O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), foi preso na manhã desta terça-feira 19, em um desdobramento das investigações da Operação Quadro Negro, do Ministério Público (MP) do Paraná, que apura desvios de recursos na construção de escolas no estado. A operação foi batizada de Entre Amigos. A informação é da Gazeta do Povo.
Além de Richa, foram presos Ezequias Moreira, que foi secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores no governo do Paraná, durante a gestão do tucano; e Jorge Atherino, empresário ligado ao ex-governador.
Esta é a terceira vez que Beto Richa é preso.
A primeira foi em setembro do ano passado, em um desdobramento da Operação Rádio Patrulha, também do MP-PR, que apura suspeitas de fraudes relacionadas ao programa Patrulha no Campo, destinado à conservação de estradas rurais no Paraná.
Já a segunda prisão, em janeiro deste ano, foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF), no âmbito da Operação Integração, que é um desdobramento da Lava Jato, e investiga o favorecimento de concessionárias de pedágio no Paraná em troca de vantagens indevidas.
Na primeira ele foi solto após decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF); e na segunda por decisão proferida pelo ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Quadro Negro
Deflagrada em julho de 2015, a operação investiga um esquema de desvio de dinheiro na construção e reforma de escolas no Paraná. Segundo as apurações do Gaeco, a Secretaria de Educação do Paraná liberava o pagamento a construtoras a partir de medições fraudulentas das obras, que apontavam que as construções ou reformas estavam em estágio bem mais avançado do que, efetivamente, se encontravam.
O dado mais recente estima em cerca de R$ 30 milhões o total desviado.
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