Economia

Banco do Nordeste financia R$ 2,32 bilhões e impulsiona cultura do algodão na Região

Maranhão e Piauí receberam, respectivamente, R$ 153,7 milhões e R$ 150,6 milhões, no período 2013-2017

Nos últimos cinco anos, o Banco do Nordeste financiou R$ 2,32 bilhões para a cultura do algodão no Nordeste, distribuídos em 514 operações de crédito, média de R$ 4,52 milhões por operação. A Bahia, maior produtor do Nordeste e segundo nacional, é o Estado que mais recebeu recursos do BNB: R$ 2,02 bilhões, em 425 operações.

Tanto no Cerrado quanto no Semiárido, a Bahia supera, com grande diferença, a produção dos demais Estados nordestinos, fato que justifica o grande direcionamento de recursos. Outros estados se destacam na Região: Maranhão e Piauí receberam, respectivamente, R$ 153,7 milhões (6,6% do total) e R$ 150,6 milhões (6,5%), no período 2013-2017.

Segundo trabalho do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de pesquisas do BNB, as boas condições climáticas e o mercado aquecido são favoráveis para o aumento na produção em 2018.

A logística de exportação ainda é uma barreira a ser vencida, já que são longas as distâncias de transporte até o porto de Santos. Em novembro de 2017, contudo, os produtores de algodão da Bahia viabilizaram alternativa de exportação pelo porto de Salvador, a 900 quilômetros dos centros de produção baianos.

Já foram enviadas, por exemplo, 200 toneladas de pluma à Turquia. Atualmente ocorrem dois embarques por semana, um para o Norte da Europa e outro para o Mar Mediterrâneo, de onde há conexões para diversos países da Ásia, Oriente Médio e Oceania.

De acordo com a pesquisa do Etene, há grande mobilização da cadeia produtiva em torno de agenda estratégica para tornar a cotonicultura ainda mais competitiva, principalmente via redução de custos de produção, redução dos custos de controle de pragas e doenças, ampliação do plantio direto, engenharia genética de sementes (geração e plantas mais produtivas e resistentes a agentes biológicos e estresses ambientais), avanços na tecnologia das máquinas agrícolas, uso de drones e veículos aéreos não tripulados para controle por imagem e aplicação localizada de produtos.



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