Lula
Eliziane Gama é única mulher presente em reunião de Lula com líderes no Senado
Política

Encontro faz parte da estratégia do presidente de ter papel mais ativo na articulação política. Pelo Maranhão, também participou o senador Weverton Rocha

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) foi a única mulher presente em uma reunião do presidente Lula (PT) na noite dessa terça-feira (5) com líderes e vice-líderes de blocos e de partidos da base no Senado. Ela é líder do Bloco Parlamentar da Resistência Democrática.

O encontro no Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo, faz parte da estratégia do petista de ter papel mais ativo na articulação política —repetindo o que foi feito com deputados federais e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), duas semanas atrás.

Pelo Maranhão, também participou o senador Weverton Rocha, líder da bancada do PDT.

Embora alçada a vice-líder do PSB na Casa, a senadora Ana Paula Lobato, efetivada no mandato na vaga do agora ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, foi a única maranhense a não participar da reunião, revelando desprestígio.

Lula ignora diversidade de gênero e indica Flávio Dino para vaga de Rosa Weber no STF
Política

A indicação ainda precisa ser avaliada pelo Senado. Ele precisa obter o voto de ao menos 41 dos 81 senadores

O presidente Lula (PT) ignorou pedidos de movimentos sociais pela indicação inédita de uma ministra negra ao STF (Supremo Tribunal Federal) e anunciou o ministro da Justiça, Flávio Dino, para a vaga de Rosa Weber na corte.

A indicação de Dino reduz a representação feminina no Supremo, que passa agora a ter apenas uma mulher dentre seus 11 integrantes, a ministra Cármen Lúcia.

A escolha foi anunciada nesta segunda-feira (27) por meio de nota da Secom (Secretaria de Comunicação) após reunião com o petista no Palácio do Alvorada. A indicação ainda precisa ser avaliada pelo Senado, o que pode acontecer ainda neste ano, antes do início do recesso parlamentar.

Para ser aprovado, Dino precisa obter maioria absoluta na votação da Casa, ou seja, ao menos 41 dos 81 senadores.

Lula já havia rejeitado aos apelos pela diversidade de gênero no STF no primeiro semestre de 2023, quando escolheu para a vaga de Ricardo Lewandowski o advogado Cristiano Zanin, amigo pessoal e defensor nos processos da Lava Jato.

Juscelino Filho se torna primeiro ministro de Lula alvo de investigação da PF sobre Codevasf
Política

Operação Benesse cumpriu buscas contra Luanna Rezende, irmã do ministro e prefeita de Vitorino Freire. Ele teve R$ 835,8 mil bloqueados, e ela foi afastada do cargo por decisão de Barroso, do STF

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), se tornou o primeiro ministro do governo Lula (PT) a virar formalmente alvo de investigação da Polícia Federal sobre suposto desvio de dinheiro de emendas parlamentares destinadas à Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

A abertura da apuração foi revelada a partir da deflagração nesta sexta-feira (1º) da Operação Benesse, que cumpriu mandados de busca e apreensão contra Luanna Rezende (União Brasil), irmã do ministro e prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão.

Ela foi afastada do cargo por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, responsável pelo inquérito sigiloso que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal).

Entregue ao centrão pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) em troca de apoio no Congresso, a Codevasf é uma das empresas públicas mais cobiçadas por políticos. O arranjo segue mantido da mesma forma por Lula, que também abriu cargos e verbas em troca de apoio na Câmara e no Senado.

Na operação de hoje, a PF chegou a pedir buscas em endereços ligados ao próprio Juscelino Filho, mas a solicitação foi negada. Apenas o bloqueio de até R$ 835,8 mil nas contas do ministro de Lula, que está licenciado do cargo de deputado federal, foi decretado por Barroso.

A investigação é um desdobramento da Operação Odoacro, que teve duas fases deflagradas, a primeira no dia 20 de julho de 2022 e a outra em 5 de outubro do mesmo ano.

Os outros alvos são a empreiteira Construservice, ligada ao empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP ou Imperador, e a Arco Construções e Incorporações, empresa que formalmente pertence a Antônio Tito Salém Soares, marido de uma ex-funcionária de Juscelino Filho –mas que a PF aponta pertencer ao ministro de Lula.

Os investigados são suspeitos de fraude a licitação, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Em nota ao ATUAL7 assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, a defesa do ministro das Comunicações nega irregularidades apontadas pela PF.

“Toda atuação de Juscelino Filho, como parlamentar e ministro, tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população”, diz.

“É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade. Emendas parlamentares, vale dizer, são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso Nacional e Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades”, completa.

Também em nota, publicada no site institucional, a Codevasf disse que “colabora com o trabalho das autoridades desde a primeira fase da operação Odoacro, realizada em julho de 2022”.

“No âmbito de apurações internas relacionadas às operações, a Codevasf demitiu um funcionário no mês de agosto após a conclusão de processo conduzido por sua Corregedoria. A Companhia mantém compromisso com a elucidação dos fatos e com a integridade de suas ações — e continuará a prover suporte integral ao trabalho das autoridades policiais e da Justiça”, afirmou.

