Diego Galdino
Brandão é reconduzido ao Palácio dos Leões sem a presença de Dino
Política

Ministro da Justiça de Lula não compareceu também à posse do sucessor, a quem tem ignorado até nas redes sociais. Antes, já havia evitado aproximação durante diplomação no TRE-MA

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi ausência marcante na cerimônia de recondução do governador Carlos Brandão (PSB) ao Palácio dos Leões.

O evento foi realizado nessa sexta-feira (6), na praça Dom Pedro II, Centro de São Luís, com apresentações artísticas de nomes locais e nacionais. O valor e a origem do recurso que custeou a festa, porém, seguem omitidos pelo mandatário. Um pedido pela Lei de Acesso à Informação, solicitando os dados, foi registrado pelo ATUAL7 e deve ser respondido ainda este mês.

Dino e Brandão estão em crise desde a eleição do primeiro ao Senado e reeleição do último ao governo do Maranhão. Desde outubro do ano passado, o ex e o atual governador do Estado vivem um casamento típico de fachada, daquelas relações com quase nenhuma sintonia.

Na última quinta (5), a reportagem entrou em contato com a assessoria do Ministério da Justiça e com a Secretaria de Comunicação do Estado, e indagou a respeito da presença de Dino no evento, e se foi feito convite para a participação do ex-mandatário na cerimonia de recondução de Brandão. Ambas, porém, não responderam os questionamentos.

Antes, Dino já havia sido procurado para comentar a relação com o governo Brandão, via aplicativo de mensagens, mas não retornou e ainda bloqueou o contato do ATUAL7. Brandão também tem ignorado solicitações a respeito de como está a sua comunhão com Dino.

Embora o ministro pudesse alegar agenda apertada em Brasília (DF) com assuntos relacionados à pasta, ele sequer enviou gravação para ser exibida na solenidade, como é esperado para eventos dessa relevância envolvendo aliados. Até o momento, também não fez qualquer comentário a respeito do evento que marcou o retorno do sucessor ao Poder Executivo maranhense.

Afora o descumprimento de acordos relacionados à presidência da Assembleia Legislativa e ao comando de pastas no primeiro escalão do novo governo, a tensão é fortemente motivada pela forma como o novo mandatário do Estado vem tratando a coisa pública, sobretudo por três fatores: precarização de programas e serviços que eram considerados prioritários por Dino; ojeriza a Diego Galdino e Felipe Camarão; e pelo estilo oligarca que tem apresentado, com distribuição desenfreada de poder para familiares.

Galdino, no caso, teve o nome vetado para a Secretaria da Educação no novo governo, e Camarão, embora vice-governador, tem sido escanteado das discussões de formação do futuro secretariado e das decisões que influenciarão na próxima gestão estadual.

Até mesmo o anúncio do retorno de Camarão para a Seduc, única indicação que aceitou para a pasta, está sendo cozinhada. À cada declaração sobre a formação do novo secretariado, Brandão tem adiado a formalização dos nomes. Na campanha, seria após eleito. Depois, assim que tomasse posse. Até recentemente, embora não haja qualquer relação com o compromisso assumido, garantia que seria após a eleição para a presidência da Alema. Durante a posse, porém, já adiou para fevereiro. Ontem, mesmo após resolvido consenso pela eleição de Iracema Vale (PSB) para o comando da Casa, não deu data certa, e disse apenas que vai primeiro sentar com os partidos aliados.

Segundo pessoas próximas ao ministro de Lula (PT) ouvidas reservadamente pelo ATUAL7, Dino tem pretensões políticas para o âmbito nacional que podem ser atrapalhadas por Brandão, caso o ex-vice, “deslumbrado com o poder”, não siga as orientações convenientes a esse projeto conforme estariam previamente combinados.

O governador maranhense, por sua vez, estimulado pelo irmão caçula, o empresário Marcus Brandão, quer imprimir marca própria no estado, e para isso precisa mostrar quem manda no Palácio dos Leões agora. Neste sentido, até trouxe de volta à vida pública no âmbito estadual, como seu novo aliado, o ex-senador José Sarney (MDB-MA), amigo do presidente Lula e com forte influência na Esplanada dos Ministérios.

Em relação à eleição para o comando da Alema, segundo relatos de três fontes ligadas aos dois, Dino havia acertado acordo Brandão pela permanência do deputado Othelino Neto (PCdoB), atual presidente da Casa, no cargo.

