos dias, via caminhadas lideradas por Camarão, segue também a estratégia de tentar diminuir a rejeição de Brandão. Embora o mandatário seja o mais rejeitado no geral, em São Luís tem rejeição menor do que a registrada por Weverton. Quando perguntado na capital em qual dos candidatos o eleitor não votaria de jeito nenhum, lidera o ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PSD).

A capital do Maranhão é dominada pelo partido de Weverton há mais de três décadas, com o controle direto ou indireto dos cofres do município.

A hegemonia eleitoral pedetista em São Luís teve início na corrida de 1988, com Jackson Lago (já falecido) eleito prefeito. O enraizamento foi quase interrompido por João Castelo (também já falecido) nas eleições de 2008, mas que consagrou-se vitorioso na segunda etapa daquele pleito exclusivamente devido ao forte auxílio recebido de Lago. Na última eleição, em 2020, Eduardo Braide (sem partido) só chegou ao Palácio de La Ravardière no segundo turno por causa do apoio do PDT, que possui uma das militâncias mais aguerridas de todo o estado.

Contudo, apesar da vitória nas urnas em São Luís ser atribuída ao suporte que recebeu do partido de Weverton, pressionado por aliados que o apoiaram desde o primeiro turno, e que estão fechados com o candidato Lahésio Bonfim (PSC), Braide tem feito uma campanha tímida em favor do pedetista.

De R$ 64 mil a R$ 4,6 milhões: confira o patrimônio dos candidatos ao Palácio dos Leões
Política

Apenas Frankle Costa (PCB) e Hertz Dias (PSTU) não possuem bem cadastrado no Divulgacand

Nas convenções realizadas até o início de agosto, os partidos confirmaram nove candidatos ao Governo do Maranhão na disputa das eleições de 2022. O prazo para registro das candidaturas se encerrou nessa segunda-feira (15).

Com exceção de Frankle Costa (PCB) e Hertz Dias (PSTU), sem nenhum bem cadastrado no Divulgacand, o sistema de divulgações de candidaturas e contas eleitorais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), todos os demais postulantes ao Palácio dos Leões apresentaram à Justiça Eleitoral o detalhamento do patrimônio que possuem atualmente.

O maior patrimônio declarado é de Lahésio Bonfim (PSC). O ex-prefeito de São Pedro dos Crentes informou possuir R$ 4,6 milhões em bens. Em 2008, quando tentou as urnas pela primeira vez, sem sucesso, na disputa pela prefeitura de Marcos Parente (PI), havia informado R$ 156 mil.

Weverton (PDT) declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 4,2 milhões, valor também superior aos R$ 352,5 mil declarados em 2010, quando alcançou a suplência de deputado federal.

O terceiro candidato ao Palácio dos Leões com maior patrimônio declarado é o Professor Joas Moraes, do nanico DC, de R$ 1,2 milhão. Em 2006, quando não conseguiu se eleger deputado estadual, era R$ 55 mil.

Ex-secretário da Indústria e Comércio do Maranhão Simplício Araújo (SD) declarou possuir R$ 570 mil em bens, valor um pouco superior ao patrimônio de R$ 405 mil de 2010, quando alcançou a primeira suplência para a Câmara dos Deputados de sua história eleitoral.

Carlos Brandão (PSB), que assumiu o governo do Estado em abril e disputa a reeleição, afirmou possuir R$ 478,7 mil em bens. Em 2006, quando disputou para deputado federal, declarou patrimônio de R$ 65,4 mil.

Apesar de, se comparado à maioria dos adversários no pleito, possuir um patrimônio baixo, o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior (PSD) também conseguiu adquirir bens após entrar na política eleitoral. Segundo declarou à Justiça Eleitoral, tem patrimônio de R$ 192,3 mil atualmente, diferentemente de 2004, quando foi eleito vereador da capital sob nenhum bem cadastrado.

Já Enilton Rodrigues (PSOL) teve um leve aumento no patrimônio, de atualmente exatos R$ 64 mil. O declarado em 2016, quando não conseguiu ser eleito vereador por Arame, era R$ 52,3 mil.

O primeiro turno das eleições será realizado no dia 2 de outubro. Eventual segundo turno, que ocorre caso um dos candidatos ao Executivo não alcance a maioria absoluta de votos, está previsto para o dia 30 do mesmo mês.

