O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de um inquérito que investiga a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e o senador Edson Lobão, ambos do PMDB, na Operação Lava Jato. A Polícia Federal já havia pedido, por duas vezes, o arquivamento dos autos. Ambos respondiam por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O inquérito, aberto em março de 2015, apurava a suspeita de que Roseana teria recebido R$ 2 milhões do esquema de desvios da Petrobras para financiar a campanha eleitoral de 2010. O dinheiro teria sido solicitado por Lobão, à época ministro de Minas e Energia, ao então diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. O relator da Lava Jato no tribunal, ministro Teori Zavascki, deverá formalizar o arquivamento nas próximas semanas.
No pedido enviado ao STF, Janot afirma que não foram colhidas provas suficientes para justificar a continuidade das apurações. “A despeito do esforço investigativo empreendido no presente feito, não se vislumbra, no momento, substrato probatório apto a demonstrar que os fatos nele narrados tenham relação direta com o cometimento de delitos criminais”, escreveu o procurador-geral.
Para o chefe da PGR, apenas a afirmação de Costa de que pagou a quantia “não se mostra suficiente para comprovar a prática de delitos criminais por parte das pessoas referenciadas pelo colaborador”. E, segundo o procurador, “não há nos autos notícia de elementos de prova” para comprovar a acusação do delator.
Este é o único inquérito contra Roseana na Lava Jato, que agora ganha mais força para concorrer ao Palácio dos Leões, em 2018. Já Lobão, por sua vez, continua sendo investigado em um outro inquérito da Lava Jato e por suspeita de participar dos desvios de Belo Monte.
Antes do pedido de arquivamento do inquérito feita pela PGR, a Polícia Federal já havia pedido, por duas vezes, o arquivamento dos autos.
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