No caso, pelo apoio na corrida ao Senado, o acerto foi a primeira suplência à vice-prefeita de Pinheiro, Ana Paulo Lobato (PSB), esposa de Othelino. Para deixar Weverton Rocha (PDT) e fechar com Brandão, a aliança envolveu o compromisso de apoio à reeleição de Othelino à presidência da Assembleia.

Logo após a contagem das urnas, porém, Brandão passou a alegar que primeiro iria trabalhar pela vitória de Lula à presidência da República no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL); depois que só discutiria a respeito quando fosse resolvida a eleição da Famem (Federação dos Municípios do Estado do Maranhão); e, por último, resolveu interferir abertamente na disputa pelo controle da Alema, não apenas rejeitando Othelino para a chefia daquele Poder, como também trabalhando ativamente contra.

O distencionamento estreitou a relação entre Dino e Othelino, e apartou com Brandão –que até a campanha era definido como político leal e de confiança.

Apesar do agravamento nos vínculos político e afetivo, Brandão tem forçado sintonia de fachada com o ex-líder.

Na terça-feira (3), por exemplo, durante a posse Dino na Justiça, tirou proveito das pretensões políticas do ex-governador e buscou aproximação para fotos e apertos de mão, ainda que apenas protocolares, em público. Melindrado, o ministro citou Brandão durante discurso.

Segundo entenderam pessoas presentes e que acompanham a crise de perto, de forma irônica e evidenciando a mudança de posicionamento do sucessor, em um dos trechos do discurso, Dino se referiu a Brandão como “nosso comandante político” do Maranhão e, logo em seguida, lembrou que ele, quando ainda vice, era “realmente muito ajustado àquele momento”.

Antes, Dino já havia evitado registros ao lado de Brandão durante a diplomação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Maranhão, não comparecido à posse do governador na Assembleia Legislativa nem à celebração em ação de graças na Igreja da Sé, na capital.

Dino esvaziou Casa Civil e privilegiou Segov, para onde voltou Galdino, antes de renunciar cargo
Política

Ex-mandatário do Estado remanejou mais de 20 cargos para pasta novamente comandada pelo pupilo

O ex-governador Flávio Dino (PSB) esvaziou a Casa Civil e privilegiou a Secretaria de Estado de Governo pouco antes renunciar ao cargo de chefe do Executivo para disputar o Senado nas eleições de outubro deste ano.

O esvaziamento foi promovido por meio de decreto, com remanejamento da estrutura da Casa Civil para a estrutura da Segov mais de 20 cargos em comissão, inclusive de simbologia Isolado, a mais bem remunerada da administração pública.

Embora republicado no DOE (Diário Oficial do Estado) no dia 1º de abril, quando passou a entrar em vigor, segundo a publicação, o decreto foi assinado em 9 de março, com efeitos de validade contados desde o 1º daquele mês.

Além de Dino, assina o documento o então chefe da Casa Civil, Diego Galdino, um dos novos pupilos do ex-governador maranhense.

Em acordo com o antecessor, o agora governador Carlos Brandão (PSB), que assumiu o comando minoritário e aquinhoado do Palácio dos Leões para tentar a reeleição, exonerou Galdino da Casa Civil, mas o nomeou justamente como titular da Segov –a qual ele já havia comandado entre julho de 2019 e a agosto de 2021.

A Secretaria de Governo do Maranhão é uma das pastas que, no governo compartilhado entre Dino e Brandão, segue sob controle de indicados pelo ex-governador.

Integrante do primeiro escalão do Poder Executivo, a Segov tem por finalidade assistir direta e imediatamente o governador do Estado no desempenho de suas atribuições, especialmente nos atos de gestão dos negócios públicos, no monitoramento e avaliação da ação governamental, na coordenação de programas e projetos estratégicos, cerimonial público, assessoria militar do governo e outras atribuições que lhe forem delegadas pelo mandatário do Estado.

Com a saída de Galdino da Casa Civil, o novo titular passou a ser o tucano Sebastião Madeira, ex-prefeito de Imperatriz. Embora indicado por Carlos Brandão, ele teve o nome confirmado apenas após a aceitação de Flávio Dino, que havia rejeitado outros nomes sugeridos inicialmente por Brandão.

