“O Exército não matou ninguém”, diz Bolsonaro sobre morte de músico no Rio
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“O Exército não matou ninguém”, diz Bolsonaro sobre morte de músico no Rio

Presidente classificou os 80 tiros contra carro em que estava Evaldo Rosa e a família como 'incidente'

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) se manifestou publicamente pela primeira vez sobre a morte do músico Evaldo dos Santos Rosa por soldados do Exército Brasileiro, no último domingo 7, no Rio. O carro em que ele estava com a família a caminho de um chá de bebê foi alvejado com 80 tiros de fuzil pelos militares. A mulher dele, o filho de sete anos, uma amiga e o sogro dele também estavam no veículo. O sogro ficou ferido.

“O Exército não matou ninguém, não, o Exército é do povo. A gente não pode acusar o povo de ser assassino não. Houve um incidente, houve uma morte, lamentamos a morte do cidadão trabalhador, honesto, está sendo apurada a responsabilidade”, disse Bolsonaro.

A declaração foi dada em entrevistas jornalistas em Macapá (AP), após inauguração de aeroporto no Estado junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). As informações são da Globo News e do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo Bolsonaro, o Exército sempre aponta responsáveis e, na corporação, “não existe essa de jogar para debaixo do tapete”. Ele citou ainda a perícia e investigação que estão sendo realizadas para apurar as circunstâncias do crime e “ter realmente certeza do que aconteceu naquele momento”.

“O Exército, na pessoa do seu comandante, o ministro da Defesa, vai se pronunciar sobre esse assunto. Se for o caso, me pronuncio também. Com os dados na mão, com os números na mão, nós vamos assumir a nossa responsabilidade e mostrar realmente o que aconteceu para a população brasileira”, afirmou.

Na segunda-feira 8, o Comando Militar Leste (CML) emitiu nota afirmando que os militantes envolvidos na morte do músico Evaldo Rosa foram presos. Ontem 11, eles entraram com um pedido liberdade no Superior Tribunal Militar (STM). O habeas corpus foi sorteado para o ministro Lúcio Mário de Barros Góes, general do Exército. O teor do pedido de liberdade não foi divulgado.



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