O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), fez corpo mole e evitou condenar a ação de um grupo de policiais militares do “Esquadrão Tornado” que, nessa terça-feira 1º, agrediu alunos da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), durante uma tentativa frustada dos estudantes em ocupar o prédio onde funciona o Liceu Maranhense, no Centro de São Luís.
A ocupação era uma forma de protesto dos jovens contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) n.º 241, a chamada PEC do Teto, que limita gastos do governo federal por até 20 anos; e contra a reforma do Ensino Médio.
“Sobre atuação policial, após apuração e ser ouvido o diretor da escola, a Secretaria de Segurança vai se pronunciar, como já informado. Nenhum secretário de Estado foi informado previamente dos fatos. Muito menos eu próprio, obviamente. Mas não posso ser precipitado e irresponsável para sair julgando condutas de servidores públicos sem que eles sejam ouvidos. Assim será”, esquivou-se o comunista, no Twitter.
De fato, minutos apos a manifestação de Dino, a SSP-MA lançou nota sobre a confusão, e reprovou a ação truculenta da PM-MA. Contudo, a pasta passou a bola para a Corregedoria do Sistema de Segurança Pública, e informou que qualquer investigação para apurar a conduta dos policiais só será aberta caso seja feita alguma denúncia formal ao órgão.
“A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) esclarece que denúncias que envolvam a conduta de profissionais do Sistema de Segurança Pública devem ser feitas diretamente na Corregedoria de Segurança Pública, que funciona na sede do órgão, na Vila Palmeira. O Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão ressalta, ainda, que reprova qualquer atitude que viole o respeito à dignidade humana; e eventuais excessos serão devidamente apurados”, diz a nota.
Nas redes sociais, a repressão policial contra o estudantes da UEMA tem sido comparada ao protesto da Meia Passagem, também ocorrido no Centro da capital maranhense, em 1979. O episódio também ficou marcado devido à forte brutalidade policial empreendida contra os estudantes que participavam da manifestação. O Estado era comandado na época pelo atualmente deputado federal pelo PSDB, João Castelo, aliado de Flávio Dino.
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