A Casa Civil, que já foi uma das pastas mais importantes e cobiçadas do primeiro escalão, tem como finalidade a articulação com órgãos e entidades das outras esferas de governo, na coordenação da atuação dos órgãos regionais, relações com a sociedade, representação governamental, relações institucionais e políticas com os Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, bem como o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público Estadual, além da gestão do Diário Oficial e outras atribuições que lhe forem delegadas pelo governador.

Flávio Dino quer o controle da Secom, Secid, Seduc e Segov no governo Carlos Brandão
Política

Desejo do ainda mandatário, que deixa o cargo no final de março, é que comando das quatro pastas de primeiro escalão seja cedido até dezembro de 2022

Mesmo após renunciar no final de março o mandato de governador do Maranhão para disputar o Senado em outubro, Flávio Dino (PSB) quer manter o controle de pelo menos quatro pastas de primeiro escalão do Poder Executivo do Estado.

Como não deve favores políticos ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que assumirá o comando do Palácio dos Leões a partir de abril, Dino tem evitado fazer o pedido diretamente ao sucessor. Contudo, tem entabulado conversas com pessoas próximas de ambos, que assumiram a responsabilidade de passar o recado.

Segundo interlocutores de Brandão ouvidos reservadamente pelo ATUAL7, o ainda mandatário deseja controlar até dezembro de 2022 a Secom (Secretaria de Estado da Comunicação Social), via permanência do atual titular, Ricardo Cappelli; a Secid (Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano), para nome a ser indicado por Márcio Jerry; Seduc (Secretaria de Estado da Educação), que passaria a ser comandada pelo PT; e a Segov (Secretaria de Estado de Governo), onde seria novamente nomeado Diego Galdino.

No caso da Seduc, a abertura para indicação pelo PT faz parte de uma articulação para que o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceite a pasta em troca do preenchimento da vaga de vice na chapa de Carlos Brandão por Felipe Camarão, com apoio integral do petismo cuja corrente é ligada ao presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Joaquim Washington Luiz Oliveira.

A tendência CNB (Construindo um Novo Brasil) é majoritária no PT, e tem o próprio Lula e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, como representantes.

Sob Diego Galdino, Casa Civil começa exoneração em massa
Política

Cerca de 30 pessoas já foram comunicadas sobre os cortes. Servidores dizem em reservado que vagas serão preenchidas por indicados por Felipe Camarão, padrinho do secretário e pré-candidato a qualquer coisa em 2022

O novo secretário-chefe da Casa Civil, Diego Galdino, deu inicio nesta segunda-feira (13) a uma operação de exoneração em massa na pasta.

Cerca de 30 comissionados já foram comunicados sobre a saída dos cargos.

As demissões iniciais ocorrem no setor de RH (recursos humanos), jurídico e na manutenção. Também há atingidos na Secretaria-Adjunta de Planejamento e Ação Governamental.

Há previsão de novos cortes ao longo da semana, até o momento ainda não publicados no DOE (Diário Oficial do Estado).

Galdino foi nomeado pelo governador Flávio Dino (PSB) para a Casa Civil no final de agosto, por indicação de Felipe Camarão, secretário estadual da Educação e nova espécie de eminência parda do Palácio dos Leões.

Servidores da Casa Civil disseram em reservado ao ATUAL7 que as vagas tendem a ser preenchidas por pessoas indicadas por Camarão. O titular da Seduc (Secretaria de Estado da Educação) é pré-candidato a qualquer coisa nas eleições de 2022.

Deputados e senadores, mesmo de oposição, têm acesso livre no Palácio dos Leões sem prévio registro
Política

Garantia é da chefe da STC, Lílian Guimarães, em resposta a um recurso do ATUAL7 em pedido pela LAI

A investidura no cargo do deputado federal, deputado estadual ou senador da República garante ao parlamentar, mesmo de oposição, o direito de circular livremente no Palácio dos Leões, podendo entrar e sair de qualquer dependência da sede do Poder Executivo estadual sem a necessidade de prévio registro.

A garantia é dada pela chefe da STC (Secretaria de Estado de Transparência e Controle), Lílian Régia Gonçalves Guimarães, em resposta a recurso do ATUAL7 em um pedido à SEGOV (Secretaria de Estado de Governo) feito pela Lei de Acesso à Informação, a LAI.