Partido de Bolsonaro, PL faz jogo duplo no Maranhão e libera apoio a Flávio Dino ao Senado
Política

Legenda é comandada por Josimar Maranhãozinho. Ele desconversa quando questionado se apoio a ex-mandatário também fortaleceria Carlos Brandão na disputa pelo Palácio dos Leões

Partido de Jair Bolsonaro, o PL faz jogo duplo no Maranhão na disputa eleitoral de 2022. Embora a legenda tenha decidido durante convenção estadual, segundo ata registrada na Justiça Eleitoral, apoiar a candidatura à reeleição do senador bolsonarista Roberto Rocha (PTB), diversas lideranças políticas do partido têm declarado publicamente apoio a Flávio Dino (PSB), ex-mandatário do Estado e desafeto do presidente da República.

A infidelidade partidária conta com a proteção do deputado Josimar Maranhãozinho, que comanda o partido no estado.

Alvo da Polícia Civil e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas) do Ministério Público, ele havia se afastado de Dino e virado oposição ao Palácio dos Leões sob alegação de que teria sido vítima de perseguição pela Operação Maranhão Nostrum, deflagrada em outubro do ano passado.

Ao ATUAL7, disse que mantém apoio à reeleição do senador bolsonarista, mas que não pode “obrigar os descontentes a seguir com ele”. “Cabe ao Roberto conquistar a todos”, declarou.

Espécie de resposta pronta, a mesma declaração já havia sido dada na semana passada ao blogueiro Werbeth Saraiva, após questionamento sobre o deputado estadual Vinícius Louro, vice-presidente do PL no Maranhão e atualmente escudeiro mais caninamente fiel a Josimar Maranhãozinho na Assembleia Legislativa, ter fechado apoio a Flávio Dino.

A liberação concedida pelo presidente do PL maranhense tem provocado suspeita de que ele próprio esteja com pé em cada canoa na corrida pelo governo do Maranhão.

No final de maio, em transmissão ao vivo nas redes sociais, ele confessou que teve conversas com o governador Carlos Brandão (PSB), que era vice de Dino e agora concorre à reeleição. Segundo afirmou, nos diálogos, houve oferecimento de espaço no Executivo do Estado em troca de apoio no pleito.

Apesar das ofertas, garantiu, ele não é político do tipo que se vende.

Na live, o deputado federal declarou apoio ao senador Weverton Rocha (PDT), principal adversário de Brandão na disputa, e indicou como vice na chapa o deputado estadual Hélio Soares, do PL de Jair Bolsonaro. Integrante dos mais antigos da tropa de choque de Josimar, ele teria dificuldades de se reeleger para a Alema em razão da prioridade que o chefe do partido planeja dar à sobrinha, Fabiana Vilar Rodrigues, também do PL, na corrida por uma vaga no Legislativo estadual.

Questionado se o apoio de lideranças do PL a Flávio Dino ao Senado também fortaleceria Carlos Brandão ao governo, Josimar Maranhãozinho desconversou.

“É diferente”, disse, embora garantindo que trabalha pela eleição de Weverton.

No período em que o Palácio dos Leões esteve sob comando de Dino, o PL foi um dos partidos que integrou o governo do Estado, com o controle de pastas em troca de apoio na aprovação de projetos de interesse do Executivo na Assembleia Legislativa, e de vista grossa para casos envolvendo irregularidade e corrupção com os cofres públicos.

Lula ignora Felipe Camarão no PT e resiste a declarar apoio a Carlos Brandão
Política

Ex-presidente já descartou liderado por Flávio Dino e defendeu a pré-candidatura de Weverton Rocha ao Palácio dos Leões

Faltando menos de três meses para as eleições de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue ignorando a filiação do ex-secretário Felipe Camarão no PT e resistindo a declarar apoio a Carlos Brandão (PSB) na disputa pelo Palácio dos Leões.

O silêncio de Lula esfria a estratégia do ex-governador Flávio Dino (PSB), pré-candidato ao Senado na chapa de Brandão. Foi ele quem apadrinhou a ida do ex-vice para o PSB e a de Camarão para o PT.

Antes se seguirem a orientação de Dino, Carlos Brandão era do PSDB, e Felipe Camarão, do DEM.