Proximidade de reunião com Lula faz Dino distensionar com Brandão
Política

Encontro com petista será no próximo dia 27, em Brasília (DF). Ex-mandatário e sucessor estavam intrigados desde a eleição

O ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), deixou a deselegância de lado e voltou a posar para fotos e trocar sorrisos com seu sucessor, Carlos Brandão (PSB), quase três meses depois de grave tensionamento na relação de ambos provocado pela disputa de espaços de poder.

Acompanhado pelo vice-governador Felipe Camarão (PT), o ex-mandatário esteve no Palácio dos Leões nesse domingo (15), acertando com o novo chefe do Executivo os pleitos que serão apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no próximo dia 27, em Brasília (DF).

A reunião com o petista, marcada desde primeira semana de janeiro, será com todos os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal.

Ministro da Justiça e Segurança Pública, como estará presente, Dino se antecipou e acertou logo os ponteiros com Brandão, inclusive sobre as áreas que serão abordadas no encontro: educação, saúde e infraestrutura.

Flávio Dino e Carlos Brandão estavam intrigados desde a eleição, em outubro de 2022.

Além do descumprimento de acordos relacionados à presidência da Assembleia Legislativa, a tensão foi provocada pela recusa de Brandão em ceder o comando de pastas no primeiro escalão do novo governo.

Aconselhado a recuar para não ser publicamente derrotado por Brandão, Dino aceitou perder a chefia do Legislativo estadual, onde queria manter o deputado Othelino Neto (PCdoB). Também respeitou a indicação de nomes apenas para as secretarias de Educação, para onde voltará Felipe Camarão, e de Cidades e Desenvolvimento Urbano, que permanecerá sobre o controle de Joslene Rodrigues, ex-chefa de gabinete de Dino e esposa do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA).

Embaraço fiscal antes da largada
Artigo

Por Eden Jr.*

A pandemia da Covid-19 volta a surpreender, assustar e provocar incertezas. Há poucas semanas a sensação era que caminhávamos para superar o mal. Todavia, a moléstia, que causou o óbito de mais de 668 mil brasileiros e estava com número de mortes em declínio, pode ganhar uma nova dinâmica de agravamento: pelo aumento da taxa de contaminação, a detecção de uma nova subvariante, a BQ.1, a dúvida sobre a eficácia das vacinas contra essa cepa e todas as instabilidades que essa situação pode causar. Contudo, as atenções do mundo político e econômico, e da sociedade como um todo, se voltam para o pós-eleições, visto que com a vitória indubitável de Lula (PT) – porém com menor diferença desde a redemocratização, com 1,8 ponto percentual – vários desafios do mundo real se impõem, em face dos problemas do país e das promessas de campanha. Nesse sentido, o primeiro grande obstáculo vem da área fiscal.

O orçamento para 2023, que está sendo processado no Congresso Nacional, não contém recursos para uma série de ações que foram objeto de compromissos assumidos durante a campanha pelo então candidato Lula. Entre esses, têm-se: a manutenção do Auxílio Brasil – que vai ser rebatizado de Bolsa Família – em R$ 600,00; o adicional de R$ 150,00 por criança menor de seis anos às famílias beneficiadas pelo Programa; o aumento real do salário-mínimo; a ampliação dos recursos para a Saúde e Merenda Escolar, além da reposição remuneratória para os servidores públicos federais. O atendimento dessas demandas, importa em conseguir algo entre R$ 150 a R$ 200 bilhões, e, ademais, embuti complexidades técnicas e econômicas.

A inicial é como operar orçamentariamente essa alteração. Para tanto, foram vislumbradas diferentes possibilidades. Uma alternativa seria a edição de uma medida provisória (MP) e abrir um crédito extraordinário para essas despesas. Outra, poderia ser a aprovação e execução do orçamento como planejado para 2023, que, por exemplo, só prevê recursos para o Auxílio Brasil de R$ 405,00 e não de R$ 600,00, e, em meados do ano seguinte, aprovar uma lei ampliando os recursos. Um terceiro artifício a ser empregado, e que parece ser o que deve ser adotado, por trazer mais segurança jurídica e, por isso mesmo, ter mais dificuldade de ser contestado adiante, é a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Essa PEC, chamada de PEC da Transição, traria uma licença temporária para gastar (“waiver”) algo em torno de R$ 170 bilhões, em despesas que não constam no orçamento, e para descumprir a regra do teto de gastos – que limita a expansão das despesas à inflação do ano anterior.

No campo econômico, a efetivação desses gastos extras, que correspondem a quase 2% do nosso PIB (soma da riqueza produzida em um ano), gera tensão. Questiona-se que essas despesas adicionais deveriam ser atreladas a compromissos transitórios, como obras, e não a permanentes, como o salário-mínimo, o que pode vir a produzir nos anos subsequentes danoso descontrole fiscal. Uma outra questão é que há correntes petistas que defendem retirar, de modo perene, dispêndios com o Bolsa Família da regra do limite do teto de gastos, ou de norma que vier a sucedê-la, o que leva também a dúvidas quanto a sustentabilidade de trajetória do endividamento público. Defrontando-se com um orçamento fake para 2023 – triste legado de Bolsonaro –, que não contempla ou subestima diversos programas, é razoável que o no ano que vem alguma medida excepcional seja implementada para acomodar os compromissos. No entanto, tem-se que ter uma previsibilidade sobre a solidez das contas públicas, sob pena de termos: desconfiança dos investidores, fuga de capitais, dólar elevado, inflação e juros mais altos, fatores esses que prejudicam o bom andamento da economia, a geração de empregos e a ampliação da renda.