“É verossímil a informação de que o acesso ao Palácio dos Leões é liberado aos parlamentares, face a natureza do cargo que exercem. Decisão nesse sentido não encontra vedação legal, assim como em relação a outras autoridades estaduais. Deputados Estaduais, Federais e Senadores são representantes do povo maranhense. Assegurar a entrada de parlamentares sem prévio registro no Palácio em que despacham o Governador do Estado, e o Secretário-Chefe da Casa Civil (...) não implica, salvo melhor juízo, em descumprimento à Lei nª 12.527/2011, a chamada Lei de Acesso à Informação”.

O trecho consta em decisão de recurso em Segunda Instância a um pedido de acesso aos registros de entrada e saída do senador Weverton Rocha (PDT); do delator da Odebrecht na Lava Jato, José de Carvalho Filho; do deputado federal Josimar Cunha Rodrigues, o Maranhãozinho (PL); do lobista João Batista Magalhães, o Magaiver; e dos empresários e agiotas Eduardo José Barros Costa, o DP, e Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan, nas dependências do Palácio dos Leões, no período compreendido entre 1º de janeiro de 2015 até a data de resposta à solicitação da informação, em 3 de agosto.

Comandada por Diego Galdino, a SEGOV respondeu que foram localizados registros apenas quanto a Weverton Rocha e Josimar Maranhãozinho. Porém, já sob a alegação de que parlamentares têm acesso livre sem prévio registro nas dependências do Palácio dos Leões, detalhes como data, horário, cópia de ata e lista de presença das reuniões desses registros foram negados.

Diante da revelação da falta de controle na entrada e saída do Palácio dos Leões, e da contradição na resposta, já que se há os registros, necessariamente deveria haver detalhes sobre a entrada e saída do senador do PDT e do deputado do PSL na sede do Governo do Maranhão, o ATUAL7 apresentou o recurso.

Lílian Guimarães, então, manteve a argumentação sobre o livre acesso dos parlamentares.

Contudo, apesar da chefe da STC haver determinando à SEGOV que informe, “com a urgência que o caso requer”, detalhes como a existência ou não de ata e lista de presença das reuniões em que participaram essas pessoas, até o momento, a decisão segue descumprida.

Governo Dino adita contrato sem licitação para locação de aeronaves
Política

Segov alegou situação emergencial para fechar contratação da Solar Táxi Aéreo, por R$ 3,6 milhões

O Governo no Maranhão realizou um aditamento a um contrato sem licitação para locação de duas aeronaves tipo jato executivo e turboélice para deslocamento do governador Flávio Dino (PCdoB), do vice-governador Carlos Brandão (PRB) e de integrantes do primeiro escalão do Palácio dos Leões, exclusivamente no exercício de suas atividades.

Sob a alegação de situação emergencial, a contratação direta foi fechada no final de julho último entre a Segov (Secretaria de Estado do Governo), sob a gestão de Diego Galdino, e a empresa Solar Táxi Aéreo Ltda, de Fortaleza (CE), ao custo estimado de R$ 3,6 milhões aos cofres públicos. Em razão da dispensa de licitação, a vigência é de 180 dias.

De acordo com a documentação referente ao aditivo, houve alteração apenas na cláusula referente ao objeto contratual.

No original, havia descrito tratar-se de prestação de serviços continuados de fretamento de aeronaves, o que levou a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a indeferir o requerimento de registro de operação de uma das aeronaves. No aditivo, acrescentou-se o negócio jurídico acordado, de locação.

Segundo parecer jurídico assinado pela advogada Bruna Mendonça de Abreu Silva, da Assessoria Especial da Segov, que autorizou a contratação direta da Solar Táxi Aéreo, a dispensa de licitação por emergência decorre da não renovação do contrato que vinha sendo mantido desde 2017 pelo governo Dino com a Heringer Táxi Aéreo Ltda, localizada no município maranhense de Imperatriz.

No documento é dito que houve “execução ineficiente do serviços” por parte da Heringer, “ocasionando, inclusive, aplicação de penalidade de advertência escrita, apurada nos autos, e, no último caso, a aplicação de penalidade de advertência acumulada, com multa de 1% do valor do contrato”. “Assim, a aplicação das já citadas penalidades no intervalo de um ano, pelos mesmos descumprimentos contratuais, demonstra cabalmente que o contrato não atende interesse público, uma vez que os serviços estão sendo executados de forma insatisfatória”, argumenta no parecer a assessora especial da Segov.