Em janeiro, Lula deu declarações em que descartou apoio a Brandão, e o reduziu à posição de pré-candidato apenas de Dino –a quem o novo mandatário do Estado se refere sempre como “líder”. Segundo disse Lula, o escolhido dele próprio e das forças progressistas e da esquerda raiz para o governo do Maranhão no pleito de 2022 é o senador Weverton Rocha (PDT).

“Nós defendemos a candidatura do Flávio Dino [para o Senado]. Agora, o companheiro Flávio Dino tem um candidato, dele, que é o vice, que é do PSDB. Ele sabe que é difícil a gente apoiar o PSDB. Nós temos a candidatura do Weverton, então eles vão ter que se acertar lá para facilitar a nossa vida”, afirmou Lula em encontro com jornalistas, que teve transmissão pelas redes sociais.

Embora tenha como indicado a vice o deputado estadual Hélio Soares, do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, o pedetista possui formação sólida com integrantes da base do PT –formada por sindicalistas, servidores públicos e trabalhadores. Diferente de Brandão, também tem ligação histórica com Lula, com quem esteve em todas as eleições que disputou e a quem visitou na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), no período em que o ex-presidente esteve preso pela Lava Jato.

De janeiro para cá, Camarão retirou a pré-candidatura ao Palácio dos Leões que havia tentado contra o próprio Brandão e passou à condição de indicado para a vaga de vice. Já o novo mandatário do Estado se filiou ao PSB e tenta se empacotar à esquerda.

Nenhum dos dois, porém, recebeu qualquer declaração pública de apoio de Lula até o momento. Apenas poucas fotos protocolares foram conseguidas, mas sempre acompanhadas por outras pessoas alheias às eleições estaduais, durante eventos nacionais envolvendo os dois partidos. Nada que possa ser aproveitado sequer na pré-campanha.

Nem mesmo a hospitalização de quase dois meses de Brandão, que sofreu complicações no pré-operatório ao ponto de fazê-lo omitir informações sobre seu quadro clínico e de chorar ao receber alta, conseguiu arrancar uma declaração do líder petista.

Apoio de Paulo Marinho Júnior fortalece Weverton Rocha em Caxias
Política

Município é o quinto maior colégio eleitoral do Maranhão, segundo dados do TSE

A pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT) ao governo do Maranhão ganhou um aliado de peso em Caxias, quinto maior colégio eleitoral do estado, com 108.521 eleitores, segundo dados mais recentes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), referentes ao mês de maio.

Na última sexta-feira (17), o pedetista recebeu o apoio do deputado federal Paulo Marinho Júnior (PL), que deixou recentemente o cargo de vice-prefeito do município para disputar reeleição para a Câmara.

“A escolha pelo nome de Weverton eu já defendia internamente porque conheço seu trabalho, e este projeto tem como prioridade melhorar a vida do maranhense, nós temos esse desejo de mudança e queremos transformar o Maranhão e o interior do estado em lugar de gente feliz”, disse.

Favorito em Caxias para o Legislativo Federal, nas últimas eleições em que disputou, ele obteve cerca de 30% dos votos do eleitorado do município, segundo o resultado das urnas divulgado pela Justiça Eleitoral.

Em 2018, por exemplo, quando o número de eleitores aptos a votar em Caxias era de 96.420, do total de 55.755 votos depositados em Paulo Marinho Júnior naquele pleito, 30.822 foram conquistados apenas na chamada Princesa do Sertão maranhense.

Desembargadora manda trancar ação contra Weverton no caso da reforma no Costa Rodrigues
Política

Graça Duarte entendeu que acusação se baseava em derivação ilícita de provas que já haviam sido anuladas pelo TJ-MA

A desembargadora Graça Duarte, do Tribunal de Justiça do Maranhão, decretou na sexta-feira (17) o trancamento da ação penal contra o senador Weverton Rocha (PDT) que tramitava na 4ª Vara Criminal de São Luís.

Na decisão, a magistrada atendeu pedido da defesa do pedetista, e confirmou liminar que havia determinado a suspensão da ação penal em outubro do ano passado.

Weverton era acusado de crimes licitatórios e de peculato por supostas ilegalidades na reforma e ampliação do ginásio poliesportivo Costa Rodrigues, localizado no Centro de São Luís.