Na esfera política, com quase metade do país tendo votado contra Lula, o esperado é que a sociedade tenha pouca paciência com descumprimento das promessas de campanha. Circunstância que pode redundar em aumento da força do Centrão para impor suas pautas no próximo governo, deformando logo a fisionomia da gestão lulista, trazendo prematuros desgastes e fragilidades ao petista e fazendo recrudescer a potência de uma oposição congressual que promete ser bastante severa. Cenário esse que pode trazer sérias dificuldades políticas e administrativas para o novo mandatário, e que provoca automaticamente calafrios, ao lembrar das agruras vividas por Dilma em seu segundo governo.

Lula nem iniciou sua gestão e já enfrenta percalços, em princípio no âmbito fiscal. É um imbróglio que deve ser resolvido com uma dose ponderada de permissão para gastos que não têm previsão orçamentária, mas com o estabelecimento de novas regras fiscais críveis, que garantam solvência das contas públicas. O caminho, inescapável, é esse.

*Doutor em Administração, Mestre em Economia e Economista ([email protected])

Lula é eleito presidente na disputa mais apertada desde a redemocratização
Política

Petista conquista terceiro mandato após disputa acirrada contra Bolsonaro

Após uma campanha de intensa polarização, o líder do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, foi eleito presidente da República, neste domingo (30). O petista derrotou Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal, que concorria à reeleição.

Com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 50,90% dos votos e Bolsonaro, 49,10%. A diferença de votos foi de pouco mais de 2,1 milhões, a menor em um segundo turno desde a redemocratização.

Lula é o primeiro nome da história da República brasileira a ser eleito três vezes para a Presidência por meio do voto popular. Ele venceu a disputa pelo Palácio do Planalto em 2002, em 2006 e, agora, em 2022.

Já Bolsonaro é 1º presidente a perder reeleição no país, e deixará cargo em 31 de dezembro, data em que se encerra oficialmente o mandato.

Brandão e Camarão comemoram declaração protocolar de Lula
Política

Petista também citou Roseana Sarney, agora aliada da chapa governista, e pediu apoio a Flávio Dino ao Senado. Gravação foi exibida durante convenção

O governador Carlos Brandão (PSB) e o ex-secretário de Educação Felipe Camarão (PT) comemoram nas redes sociais e aplicativos de mensagem para celular, desde a noite desse sábado (30), a divulgação de um vídeo em que o ex-presidente e candidato ao Palácio dos Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz declaração protocolar sobre a corrida pelo Palácio dos Leões, em razão de acordo nacional com PSB.

A gravação foi exibida na convenção que oficializou a candidatura de Brandão à reeleição, e Camarão, a vice.

Com duração de pouco mais de dois minutos, o vídeo foi gravado dois dias antes, após pedido insistente do ex-governador Flávio Dino, candidato ao Senado na chapa da dupla, que vinha se incomodando com a indiferença e resistência do petista. Quase metade do tempo da gravação é dedicado a Dino.

“Eu queria pedir para vocês, olha, é imprescindível e muito importante que a gente consiga eleger com muito voto o nosso querido companheiro Flávio Dino”, diz Lula –confirmando, indiretamente, a obsessão do ex-governador em tentar quebrar o recorde histórico conquistado nas eleições de 2018 pelo senador Weverton Rocha (PDT), principal adversário de Brandão na disputa e que possui formação sólida com integrantes da base do PT e relação histórica de amizade com o ex-presidente.

Por apenas duas vezes, Lula cita os nomes de Brandão e Camarão no vídeo, uma a mais que o da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), a quem se refere na gravação como “companheira”.

“Eu queria dizer para vocês que é com muito carinho, com muito, mas muita dedicação, que eu vejo, sabe, com muita felicidade, a indicação do Brandão como governador e do Felipe como vice”, destaca Lula, no trecho mais comemorado pela dupla.

A citação do líder petista à Roseana na mesma gravação em que declara apoio a Dino, diferentemente do que ocorreria oito ou até mesmo quatro anos atrás, não causa mais qualquer constrangimento político ou moral ao grupo anilhado ao ex e ao atual mandatário do Estado.

Roseana e o que sobrou da oligarquia Sarney, incluindo o sobrinho, Adriano, único do clã com mandato eletivo, fazem agora parte do arco de aliança frankenstein montada por Flávio Dino e Carlos Brandão.

A salada inclui ainda o PP, um dos partidos mais fiéis do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional e líder do bloco político conhecido como centrão, que controla o chamado orçamento secreto e que, em troca do jogo duplo no Maranhão, ganhou o controle do DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito) e a SAF (Secretaria de Estado da Agricultura Familiar).