Curiosamente, apesar da alegada insuficiência dos serviços prestados pela primeira contratada para locação de aeronaves, documentos analisados pelo ATUAL7 no Sacop (Sistema de Acompanhamento Eletrônico de Contratação Pública) do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão mostram que a solicitação que resultou na contratação emergencial da Solar Táxi Aéreo foi feita por Diego Galdino apenas quando o contrato com a Heringer estava prestes a terminar, faltando pouco mais de uma semana para o fim da vigência.

Ainda no memorando, Galdino alega ser necessária a dispensa de licitação por um processo licitatório para atender esta demanda ainda não ter sido concluído.

Contudo, em nova consulta do ATUAL7 ao Sacop do TCE-MA, e à página de licitação da Segov, não foi encontrado qualquer licitação aberta em 2019 para a contratação de prestação de serviços continuados de locação de aeronaves.

Procurado, via e-mail, para explicar a contratação emergencial, o Governo do Maranhão não retornou o contato.

Flávio Dino anuncia troca de secretários de Cultura e de Governo
Política

Comunista também anunciou o nome do novo presidente do Iprev e Antônio Nunes na presidência da Maranhão Parcerias

O governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou, nesta segunda-feira 1º, pelo Twitter, ao menos quatro mudanças no primeiro e segundo escalão de sua gestão, que ontem completou 6 meses meses de segundo mandato.

De acordo com a publicação do comunista, Diego Galdino, atual secretário de Cultura, passará agora a exercer o cargo de secretário de Governo. E Antônio Nunes, hoje na secretário de Governo, deixará o cargo para passar a ser presidente da empresa Maranhão Parcerias.

Ainda de acordo com o governador, a Secretaria de Cultura passará a ser comandada por Anderson Lindoso, atual secretário adjunto de Educação.

Também anunciou que o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (Iprev) será presidido por Mayco Pinheiro. Ele vai ocupar a vaga deixada aberta desde a queda de Joel Fernando Benin do cargo, no dia 22 de junho último.

“As mudanças vão na direção do nosso esforço permanente de dinamizar a gestão, valorizar talentos, fortalecer novos projetos e suprir necessidades que surgem. Todos são servidores que já integram nossa equipe e têm ótimo desempenho”, destacou o comunista.

Dino confirma permanência de Felipe Camarão e Diego Galdino no governo
Política

Governador pretende fazer poucas mudanças no secretariado, apenas para contemplar partidos aliados ainda não ou pouco abrigados no primeiro escalão

O governador reeleito Flávio Dino (PCdoB) já confirmou, entre a semana retrasada e esse domingo 30, a permanência de pelo dois nomes no primeiro escalão do seu segundo mandato à frente do Palácio dos Leões. Conforme os anúncios, permanecerão nos cargos o secretário estadual de Educação, Felipe Camarão; e o da Cultura e Turismo, Diego Galdino.

Como nos anúncios do primeiro mandato, Dino tem feito a confirmação exclusivamente pelo Twitter, mas desta vez tem preferido citar os nomes dos secretários para o novo governo em meio a declarações sobre o que pretende fazer nos respectivos setores, a partir do próximo ano.

De acordo com o Orçamento previsto para 2019, aprovado pela Assembleia Legislativa do Maranhão, Camarão poderá movimentar ao longo do próximo ano mais de R$ 2,75 bilhões, um aumento de pouco mais de R$ 166,9 milhões em recursos em relação ao Orçamento deste ano. Em artigo publicado no site institucional do governo, Dino destacou que a educação será uma das prioridades para o seu primeiro ano de novo governo.

Já Galdino, embora muito elogiado por Flávio Dino pelo trabalho desenvolvido na pasta durante o primeiro mandato do comunista, em comparação ao deste ano, teve uma redução significativa no orçamento, caindo de R$ 126,8 milhões para R$ 93,7 milhões previstos.

Segundo fontes do governo ouvidas pelo ATUAL7, também devem permanecer nos respectivos cargos os secretários estaduais Jefferson Portela (Segurança Pública), Rodrigo Lago (Transparência e Controle), Carlos Lula (Saúde), Francisco Gonçalves (Direitos Humanos e Participação Popular) e Marcelo Tavares (Casa Civil) — eleito deputado estadual em outubro, abrindo a vaga para Edivaldo Holanda, o Holandão (PTC), que ficou na primeira suplência da coligação.

