Yuri Almeida

Se não fosse aplicado em benefício pessoal, mas em benefício da população do Maranhão, a verba pública que o governador Flávio Dino, do PCdoB, pretende gastar com o aluguel de duas aeronaves daria para manter, por exemplo, pelo menos 11 hospitais de 20 leitos em pleno funcionamento pelo período de um ano. E ainda sobraria dinheiro em caixa para ser investido no mesmo ou em outros setores.

A comparação de prioridades com o dinheiro do contribuinte foi feita pelo Atual7 com base em dados da Portaria n.º 113, da Secretaria de Estado de Saúde, assinada pelo próprio secretário Marco Pacheco, no dia 27 de abril deste ano, com a redefinição dos repasses para municípios contemplados com hospitais de 20 leitos construídos durante a gestão do ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad.

Segundo a Tabela de Critérios de Repasses Financeiros, hospitais como os de Bernado do Mearim, onde a produção hospitalar contempla uma população de mais de 100 mil habitantes, o valor da transferência do governo para a complementação do custeio das despesas decorrentes da manutenção e funcionamento da unidade é de R$ 100 mil por mês – isso se não tivesse dado calote nas prefeituras, como denunciou o prefeito Fred Maia, durante a Marcha dos Prefeitos à Brasília.

Como o comunista pretende torrar R$ 1.163.073,00 (um milhão, cento e sessenta e três mil, e setenta e três reais) mensal para deixar de enfrentar a buraqueira e passar a viajar pelo estado e pelo país de avião, o valor daria para manter pelo menos 11 unidades hospitalares desse molde, e ainda sobraria R$ 63.073,00 (sessenta e três mil, e setenta e três reais) nos cofres públicos para serem investidos em outros ou no mesmo setor.

Se considerado o valor repassado para municípios de apenas 10 mil habitantes, de acordo com a Tabela de Critérios de Repasses Financeiros, o dinheiro público que será gasto com o aluguel das duas aeronaves seria suficiente para manter, com tranquilidade, pelo menos 16 hospitais de 20 leitos pelo período de um ano, e ainda sobraria R$ 43.073,00 (quarenta e três mil e setenta e três reais) em caixa, que poderia ser investidos em outras ações em benefício da população, a exemplo da Ampliação e Modernização da Educação, que já consumiu todo o vergonhoso valor orçado para o ano de 2015, que é de apenas R$ 27.405,30 (vinte e sete mil, quatrocentos e cinco reais e trinta centavos).

E ainda assim sobraria dinheiro.