O contrato e o termo aditivo com a empresa Maresia Construtora, de quase R$ 5,5 milhões em valores originais, foram assinados durante o governo do também pedetista Jackson Lago, já falecido. À época, o Weverton comandava a Secretaria de Estado de Esportes e Juventude.

Para Graça Duarte, a acusação contra o pedetista, que é pré-candidato ao Palácio dos Leões nas eleições de 2022, se baseava em derivação ilícita de provas que já haviam sido anuladas por determinação dela própria, confirmada pelas Primeiras Câmaras Cíveis Reunidas do TJ maranhense, em acórdão de 2015. Segundo entendimento do colegiado, houve ofensa ao direito de defesa de Weverton.

A decisão já foi comunicada ao Ministério Público do Estado, que analisa se irá recorrer.

No parecer sobre o caso, a PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) do Maranhão havia opinado que o acórdão mencionado não alcançava demais provas que teriam sido produzidas nos autos da investigação.

Contudo, de acordo com a desembargadora do TJ-MA, como tanto o inquérito policial quanto outros elementos eram derivados do mesmo relatório de auditoria anulado pela corte estadual, todas demais provas posteriores estariam “contaminadas”.

Weverton Rocha sempre atribuiu as acusações à perseguição política.

Rachado, PT do Maranhão aprova indicação de Camarão para vice de Brandão
Política

Também foi confirmado apoio à reeleição do governador e a Flávio Dino ao Senado. Decisão precisa se atestada pela direção nacional do partido. Base petista segue com Weverton Rocha

O PT do Maranhão aprovou nesse domingo (5) a indicação do nome do ex-secretário de Educação Felipe Camarão para compor a chapa de Carlos Brandão (PSB) como vice-governador nas eleições de 2022. Como resultado, também foi confirmado apoio à reeleição de Brandão e ao nome do ex-governador Flávio Dino (PSB) ao Senado.

A decisão será agora levada à direção nacional do partido, que pode atestar ou desautorizar, o que deve acontecer apenas próximo da convenção nacional que vai homologar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.

O indicativo é pela aprovação, uma vez que a composição, embora localmente cartorial, reflete a aliança nacional firmada entre o PT e o PSB, com a indicação do nome do ex-governador Geraldo Alckmin, agora também socialista, para vice-presidente na chapa de Lula.

Qualquer que seja a decisão, o PT do Maranhão seguirá rachado.

Devorada pelo Palácio dos Leões, parte minoritária do petismo maranhense, que teve ou ainda mantém cargos no Executivo, seguiu orientações de Flávio Dino pró-Brandão e Camarão.

Contudo, integrantes da base do PT –formada por sindicalistas, servidores públicos e trabalhadores– resistiu ao poderio dinista, e está fechada com a pré-candidatura do senador Weverton Rocha ao governo do Estado.

Por falta de provas, Justiça Federal julga improcedente ação contra Weverton Rocha
Política

Pedetista era acusado pelo MPF de enriquecimento ilícito no caso do avião privado que transportou a equipe do então ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, ao Maranhão

A juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara Federal de Brasília, julgou improcedente a ação de improbidade contra o senador Weverton Rocha (PDT) no caso do avião privado que transportou a equipe do então ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, ao Maranhão. A decisão foi tomada na última sexta-feira (27).

Weverton era acusado pelo MPF (Ministério Público Federal) de enriquecimento ilícito. Ele é pré-candidato ao Palácio dos Leões nas eleições de 2022. Lupi também se livra da ação, além de Ezequiel Sousa do Nascimento, ex-secretário de políticas públicas de emprego do Ministério do Trabalho.

Segundo o MPF, os pedetistas teriam recebido benesse supostamente providenciado por Adair Antônio de Freitas Meira, empresário de Goiânia (GO) que comandava uma rede de entidades que mantinha R$ 17,3 milhões em convênios firmados com a pasta controlada pelo PDT no governo da petista Dilma Rousseff. À época, Weverton era assessor de Carlos Lupi.

Ainda de acordo com a acusação, Meira teria alugado e fornecido um avião particular para viagens oficiais feitas pelos pedetistas. O ex-governador Jackson Lago (já falecido), também usou a aeronave.

Para a magistrada, porém, não ficaram comprovadas de modo inequívoco as supostas irregularidades apontadas. Ela concordou com os argumentos da defesa de que não houve qualquer tipo de vantagem econômica ou violação aos princípios da administração pública, e decidiu pela improcedência do pedido de condenação na ação, com resolução do mérito.

