Denúncias de abandono e falta de transparência na atual gestão financeira da Associação dos Funcionários da Justiça do Estado do Maranhão (Asfujema) levaram quatro diretores da entidade a renunciar aos seus cargos, de forma coletiva, na ultima segunda-feira 31. São eles: Maria Arlinda Reis de Marques Freitas (diretoria de Convênios), Danilo Carvalho de Sousa (diretoria de Esportes), Francisco José Fernandes (diretoria de Comunicação) e Rivelino Alves Pereira (diretoria de Assuntos Jurídicos).
A atual gestão da Asfujema foi eleita para o quadriênio 2014/2017, porém, os diretores da entidade denunciam que, até hoje, nem mesmo uma reunião com a diretoria foi realizada pelo presidente Benilton Brelaz.
“Nunca fomos convocados para nenhuma reunião e nunca foi realizada sequer uma Assembleia Geral de Prestação de Contas. Ajudamos a eleger o atual presidente com o compromisso da transparência administrativa e financeira. Mas não é isso que assistimos hoje na nossa associação”, declarou Rivelino Alves Pereira.
A Asfujema tem caráter recreativo, mas nem mesmo a conservação da sua sede, localizada na descida da praia do Araçagy, em São José de Ribamar, tem sido preservada. Segundo relatos dos associados, a estrutura física da associação está completamente abandonada.
Além do descaso, um fato ainda mais grave ocorreu no decorrer dos últimos meses. Mais de 20 associados foram desligados do plano de saúde Unimed por, segundo o Atual7 apurou, falta de pagamento pela Asfujema. A fim de resolver esse impasse, vinte e um associados da associação chegaram a ingressar na Justiça contra a CNU, uma vez que ela própria alega que o serviço de cobertura de saúde foi suspenso por falta de pagamento das parcelas do contrato entre a CNU e a Asfujema .
“Mais uma Assembléia Geral de prestação de contas para esclarecer aos sócios da entidade o que realmente está se passando não foi convocada pelo presidente Benilton Brelaz. E já estamos praticamente no final do ano”, declarou Artur Estefan Filho, que também pediu renúncia do cargo de Tesoureiro da Asfujema.
Segundo Artur Filho, “até as atividades da tesouraria são concentradas. Quem responde de fato pela pasta é o vice-presidente da associação, Francisco Marques. Isso quando não está viajando para fora do estado. Temos cobrado reiteradas vezes prestação de contas. Como o presidente se omite de convocar a Assembléia Geral, decidimos guardar distancia dessa bomba relógio em que se transformou a Associação dos Funcionários da Justiça do Maranhão, a Asfujema”, concluiu.
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