Lula ignora Felipe Camarão no PT e resiste a declarar apoio a Carlos Brandão
Política

Ex-presidente já descartou liderado por Flávio Dino e defendeu a pré-candidatura de Weverton Rocha ao Palácio dos Leões

Faltando menos de três meses para as eleições de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue ignorando a filiação do ex-secretário Felipe Camarão no PT e resistindo a declarar apoio a Carlos Brandão (PSB) na disputa pelo Palácio dos Leões.

O silêncio de Lula esfria a estratégia do ex-governador Flávio Dino (PSB), pré-candidato ao Senado na chapa de Brandão. Foi ele quem apadrinhou a ida do ex-vice para o PSB e a de Camarão para o PT.

Antes se seguirem a orientação de Dino, Carlos Brandão era do PSDB, e Felipe Camarão, do DEM.

Em janeiro, Lula deu declarações em que descartou apoio a Brandão, e o reduziu à posição de pré-candidato apenas de Dino –a quem o novo mandatário do Estado se refere sempre como “líder”. Segundo disse Lula, o escolhido dele próprio e das forças progressistas e da esquerda raiz para o governo do Maranhão no pleito de 2022 é o senador Weverton Rocha (PDT).

“Nós defendemos a candidatura do Flávio Dino [para o Senado]. Agora, o companheiro Flávio Dino tem um candidato, dele, que é o vice, que é do PSDB. Ele sabe que é difícil a gente apoiar o PSDB. Nós temos a candidatura do Weverton, então eles vão ter que se acertar lá para facilitar a nossa vida”, afirmou Lula em encontro com jornalistas, que teve transmissão pelas redes sociais.

Embora tenha como indicado a vice o deputado estadual Hélio Soares, do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, o pedetista possui formação sólida com integrantes da base do PT –formada por sindicalistas, servidores públicos e trabalhadores. Diferente de Brandão, também tem ligação histórica com Lula, com quem esteve em todas as eleições que disputou e a quem visitou na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), no período em que o ex-presidente esteve preso pela Lava Jato.

De janeiro para cá, Camarão retirou a pré-candidatura ao Palácio dos Leões que havia tentado contra o próprio Brandão e passou à condição de indicado para a vaga de vice. Já o novo mandatário do Estado se filiou ao PSB e tenta se empacotar à esquerda.

Nenhum dos dois, porém, recebeu qualquer declaração pública de apoio de Lula até o momento. Apenas poucas fotos protocolares foram conseguidas, mas sempre acompanhadas por outras pessoas alheias às eleições estaduais, durante eventos nacionais envolvendo os dois partidos. Nada que possa ser aproveitado sequer na pré-campanha.

Nem mesmo a hospitalização de quase dois meses de Brandão, que sofreu complicações no pré-operatório ao ponto de fazê-lo omitir informações sobre seu quadro clínico e de chorar ao receber alta, conseguiu arrancar uma declaração do líder petista.

Aliado de Jair Bolsonaro, Roberto Rocha decide disputar reeleição ao Senado
Política

Confirmação de pré-candidatura vai nacionalizar campanha eleitoral no Maranhão, que tem Flávio Dino, aliado de Lula, na disputa pela mesma vaga

O senador Roberto Rocha (PTB-MA) anunciou a pessoas próximas que decidiu tentar renovar o mandato nas eleições deste ano.

O anúncio será tornado público na próxima semana, em coletiva de imprensa marcada para a segunda-feira (2), em São Luís.

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Rocha migrou recentemente do PSDB para o PTB, após negociação com o ex-deputado Roberto Jefferson. A confirmação da pré-candidatura vai nacionalizar a campanha eleitoral no Maranhão, já que tem o ex-governador Flávio Dino (PSB), aliado do ex-presidente e pré-candidato ao Palácio do Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na disputa pela mesma vaga ao Senado.

Segundo interlocutores de Rocha, a determinação levou em conta o fato de que há diversos candidatos da oposição ao Executivo, contra Carlos Brandão (PSB), mas contra Dino, apenas ele.

Paralela à decisão de disputar a reeleição ao Senado, Roberto Rocha tenta também articular a formação de uma chapa competitiva e que unifique opositores do Palácio dos Leões.

Contudo, apesar da abertura de diálogos com o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) e com o senador Weverton Rocha (PDT), o primeiro não pretende se juntar a Roberto Rocha na corrida majoritária e o segundo teria de se assumir publicamente aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) concomitante à deserção obrigatória do marketing eleitoral de que seria o maior amigo do ex-presidente Lula no Maranhão.

Weverton tenta polarizar com Dino em disputa por Lula, mas tem encontros ignorados pelo petista
Política

Criação de cenário visa garantir sobrevivência política ao pedetista. Se derrotado em outubro, senador poderá enfrentar novamente Carlos Brandão ou disputar a Câmara em 2026 para se manter no poder

Em uma estratégia de polarização com o governador Flávio Dino (PSB) para tentar criar a impressão de que possui musculatura eleitoral, o senador e pré-candidato do PDT ao Palácio dos Leões, Weverton Rocha, tem investido na disputa pelo apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na avaliação da equipe de campanha do pedetista, ele precisa criar cenários em que no jogo do poder pelo comando do Executivo do Estado aparente existir apenas ele e o governador Flávio Dino (PSB).