“No caso em apreço, não há qualquer elemento concreto a demonstrar que Carlos Lupi, Ezequiel Nascimento e Weverton Rocha receberam vantagem indevida (passagem área custeada por terceiros) paga por Adair Meira, com o propósito de beneficiar as empresas deste em contratos mantidos com o MTE”, escreveu a juíza.

“O mero fato de as pessoas jurídicas requeridas terem celebrado ao menos nove convênios com MTE no período de 24.12.2007 a 31.12.2011, ainda que em quantias expressivas, não conduz à conclusão de improbidade administrativa”, concluiu.

O caso tramitava há cerca de 10 anos.

Na decisão, Luz ainda citou trecho da nova Lei de Improbidade Administrativa, que dispõe sobre a necessidade de comprovação de ato doloso com fim ilícito para configurar eventual irregularidade. Sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado, o dispositivo foi aprovado no Congresso sob a relatoria do próprio Weverton.

“As testemunhas ouvidas no curso da instrução processual também não trouxeram elementos que pudessem caracterizar eventual improbidade por parte dos Requeridos, nem mesmo irregularidades nos contratos indicados na petição inicial”, afirmou a magistrada.

“Desse modo, à luz do quadro probatório existente nos autos, conclui-se pela inexistência de elementos que permitem a condenação dos Requeridos pelos atos de improbidade previstos na Lei nº 8.429/1992, impondo-se o julgamento de improcedência do pedido”, decidiu.

Uma ação penal e uma sindicância no âmbito da Corregedoria do Ministério do Trabalho que também investigavam os mesmos fatos que motivaram a ação de improbidade já haviam sido arquivadas.

Hélio Soares será vice na chapa de Weverton Rocha ao governo do MA
Política

Indicação é do PL, de Josimar Maranhãozinho. Com composição, parte de bases eleitorais do parlamentar passa a apoiar Osmar Filho para Alema

O deputado estadual Hélio Soares (PL) será vice na chapa de Weverton Rocha (PDT) ao Palácio dos Leões.

A escolha foi oficializada nessa segunda-feira (30), após indicação do deputado federal Josimar Maranhãozinho, líder do PL no estado.

Hélio Soares exerce atualmente o quinto mandato parlamentar. Ele foi eleito para a Assembleia Legislativa do Estado pela primeira vez nas eleições de 1998, e reeleito por outros três pleitos seguidos. Voltou à Casa após nova vitória nas urnas na disputa eleitoral de 2018.

Com a composição, parte da base eleitoral do parlamentar vai para pré-candidatos pedetistas ao Legislativo estadual.

O primeiro e principal beneficiado é o atual presidente da Câmara de São Luís, vereador Osmar Filho (PDT), que já passou a contar com o apoio do prefeito de Vitória do Mearim, Nato da Nordestina (PL), ao seu projeto de se eleger deputado em outubro.

Josimar recusa ofertas do Palácio dos Leões, rejeita Brandão e fecha apoio a Weverton
Política

Se comprovada, revelação de oferecimento da estrutura da máquina pública pode configurar corrupção e abuso de poder econômico

O governador Carlos Brandão (PSB) perdeu para o senador Weverton Rocha (PDT) a batalha pelo apoio do deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) na disputa ao Palácio dos Leões nas eleições de 2022.

Em live transmitida na noite dessa segunda-feira (23), sem citar nomes, Josimar revelou ter recebido diversas ofertas de integrantes do Palácio dos Leões para que declarasse apoio a Brandão na corrida pelo Executivo do Estado, mas que tomou a decisão de fechar com Weverton.

“Há 60 dias começamos a dialogar com o governo [do Estado], antes mesmo de Carlos Brandão assumir. Eu e Brandão já temos proximidade desde a eleição em São Luís e da Famem. Nós não almejamos secretarias nesse momento, então acertamos apoio para eu disputar reeleição para deputado. Mas, no meio do caminho, Weverton também se propôs a dialogar”, disse.

“Então começamos a ouvir propostas dos dois lados. E, nas tratativas, vários prefeitos do PL receberam ligações, pessoas do governo oferecendo asfalto, essas coisas”, completou.

A revelação de oferta de abertura da máquina pública em troca apoio eleitoral, se comprovada, pode configurar corrupção e abuso de poder econômico.