Ainda segundo as fontes, a tendência é que outros nomes, confirmados até fevereiro próximo, também permaneçam nos cargos, pois Dino pretende fazer poucas mudanças no secretariado, apenas para contemplar partidos aliados ainda não ou pouco abrigados no primeiro escalão.

Cicin apresentou certidão defasada para celebrar convênio de Carnaval
Política

Prefeito de Estreito garante que documento foi aceito pela Sectur. Ele espera receber R$ 200 mil para as festividades de Momo

O prefeito de Estreito, Cícero Neco Morais, o Cicin (MDB), apresentou uma certidão defasada do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do levantamento de julho último, para conseguir ter aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur) o projeto para a realização do Carnaval 2018 do município.

A informação foi revelada ao ATUAL7 — despropositadamente — pelo próprio gestor, ao encaminhar o documento entregue na Sectur, solicitando a celebração de convênio no valor de R$ 200 mil. Segundo ele, não houve nenhuma objeção da pasta à certidão apresentada. “Não temos pendências nenhuma com o Estado. Receberam nosso projeto e falaram que estava tudo ok. Não apontaram nada”, garantiu.

A revelação feita por Cicin aponta para possível atropelo à lei, à recomendação do TCE-MA e à portaria da própria Sectur.

Pela determinação do secretário Diego Galdino, feita ainda em dezembro passado e publicada com destaque no Diário Oficial do Estado (TCE) no início deste mês, seguindo o que prevê a legislação específica e o aviso do tribunal para a celebração de qualquer convênio com o Poder Público, é obrigatória a apresentação da certidão da Corte de Contas sobre o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em relação aos portais da transparência.

No caso, o documento deve estar atualizado em relação ao último levantamento feito, em outubro, e não malandramente sobre a data de emissão no sistema, como fez a gestão Cicin.

Procurados a se posicionarem sobre o assunto, a Sectur e o próprio Galdino não retornaram o contato até a publicação desta matéria. O acompanhamento da correta aplicação da legislação cabe ao TCE-MA e ao Ministério Público do Maranhão.

Corrida contra o tempo

No início desta semana, além de Cicin, outros 80 prefeitos estavam na marginalidade.

Com a ampla repercussão da reportagem do ATUAL7 a respeito da proibição para celebração de convênio, pelo menos quatro — de Cajari, São Benedito do Rio Preto, São João do Sóter e Timbiras — correram contra o tempo pelo dinheiro e já se regularizaram.

O restante, 77 prefeitos, incluindo o de Estreito, tem até o próximo dia 20 para cumprir o que determina a lei, se quiserem conveniar com o Estado para as festividades do reinado de Momo.

Diego Galdino joga contra o governo Flávio Dino em entrevista à Timbira
Política

Secretário de Cultura e Turismo do Maranhão apontou 2017 como ‘resgate do Carnaval’. Comunista já era governador em 2015 e 2016

O jovem secretário de Estado da Cultura e Turismo, Diego Galdino, jogou contra o próprio governo durante entrevista à rádio Timbira, nesta quinta-feira 2.

Segundo divulgado pela Agência de Notícias do regime comunista, Galdino destacou o ‘resgate do Carnaval’ em 2017.

“O secretário Diego Galdino destacou os acertos do Governo do Maranhão na organização do ‘Carnaval de Todos 2017’, que, segundo ele, resgatou a participação dos maranhenses e turistas na festa”, diz trecho da matéria — confira na imagem abaixo.

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Ocorre, porém, que pelo menos nos dois carnavais anteriores, de 2015 e 2016, quando o jovem secretário ainda não havia derrubado Delma Andrade da Sectur, o Palácio dos Leões já estava sob o comando de Flávio Dino.

O comunista, como se sabe, sempre se desdobrou e desdobrou a população maranhense nas redes sociais garantindo que sempre fez os melhores carnavais ‘de todos’ no Maranhão, mas acabou sendo oficialmente desmentido por seu subordinado.

Classe artística silencia sobre fantasma de Diego Galdino no TAA
Política

Protegida pelo secretário de Cultura e Turismo foi pivô da queda do ex-diretor Américo Azevedo. Ela foi exonerada após ficar 40 dias sem ir trabalhar

O motivo da mudança de direção no Teatro Arthur Azevedo (TAA), promovida esta semana pelo secretário de Cultura e Turismo, Diego Galdino, parece não ter incomodado a classe artística maranhense, que se preocupou apenas em lançar loas ao novo ocupante do cargo, o produtor cultural Celso Brandão.