Contudo, apesar de até conseguir a atenção e discursos favoráveis do petista, o plano não tem dado certo. Nas redes sociais, todos os encontros que Weverton conseguiu com Lula têm sido solenemente ignorados pelo ex-presidente, enquanto os realizados com o chefe do Executivo maranhense comemorados.

Ao contrário de Weverton Rocha, para encontros com Lula, Flávio Dino não precisa ser levado por quem tem real proximidade com o petista. No mais recente, por exemplo, para ser recebido, o pedetista precisou da ajuda de Márcio Jardim, ex-secretário de Esportes de Dino. Sinalizações de apoio do ex-presidente ao senador ocorrem também como afronta a Ciro Gomes, eterno presidenciável do PDT.

Embora considerado um dos cabeças do Congresso, a influência e operações do senador em Brasília (DF) não elevaram o pré-candidato do PDT ao status de liderança nacional, condição conquistada por Dino desde quando entrou na política eleitoral.

Além da alta estatura no âmbito nacional, Dino mantém o controle político no estado por meio do Palácio dos Leões, força que já começa a ser maior compartilhada com o vice-governador e escolhido pelo mandatário para sucedê-lo no Poder em 2022, Carlos Brandão (PSDB). Na cadeira, Brandão manterá consolidado o controle do grupo, influência na bancada maranhense e interlocução nacional.

Com praticamente metade do mandato no Senado já consumida, com a criação de cenário de polarização, Weverton articula pelo menos duas frentes: na mais remota, ser eleito governador do Maranhão. Na mais próxima da realidade, sobreviver politicamente e garantir pelo menos um mandato de deputado federal em 2026.

Em oposição sem retorno –conforme acostumou-se a repetir, “foguete não dá ré”–, Weverton sabe que, em Carlos Brandão sendo reeleito ao governo do Estado em outubro, no próximo pleito, uma das vagas ao Senado já terá dono: o próprio governador, se Brandão. A outra, porém, mesmo se não tivesse traído Dino e seu grupo político, jamais seria do pedetista.

“Eles” continuam os mesmos
Artigo

Por Abdon Marinho

O ASSUNTO incontornável – pelo menos para a política local –, foi a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em entrevista para os aduladores de sempre para as redes sociais declarou “de raspão” sobre o quadro político no Maranhão: “Nós defendemos a candidatura do Flávio Dino. Agora, o companheiro Flávio Dino tem um candidato, dele, que é o vice, que é do PSDB. Ele sabe que é difícil a gente apoiar o PSDB. Nós temos a candidatura do Weverton, então eles vão ter que se acertar lá para facilitar a nossa vida”.

Após a declaração de Lula a classe política local não falou mais de outra coisa, inclusive com muitos já apontando como sugestão ao candidato/vice-governador uma mudança partidária para o PSB, partido atual do governador, como forma de incluir a sucessão estadual no “balcão de negócios” entre os partidos.

A declaração do ex-presidente muito embora seja inusitada não chega ser surpreendente.

Não surpreende porque o Partido dos Trabalhadores - PT, Lula à frente, sempre fizeram seus cálculos políticos pensando neles e nos seus interesses pessoais e projetos de poder, os interesses do povo brasileiro (ou maranhense), podem até convergir em algum momento, mas esse não é o objetivo principal.

Foi assim que o PT preferiu negar o apoio a Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, no início de 1985, para eles pouco importava se o candidato da ditadura militar vencesse e adiasse o fim do regime; foi assim que se opuseram a Constituição de 1988; ao Plano Real, e a tantas outras coisas que fizeram o país avançar, pelo simples fato de não terem sido propostas por eles.

Logo, não me surpreende que continuem olhando para o próprio umbigo em detrimento dos interesses do país.
Para eles, se não existir a possibilidade de vencerem as eleições presidenciais que se aproximam, preferem que o país continue a ser “desgovernado” pelo Bolsonaro e pelo centrão.

Imaginem que surgisse uma “terceira via” que estivesse em condições eleitorais bem melhores que o candidato do PT e sem o estigma que representa essa divisão do país, alguém apostaria um centavo na possibilidade do Lula e do PT desistirem da sua candidatura e apoiar essa terceira via? Os que apostassem perderiam o centavo.

Na verdade, eles são os responsáveis e o principal “cabo eleitoral” do bolsonarismo.

Entretanto, a declaração do ex-presidente me parece inusitada, senão vejamos: o Lula quando elegeu-se em 2002 foi através de uma aliança com o Partido Liberal - PL, de Waldemar da Costa Neto, segundo dizem tal negociação envolveu alguns milhões de motivos; o mesmo PL que abriga o atual presidente é que estará com o próximo, seja ele quem for; o mesmo PL que junto com o PT e os demais partidos do centrão protagonizaram todos os escândalos de corrupção que ocorreram no país nos últimos vinte anos e, antes disso, nos governos do PSDB.

Quando o ex-presidente assumiu em 1º de janeiro de 2003, logo após, receber a faixa presidencial de Fernando Henrique Cardoso e fazer o famoso discurso contra a corrupção, com o capitão José Dirceu à frente, foram “negociar” a República com o próprio PL, com Partido Progressita - PP, de Ciro Nogueira; com o Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, de Roberto Jefferson, e até mesmo com PMDB, de Sarney, Renan, Barbalho, etc.

