MPF pede condenação de Moacir Feitosa e a devolução de R$ 26,5 milhões

Também respondem na ação os ex-secretários de Educação de São Luís, Sueli Tonial e Othon Bastos. Verba do FNDE não teve comprovada a aplicação

O Ministério Público Federal (MPF) pediu, desde o dia 3 de agosto de 2016, a condenação do atual secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa, por ato de improbidade administrativa, durante sua passagem anterior pela pasta, entre os anos de 2009 e 2010. Além dele, também respondem na ação os ex-secretários de Educação de São Luís, Sueli Tonial e Othon Bastos. Eles ocuparam o cargo, respectivamente, entre os anos de 2010 a 2011 e 2011 a 2012.

De acordo com a denúncia assinado pelo procurador da República Régis Richael Primo da Silva, eles teriam deixado de comprovar a aplicação de exatos R$ 26.594.850,61 repassados para os cofres da Prefeitura Municipal de São Luís por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O dinheiro, diz o Parquet, foi enviado para emprego nas ações do Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae) — baixe o documento.

O ATUAL7 solicitou de todos eles, por e-mail da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) e por meio de mensagens inbox numa rede social, um posicionamento sobre o assunto e aguarda retorno.

Segundo a movimentação processual da Seção Judiciária do Maranhão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, apesar do juiz federal Clodomir Sebastião Reis, da 3ª Vara Federal Civil, haver determinado a notificação de Moacir Feitosa, Sueli Tonial e Othon Bastos desde o dia 12 de agosto do ano passado, somente no dia 8 de abril deste ano, quase 10 meses depois, houve a expedição dos mandatos de intimação. A última movimentação, inclusive, ocorreu nesta quarta-feira 30, quando foi juntada aos autos uma petição.

As irregularidades do dinheiro do FNDE foram detectadas por meio de auditoria realizada pela então Controladoria-Geral da União, atual Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), órgão do Governo Federal responsável por realizar atividades relacionadas à defesa do patrimônio público, prevenção e combate à corrupção.

No documento encaminhado à Justiça Federal, o MPF requer o ressarcimento integral dos R$ 26.594.850,61 aos cofres públicos. Também é pedida a perda da função pública que eventualmente os três exerçam; o pagamento de multa civil individualizada, em valor a ser fixado pela juízo onde corre a ação; a suspensão dos direitos políticos dos três; e a proibição de todos de contratar com o Poder Público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.


Comentários

Uma resposta para “MPF pede condenação de Moacir Feitosa e a devolução de R$ 26,5 milhões”

  1. […] o secretário Moacir Feitosa, que se recusa a sentar com os professores para resolver o problema, é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de não comprovar a aplicação de R$ 26.594.850,… repassados para os cofres municipais pelo Governo Federal, para emprego nas ações do Programa […]

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