Acostumados a serem bancados pelo dinheiro público e a não valorizar e não serem cobrados a valorizar a estrutura do TAA, produtores e artistas celebraram nas redes sociais a saída do jornalista e imortal Américo Azevedo Neto, que caiu após exonerar a funcionária fantasma Gabriela Pinheiro Chung Campos, e o esposo desta, Igo Mesquita, ambos protegidos por Galdino.

Apesar de maiores utilizadores do TAA nos últimos anos, gente como o ator César Boaes, do espetáculo Pão com Ovo; a bailarina Olinda Saul; a atriz Rosa Everton; o músico Paulinho Akomabu; o produtor cultural Moraes Júnior; e o cantor Mano Borges deram de ombros para a revelação pública do escândalo, silenciando sobre o caso, limitando a apenas parabenizar Brandão pela sua chegada.

São pessoas da música, teatro, dança, enfim, conhecedores profundos da cultura maranhense – que, mesmo de longe acompanharam desde coisas simples, mas nunca feitas por diretores anteriores, como a limpeza e aspiração do carpete, lavagem de cortinas, revisão da parte elétrica e a pintura do teatro; às mais complexas, como a parceria feita com as lojas Potiguar sem ônus para os cofres do governo estadual –, mas que ainda assim não se preocuparam em lançar uma nota conjunta, pessoal ou sequer uma linha de revolta ou de indignação em seus perfis nas redes sociais, pedindo a cabeça ou ao menos cobrando respostas de Diego Galdino ou mesmo de padrinho, o secretário de Educação Felipe Camarão – ou ainda do governador Flávio Dino (PCdoB), outro que assiste toda a crise da coxia.

Não que a a indicação de Celso Brandão possa ser um desastre para o TAA, ou que ele tenha menos capacidade ou inteligência que Américo Azevedo Neto, mas causa estranheza e impressiona o fato da classe artística ter assinado embaixo e acatado a ópera de Galdino em defesa da fantasma, ainda mais sabendo que o público está assistindo todo o espetáculo e não aplaude esse tipo de ato.

Queda de Américo Azevedo do TAA foi motivada por fantasma blindada por Galdino
Política

Ex-diretor do TAA havia exonerado protegida de secretário de Cultura e Turismo

A exoneração de uma funcionária fantasma foi a razão para a queda do jornalista Américo Azevedo Neto da direção do Teatro Arthur Azevedo (TAA). Nomeado no posto desde o início do governo Flávio Dino, Américo, que é neto do imortal Arthur Azevedo, deixou a função na terça-feira 10, após por ordem no funcionamento do teatro. Em seu lugar assume o produtor cultural Celso Brandão.

Américo Azevedo, Gabriela Campos e o esposo (ao lado do barbudo) Igo Mesquita (o barbudo)
Divulgação Fantasma venceu Américo Azevedo, Gabriela Campos e o esposo (ao lado do barbudo) Igo Mesquita (o barbudo)

Logo que assumiu a direção do TAA, o ex-diretor convocou todos os funcionários para acertar os detalhes da reabertura do teatro. Contudo, uma funcionária identificada como Gabriela Pinheiro Chung Campos reclamou que não poderia trabalhar em seu horário de expediente, pois havia "arranjado um emprego num shopping". Protegida pelo secretario de Cultura e Turismo, Diego Galdino, Gabriela Campos, que é neta do poeta Bandeira Tribuzi, manteve a palavra e passou a não ir ao trabalho. Na época, Galdino ocupada a secretaria adjunta de Cultura, que ainda não havia se fundido com a de Turismo.

Passados 40 dias, Américo Azevedo resolveu então exonerar Gabriela Campos. No mesmo dia, a pivô da crise de netos de imortais correu para Galdino, que a promoveu, para um cargo na própria Sectur, e ainda ordenou à Américo que não exonerasse o esposo de Gabriela, identificado como Igo Mesquita.

No dia seguinte, porém, Américo bateu de frente com Diego Galdino e exonerou o esposo da neta de Bandeira Tribuzi. Uma semana depois, Américo Azevedo foi colocado na rua.

Como vem ocorrendo com outros nomes cortados pelo Palácio dos Leões, Américo Azevedo, ainda chegou a ser convidado pelo governador Flávio Dino para assumir uma pasta limbo-extraordinária que seria criada especialmente para abrigá-lo, mas recusou.

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