Em 2005, quando eclodiu o escândalo do mensalão o pacto de poder continuou o mesmo, apenas aumentando os nacos de participação de cada um no “butim republicano”, voltando os interesses para a roubalheira na Petrobras, no viria a ser conhecido como escândalo do petrolão.

Na sucessão de Lula, em 2010, o pacto de poder privilegiou o PMDB, com cessão da vice-presidência ao então presidente da agremiação, ex-presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer, que viria a suceder Dilma Rousseff após o impeachment em 2016.

Todos estes partidos, incluindo o MDB, caso o Lula vença as eleições deste ano, estarão no governo em 2023, o próprio Lula já faz gestões e irá buscar todos eles para lhe dar sustentação e continuarem com as farras que promoveram nos governos petistas de 2003 a 2016.

Mas o senhor Lula, na sua declaração para a política local, diz ser “difícil” para eles apoiarem o PSDB. O que teria o PSDB?

Vejam que o ex-presidente nem se refere o vice-governador pelo nome – mostrando que a restrição não é ao nome, poderia ser o João, a Maria, o Pedro, qualquer um –, preferindo dizer que é do PSDB e que é difícil apoiar alguém do PSDB.

A ninguém da plateia amestrada socorre perguntar qual o verdadeiro motivo da dificuldade para quem esteve com todas as legendas já referidas acima e que estarão juntos novamente, conforme os círculos da política.

Qual a verdadeira razão de ser “difícil” apoiar alguém do PSDB quando o próprio presidente de honra deste partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já até declarou voto em Lula na eventualidade de, no segundo turno, restarem ele e o atual presidente?

Ora, que moral teria o Lula – e o PT –, para impor qualquer restrição ao PSDB depois de terem se “prostituídos” com todas as legendas do espectro político brasileiro, com especial voracidade em avançar sobre os cofres públicos e da Petrobras, em particular?

A restrição ao PSDB, certamente não é pelo fato deste partido possuir um candidato a presidente pois na mesma sentença em que disse ser “difícil” apoiar o PSDB, referiu-se a candidatura do senador Weverton como “nós temos”, esquecendo-se que o seu partido, PDT, tem candidatura própria à presidência, Ciro Gomes, até melhor posicionada que a candidatura do PSDB, João Dória, atual governador de São Paulo.

Na eventualidade da candidatura de Bolsonaro esfacelar-se ou dele vir a desistir – o que não descartado, uma vez precisará da “proteção” de um foro privilegiado a partir de 2023 para escapar da cadeia –, todas as demais candidaturas contra Lula ganharão um novo fôlego, podendo, inclusive, Ciro Gomes, PDT, vir a ser o grande adversário do ex-presidente.

Logo, quando Lula diz, “nós temos” a candidatura de Weverton – e Weverton “festeja” isso dizendo ser “amigo-raiz” dele –, estaria sugerindo que o candidato pedetista, que é líder do seu partido, “traia” a candidatura de Ciro Gomes?
Pesando todas as situações políticas e considerando a hipótese de não ter sexo no meio – em todas as situações da vida que você não conseguir explicar a partir de um raciocínio lógico, pode ter certeza que tem sexo –, soa-me bem mais inusitada a declaração do ex-presidente.

Basta olhar para a história, dos anos oitenta pra cá, que veremos que poucos políticos mantiveram uma “amizade-raiz” mais fidedigna com o ex-presidente do que o atual governador Flávio Dino e o grupo mais fiel ao seu entorno. Isso desde a adolescência, “comprando” quase todas as brigas do ex-presidente e do petismo até os dias atuais, quando permaneceu quase que sozinho nos embates contra o atual presidente, inclusive sacrificando interesses do estado que dirige.

Tudo bem que Freitas Diniz*, que viveu quase noventa anos, por mais uma dezena de vezes, me disse ter conhecido poucas pessoas com um caráter tão duvidoso quanto o ex-presidente, mas daí a ignorar a “amizade-raiz” do atual governador, sobre o qual nunca pairou dúvidas quanto a integrar a “república de Planaltina”, ultrapassa todos os limites.

Matutando sobre isso cheguei a pensar – atenção!! Não estamos impedidos de pensar –, que a “inusitada” declaração de Lula seria parte de um “combinemos” com o atual governador.

O ex-presidente alegaria “dificuldades” para apoiar alguém “do PSDB”, colocaria na mesma fala a candidatura do PDT e diria que teriam que “se acertarem”.

Dino, por sua vez, alegaria as “dificuldades” e até a desconfiança que possui em relação ao candidato pedetista.
A solução: todos desistiriam para o surgimento de um terceiro nome. Neste caso, alguém com histórico de “amizade-raiz” com o ex-presidente Lula ou um nome do PT local.

Difícil será convencer Brandão a desistir da reeleição ou o senador pedetista a colocar marcha-ré na candidatura.
Caso coloquem dificuldades no arranjo, Flávio Dino dará outra prova de “amizade-raiz” e ficará no cargo para conduzir o processo.

