A Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), empresa pública dotada de personalidade jurídica de direito privado vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), não possui recursos para contratar o restante dos 7.902 aprovados no seletivo público realizado em maio deste ano.
A informação foi repassada ao ATUAL7 pelo advogado Carlos Lula, titular da SES, na tarde deste sábado 15.
“Já foram [feitas contratações] em várias cidades. Em São Luís, estamos fazendo paulatinamente. Muitos, inclusive, já fizeram exame admissional, […] vão ser chamados à medida que tivermos disponibilidade orçamentária”, disse.
A declaração é um banho de água fria em milhares de profissionais da saúde que aguardam pela contratação, e já ameaçam protestos na porta do Palácio dos Leões, sede do Poder Executivo estadual.
Comemorado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) – que havia prometido em campanha a realização de concurso – como um dos maiores feitos de seu governo, o seletivo foi iniciado no dia 12 de janeiro deste ano, sendo as provas realizadas no dia 3 de maio, com mais de 100 mil inscritos e validade de um ano.
Se já tivessem sido contratados, os aprovados estariam atuando em 42 unidades estaduais situadas nas regionais de São Luís, Imperatriz, Codó, Presidente Dutra, Santa Inês e Timon, com salários de R$ 800,00 a R$ 4.500,00, com jornada de trabalho de 44 horas semanais.
Segundo Lula, porém, o seletivo foi realizado para cadastro de reservas. Essa informação, segundo ele, está no próprio edital do certame. Ele também esclareceu que não saiu do Emserh um banner que circula em redes sociais e grupos de WhatsApp, há cerca de uma semana, dando conta de suposta reunião com os aprovados para a próxima segunda-feira 17, na sede da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares.
Apesar do esclarecimento, é provável que a presidente da Emserh, Ianik Leal, que substituiu Carlos Lula no comando da empresa há alguns meses, seja recepcionada pelos aprovados quando chegar amanhã para trabalhar.
Deixe um comentário