César Pires cita dados e diz que governo Dino mente sobre a saúde no MA

Deputado classificou como precário o funcionamento do serviço de hemodiálise recém-inaugurado pela gestão comunista em São Luís

Com discurso baseado em dados, o deputado estadual César Pires (PV) criticou o que apontou como desmonte da rede pública de saúde do Maranhão, sob a gestão de Flávio Dino (PCdoB).

De acordo com o parlamentar, é precário o funcionamento do serviço de hemodiálise recém-inaugurado pelo governo comunista em São Luís; o número de cirurgias ortopédicas realizadas no HTO (Hospital de Traumatologia e Ortopedia) – pivô de um dos maiores escândalos do chamado aluguel camarada – é baixo; e diversos atendimentos médicos foram suspendidos no interior do estado. “O governo mente sobre a saúde pública no Maranhão. Não podemos nos calar diante de tanto descaso com a vida das pessoas”, enfatizou.

Segundo ele, das 42 cadeiras de hemodiálise do centro inaugurado mês passado por Dino na capital, apenas 14 estão funcionando, embora o governador tenha alardeado que iria atender 240 pacientes na capital. “Mas é tudo mentira, fui lá e comprovei. Só estão usando 14 cadeiras, porque falta condições técnicas, insumos, pessoal capacitado para realizar as hemodiálises, um serviço vital para milhares de pessoas, que ficam na fila aguardando atendimento”, lamentou.

O deputado classificou também como inverdade a garantia dada pelo governador do Maranhão de que a inauguração do HTO desafogaria os Socorrões de São Luís. “É outra mentira, porque realizam cerca de 15 das mais de 700 cirurgias mensais que prometeram realizar por mês no HTO, atendendo pacientes vindos dos Socorrões. Estão sacrificando a urgência e emergência na capital, resumindo o apoio aos municípios à doação de ambulâncias. É um total desrespeito aos maranhenses”, criticou.

Para César Pires, o descaso com a saúde pública estadual é gritante, principalmente, no interior do Maranhão. “Filmei recentemente o hospital estadual em Chapadinha, onde encontrei somente um médico. Desmontaram o anexo de Presidente Dutra. Em Monção, o hospital virou um ambulatório, porque lá acabaram com a UTI Neonatal e com os setores de ginecologia, obstetrícia e cirurgia geral. Em Codó, não pagam os fornecedores da UPA, situação que se repete no Hospital de Timbiras, onde os funcionários fizeram greve. Todo esse desmonte no interior fez aumentar em 45% o número de ambulâncias que somente vêm trazer pacientes para os corredores dos Socorrões. É um absurdo inaceitável”, declarou.

Ainda segundo o deputado do PV, a falta de insumos, atraso no pagamento de fornecedores e médicos, a demissão de pessoas e o fechamento de serviços podem ser constatados em toda a rede estadual de saúde. “Vimos o desmonte da saúde em Matões, Paulino Neves, Lago dos Rodrigues, Magalhães de Almeida, Timbiras, Peritoró, Monção. Os municípios estão sem apoio do governo estadual, e quem necessita de atendimento sofre nas estradas para São Luís e nos corredores superlotados dos Socorrões”, disse.

Concluiu dizendo que os deputados não podem silenciar diante do desmonte que está ocorrendo na rede estadual de saúde, enquanto Flávio Dino, em pré-campanha eleitoral antecipada pela Presidência da República em 2022, alardeia que está ampliando a assistência aos maranhenses. “Quem precisa dos serviços públicos de saúde sabe qual é a real situação, e precisamos ser a voz dessas pessoas, cobrando verdadeiro compromisso do governo estadual”, finalizou.


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