Em tal perspectiva Brandão seria o nome para o Senado; Márcio Jerry ou Felipe Camarão para o governo.
Tudo pela paz e pelo sucesso de um “futuro” governo petista.

Como diria aquele craque do futebol brasileiro, só falta combinar com os russos.

Abdon Marinho é advogado.

*Domingos Freitas Diniz Neto (1933 - 2021), engenheiro civil, ex-deputado federal, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores PT.

Lula apequena Dino, descarta Brandão e declara apoio a Weverton para o Governo do MA em 2022
Política

Ex-presidente quer socialista e pedetista no mesmo palanque em outubro. Governador ainda não se manifestou sobre declaração de petista

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou em risco o plano do governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), de disputar o Senado na chapa a ser encabeçada pelo ainda vice-governador Carlos Brandão (PSDB), sua escolha pessoal para a própria sucessão ao Palácio dos Leões.

Nesta quarta-feira (19), em uma declaração de pouco mais de 13 segundos, o petista apequenou Dino, descartou Brandão e declarou abertamente apoio ao senador Weverton Rocha (PDT) para o Governo do Maranhão em 2022. Segundo Lula, o socialista e o pedetista não podem estar em campos opostos em outubro.

Nós defendemos a candidatura do Flávio Dino. Agora, o companheiro Flávio Dino tem um candidato, dele, que é o vice, que é do PSDB. Ele sabe que é difícil a gente apoiar o PSDB. Nós temos a candidatura do Weverton, então eles vão ter que se acertar lá para facilitar a nossa vida”, afirmou Lula em encontro com jornalistas, que teve transmissão pelas redes sociais.

Flávio Dino ainda não se manifestou sobre a declaração do petista.

A fala do ex-presidente, que sequer citou o nome de Carlos Brandão e indicou que ele próprio e o PT estão fechados com Weverton, revela que, mesmo que deixe o PSDB e migre para o PSB como vem sendo discutido nos bastidores, dificilmente o ungido de Dino conseguiria algum apoio petista.

A possível ida do vice-governador para o PSB é articulada por Flávio Dino há mais de dois meses, mas sem avanços justamente pela incerteza de que o movimento garantiria aproximação com o PT e o ex-presidente da República.

A eventual saída do PSDB poderia ainda fazer Carlos Brandão perder o comando do partido no estado para a senadora Eliziane Gama, que apoia Weverton, ou para o senador Roberto Rocha, ainda indefinido sobre o pleito, além do Cidadania, também para Gama.

Ao evidenciar publicamente, pela primeira vez, que defende o mandatário do Maranhão na disputa pelo Senado, mas que ele está atrapalhando a formação de uma aliança com o PT por não estar com Weverton Rocha no mesmo palanque estadual, Lula também rebaixa Flávio Dino com a cobrança.

O prazo criado pelo próprio chefe do Executivo para resolver o problema termina no fim do mês, dia 31 de janeiro, data em que marcou nova reunião com a base aliada para definir a formação de uma única chapa majoritária pelo grupo.

Dino avança em diálogo com Lula sobre indicação do PT para vice de Brandão
Política

Felipe Camarão, da Secretaria de Estado da Educação, é cotado para assumir o posto

O governador Flávio Dino (PSB) avançou no diálogo com o ex-presidente Lula no acordo para que o PT ocupe a vaga de vice na chapa de Carlos Brandão (PSDB) ao Palácio dos Leões em 2022. Dino vai disputar o Senado.

O assunto foi tratado pessoalmente entre as duas lideranças, em reunião no mês passado sobre a formação de uma frente ampla de partidos contra o grupo de Jair Bolsonaro (sem partido). Falta agora apenas definir o nome.

Felipe Camarão, da Secretaria de Estado da Educação, recém-filiado ao Partido dos Trabalhadores é cotado para assumir o posto. Nas redes sociais, lançou na semana passada vídeo defendendo a necessidade de dar continuidade ao legado dinista. Brandão aparece por diversas vezes na gravação.

A decisão final do nome para a vice, porém, deve ficar para o ano que vem, conforme calendário eleitoral interno do PT.

Lula está com viagem marcada para o Maranhão para o próximo dia 19 de agosto. No estado, vai cumprir durante dois dias uma série de encontros com Dino e Brandão, petistas locais e lideranças partidárias que sinalizam apoiá-lo para a Presidência da República na eleição do ano que vem, como a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e o senador Weverton Rocha (PDT).

Cidadania, de Eliziane, defende terceira via para 2022 e critica os governos Lula, Dilma e Bolsonaro
Política

No Maranhão, partido tende a ir com Weverton Rocha na disputa pelo Palácio dos Leões

Um vídeo publicitário do Cidadania, partido da senadora maranhense Eliziane Gama, defende uma terceira via para 2022 e critica os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff e da extrema-direita de Jair Bolsonaro (sem partido).

A gravação mostra imagens e trechos de gravações com frases polêmicas de Lula, Dilma e Bolsonaro, alerta que “o passado volta para assombrar” e critica o atual governo pela condução da pandemia e pela volta da fome no país.