Apesar do apoio a Brandão haver sido rejeitado, também esvazia o discurso eleitoral antibolsonarista que vem tentando construir o ex-governador Flávio Dino (PSB), pré-candidato de Carlos Brandão ao Senado, já que o PL de Josimar Maranhãozinho é também o partido que abriga o presidente Jair Bolsonaro.

Com a adesão, Weverton fortalece a reedição de uma “solução acriana” na eleição majoritária, agora também na disputa pelo governo do Estado.

Josimar indica desistência de candidatura ao Palácio dos Leões e pode unificar palanque de Weverton
Política

Oferta de Carlos Brandão por apoio teria envolvido Eduardo DP e recursos financeiros para o PL, mas filiação de Jair Bolsonaro e de lideranças do Aliança pelo Brasil no partido tentem a pesar da decisão

O deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) admitiu, pela primeira vez, que pode abrir mão de sua pré-candidatura ao Palácio dos Leões.

Em live nesta segunda-feira (16), ele afirmou que vai reunir com aliados para avaliar se permanece na disputa ou se apoiará um outro postulante.

“Agora na sexta-feira, nós vamos reunir todos os prefeitos e, posteriormente, vamos reunir com os pré-candidatos [à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados] para deliberar sobre o que é melhor para nosso grupo. Nós vamos avaliar se vamos continuar candidatos ou se nós vamos fazer adesão a alguém que tem uma proposta que realmente venha somar com o que nós queremos, que é um Maranhão melhor”, disse.

A declaração de Josimar ocorre após forte movimentação nos bastidores do governador Carlos Brandão (PSB) e do senador Weverton Rocha (PDT). Nas últimas semanas, ambos têm intensificado em variedade de ofertas em troca de apoio do líder do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, no Maranhão.

Segundo pessoas que participaram das negociações ouvidas reservadamente pelo ATUAL7, os principais pedidos de Josimar Maranhãozinho são auxílio jurídico em inquéritos que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal) e votos que garantam a eleição de uma bancada de até cinco parlamentares pelo Partido Liberal para a Câmara, incluindo na relação o próprio Josimar e sua esposa, a deputada estadual Detinha.

Do lado de Brandão, ainda de acordo com essas fontes, teria havido também oferecimento de recursos para a campanha do PL ao Legislativo, na ordem de quase meio milhão de reais, envolvendo o empresário Eduardo Barros Costa, mais conhecido como Eduardo DP ou Imperador, investigado por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e agiotagem. Ele tem contratos com o Governo do Estado por meio da Construservice, empreiteira operada por meio de laranjas.

Apesar da suposta oferta financeira, Josimar de Maranhãozinho tende a fechar apoio a Weverton Rocha, unificando e viabilizando de maneira definitiva um projeto estadual de oposição. Os partidos Avante e Patriota, controlados pelo parlamentar no estado, também entrariam na aliança.

Além do PL ter Jair Bolsonaro e lideranças do extinto Aliança pelo Brasil entre os filiados, o discurso de que sofreu perseguição do Palácio dos Leões, então sob Flávio Dino (PSB), também dificulta adesão ao palanque de Carlos Brandão.

Segundo diversas declarações públicas de Josimar, a Maranhão Nostrum, megaoperação midiática deflagrada pelo (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas) e pela Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção) no ano passado, teria recebido influência de Dino, pré-candidato ao Senado na chapa de Brandão, com objetivo de enfraquecê-lo e retirá-lo da disputa eleitoral majoritária.

Ataques verbais de Ricardo Cappelli dão auxílio a Weverton Rocha para ruptura com Flávio Dino
Política

Secretário de Comunicação do Maranhão tachou pedetista de traidor, rótulo que o próprio ex-governador havia negado colocar no agora ex-aliado

A incontinência logorreica do secretário de Comunicação do Maranhão, Ricardo Cappelli, presenteou o senador Weverton Rocha (PDT) com o auxílio necessário para ruptura com ex-governador Flávio Dino (PSB).

