A Promotoria de Justiça de Matões ingressou, no último dia 18, com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra a ex-prefeita do município, Suely Torres e Silva, a Suely Pereira.
Atualmente segunda suplente do senador Weverton Rocha (PDT), ela ganhou o sobrenome político por ser mulher do ex-prefeito e ex-deputado estadual Rubens Pereira e Silva, o Rubão. Na política também está o filho, o deputado federal licenciado e atual secretário estadual de Cidades e Desenvolvimento Urbano, Rubens Pereira Júnior (PCdoB).
De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério Público, durante o período em que comandou os cofres de Matões, no exercício de 2012, Suely Pereira teria operado irregularmente uma licitação para a festa do Divino Espírito Santo, acima de R$ 650 mil.
A irregularidade, diz o MP, envolve o empresário Fabiano de Carvalho Bezerra e a empresa F.C.B Produções e Eventos Ltda – EPP, a F&F Produções e Eventos. Conhecidos pela Polícia Federal e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), em 2015, ambos foram alvo da Operação Attalea, por participação no desvios na ordem de R$ 60 milhões da prefeitura de Anajatuba.
Constatada a existência do mesmo esquema em Matões, a Promotoria requereu à Justiça, em medida liminar, o bloqueio de bens de Suely Pereira, em valor suficiente ao ressarcimento do dano causado aos cofres públicos. No mérito, condenação à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos.
O pedido também alcança Fabiano Bezerra.
Como as investigações, além de improbidade, apontam que a licitação teria sido frustada para beneficiar a F&F Produções e Eventos, a ex-prefeita de Matões também foi denunciada criminalmente, juntamente com o empresário.
Pelos crimes apontados na esfera penal, se atendido o pedido do MP-MA, Suely Pereira pode pegar, somadas as penas previstas para as irregularidades apontadas, de cinco a nove anos de prisão, além de ser condenada ao pagamento de multa.
Outro lado
O ATUAL7 solicitou de Suely Pereira, por meio de mensagem privada ao seu perfil no Facebook, único canal de contato encontrado, um posicionamento sobre o assunto e aguarda retorno. Não conseguimos o contato do empresário Fabiano Bezerra.
O espaço está aberto para manifestação.
Deixe um comentário