“Manifesto do Cidadania aos nem-nem. Um chamamento aos que não querem nem Bolsonaro nem Lula e sonham com uma alternativa não populista em 22. Não são iguais, mas são prejudiciais à sua maneira. Nem erros do passado nem a perversidade do presente. Um olhar de esperança pro futuro”, defendeu nas redes sociais o presidente do partido, Roberto Freire (PE), entusiasta de eventual candidatura do apresentador Luciano Huck, da Rede Globo.

No Maranhão, segundo declaração de Eliziane Gama, o Cidadania tende a integrar a coalização de partidos que apoiam o nome de Weverton Rocha para o comando do Palácio dos Leões.

https://www.youtube.com/watch?v=MWquPLp1VDI
Lula ignora participação de Weverton em jantar do PT
Política

Passados três dias, não há qualquer menção do ex-presidente à presença do senador maranhense no evento

Disseminada por Weverton Rocha (PDT) e entorno como o que seria a confirmação da força política do pedetista na corrida pelo Palácio dos Leões em 2022, a participação do senador maranhense em um jantar da bancada PT com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília (DF), segue ignorada pelo petista nas redes sociais.

Solícito, Lula se deixou fotografar conversando com Weverton, que se aproveitou política e eleitoralmente do ato, mesmo que isso pudesse desfavorecer o próprio PDT e o candidato do partido ao Palácio do Planalto no pleito do próximo ano, Ciro Gomes.

Até esta sexta-feira (7), porém, três dias após o evento, não há qualquer menção de Lula à presença penetra de Weverton Rocha no encontro petista.

A diferença de tratamento e de importância pode ser melhor observada quando comparada à ação de Lula sobre outros encontros na mesma semana, que fez questão de divulgar nas redes, como o ocorrido com o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e com o ex-senador José Sarney (MDB), estes realmente com o objetivo de costurar acordos políticos.

No Maranhão, Lula e o PT estão acordados com o governador Flávio Dino (PCdoB), que tem o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) como seu candidato à sucessão estadual.

Fachin, do STF, anula todas as condenações de Lula julgadas pela Lava Jato em Curitiba
Política

Com decisão, petista mantém os direitos políticos preservados e pode disputar o Presidência da República em 2022 contra Jair Bolsonaro

O ministro Edison Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), monocraticamente, anulou todas as decisões, desde o recebimento de denúncias até as condenações, da Lava Jato de Curitiba envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Relator da Lava Jato no Supremo, Fachin concedeu habeas corpus formulado pela defesa do petista em novembro do ano passado, e declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, da qual o ex-juiz Sérgio Moro era titular, para o processo e julgamento das três ações da Operação Lava Jato contra Lula –tríplex do Guarujá, sítio de Atibaia e Instituto Lula.

O ministro ordenou que os casos sejam reiniciados na Justiça Federal do Distrito Federal.

Como consequência, o petista não se enquadra mais na Lei da Ficha Limpa e mantém os direitos políticos preservados, podendo ser elegível e disputar o Palácio do Planalto em 2022, contra Jair Bolsonaro (sem partido).

Com apoio de Lula, Rubens Júnior ganha força e empata tecnicamente com Duarte e Neto
Política

Apoio de partidos de adversários a Jair Bolsonaro tende a favorecer candidato do PCdoB na disputa pela prefeitura São Luís, segundo dados da Econométrica

O apoio do ex-presidente Lula (PT) ao deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB) tende a provocar uma mudança no cenário da disputa pela prefeitura de São Luís. Antes da adesão expressa do petista, Rubens Júnior patinava entre os últimos colocados em todas as pesquisas de intenção de votos, quase sempre registrando a preferência de apenas 1% do eleitorado ludovicense.

Segundo levantamento do Econométrica, divulgado pela TV Guará nessa quarta-feira 30, porém, ele aparece com 6% em intenção de votos, figurando na quarta posição da pesquisa estimulada. Antes dele, aparecem os deputados estaduais Duarte Júnior (Republicanos, 10,8%) e Neto Evangelista (DEM, 10,6%). O primeiro colocado, isolado, é o deputado federal Eduardo Braide (Podemos), com 47,3%.

Pela margem de erro, de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, Rubens está tecnicamente empatado com Duarte e Neto.

Como a pesquisa foi realizada antes da campanha eleitoral ser oficialmente liberada, agora com o candidato nas ruas em busca de votos, a tendência é de escalada de Rubens Júnior. Indiretamente, ele também tem o apoio do governador Flávio Dino (PCdoB), que evita declarar o voto expresso do afilhado para não contrariar seguidores de sua gestão.

Na capital, segundo a pesquisa Econométrica, Dino tem 70,1% de aprovação, o que favorece o candidato do PCdoB à prefeitura de São Luís. Já o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) registrou 51,1% de desaprovação.

Em Brasília, enquanto o PCdoB e o PT fazem oposição a Bolsonaro, os partidos de Eduardo Braide, Neto Evangelista e Duarte Júnior são aliados e votam de acordo com as pautas do governo.

O Econométrica entrevistou 1 mil pessoas, em 44 bairros de São Luís, entre os dias 20 e 22 de setembro de 2020. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número MA-06272/2020, e tem 95% de nível de confiança.