Principal adversário de Carlos Brandão (PSB) na disputa ao Palácio dos Leões, Weverton vem sendo alvo de ataques verbais sistemáticos de Cappelli há algumas semanas, em razão de temor pelo acesso privilegiado do pedetista a integrantes do governo Jair Bolsonaro (PL), facilidade na liberação de recursos federais, intimidade com a alta cúpula dos Poderes em Brasília (DF), além de aproximação com um dos filhos do presidente da República, o também senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Recentemente, Weverton foi tachado de traidor, em investida do titular da Secom nas redes sociais que, segundo aliados do pedetista, ultrapassou o limite e fomentou o rompimento com Dino.

Nesta sexta-feira, em entrevista ao podcast “Sai da Lama”, de Caxias, em resposta à radicalização de Cappelli, Weverton modulou seu discurso pela primeira vez, e afirmou que, em razão dos ataques que vem sendo alvo, decidiu com seu grupo político buscar um novo nome para o Senado para as eleições deste ano.

“Uma coisa o nosso grupo já tomou a decisão política. Nós não vamos votar no Flávio Dino. Depois de tudo que ele e a forma agressiva, dura, difícil e tudo que vocês viram e não precisa eu falar. O caminho que ele procurou percorrer que não é o nosso e não tem por que a gente estar juntos”, declarou.

Apesar da conjuntura política tornar a escolha difícil, o novo nome ao Senado do grupo político liderado por Weverton Rocha pode ser Roberto Rocha (PTB-MA). Conforme mostrou o ATUAL7, O senador bolsonarista vai tentar reeleição ao mandato em confronto direto nas urnas com Dino –este próprio abertamente contrário ao rótulo dado por Cappelli de que o pedetista seria um traidor.

Tesoureiro do PSB, partido que abriga tanto Dino quanto Brandão para a disputa eleitoral de 2022, Ricardo Cappelli segue com as rédeas da Comunicação do Estado por determinação do ex-mandatário, e vem atuando no Executivo como espécie de governador paralelo, com poder para determinar quem entra e quem sai do governo, quais contratadas pela gestão pública podem receber pagamentos por serviços prestados e como o novo inquilino do Palácio dos Leões deve se comportar administrativa e eleitoralmente, inclusive com domínio sobre formação de eventuais alianças.

Também ganhou autoridade, gerada por Dino antes de renunciar ao cargo e caninamente zelada por Brandão desde que assumiu o governo, para tratar parlamentares até mesmo da base aliada ao seu bel-prazer. Zé Henrique e Marcos Brandão, irmãos de Carlos Brandão que tentam atrair poder na gestão do parente e intentaram emplacar no controle da comunicação o jornalista Sérgio Macedo, também só se movimentam sob prestação de continência a Ricardo Cappelli.

A permanência na Secom foi possível, segundo pessoas do entorno do Palácio dos Leões, após ameaça de Flávio Dino, em forte discussão que teria atravessado a madrugada, de romper com Carlos Brandão. Devido ao desentendimento, ele foi um dos últimos anunciados no cargo.

Rachado, PT vai decidir no fim de maio se apoiará Brandão ou Weverton para o governo do MA
Política

Tática eleitoral reunirá os 160 delegados do partido. Brandão conta a força da maquina e peso de Flávio Dino, enquanto Weverton possui maior aproximação com petistas históricos e Lula

A Executiva Estadual do Partido do Trabalhadores (PT) no Maranhão definiu para os próximos dias 28 e 29 de maio a tomada final da decisão sobre quem o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiará na corrida ao Palácio dos Leões nas eleições de 2022.

Disputam esse apoio Carlos Brandão (PSB), que assumiu o comando do Estado no início de abril e tentará a reeleição, e o senador Weverton Rocha (PDT).

Chamado internamente pelos petistas de Encontro de Tática Eleitoral, a espécie de conferência eleitoral extraordinária reunirá todos os 160 delegados do partido no estado.

Atualmente, por influência da máquina pública com forte distribuição de cargos, Brandão tem o apoio da maioria dos delegados. O domínio do ex-governador Flávio Dino (PSB) sobre o petismo maranhense também favorece o atual inquilino do Palácio dos Leões.

Pré-candidato ao Senado, Dino também é o padrinho da filiação ao PT e indicação do ex-secretário de Educação Felipe Camarão para vice da chapa que será encabeçada por Brandão.

A favor de Weverton, além de convergência com petistas históricos, o pedetista possui maior aproximação com Lula, de quem, sob articulação e persistência após ser ignorado, recebeu recentemente declarações públicas de apoio à pré-candidatura ao governo.