Em entrevista ao jornal norte-americano “Washington Post”, publicada na noite dessa quinta-feira (25), a presidente Dilma Rousseff (PT) se disse vítima de argumentos sexistas, e atribuiu a baixa avaliação de seu governo a um preconceito por ser mulher.
“Acredito haver um pouco de viés de gênero. Sou descrita como uma mulher dura e forte que põe o nariz onde não é chamada e sou cercada por homens meigos”, ironizou a presidente, complementando: “Você já ouviu alguém dizer que um presidente homem se intromete em tudo? Eu nunca ouvi”.
Questionada sobre o baixo índice de popularidade – a qual Sarney afirmou ocorrer por não estar sendo procurado para lhe dar conselhos -, Dilma disse se preocupar, mas sem “perder o rumo”.
“Me preocupar não significa puxar meus cabelos ou perder o rumo. Você tem de conviver com as críticas e com o preconceito. Eu não tenho qualquer problema em cometer erros. Quando se comete um erro, é necessário mudar. […] Em qualquer atividade, incluindo o governo, você deve, incessantemente, fazer ajustes e mudanças. Se não fizer, a realidade não vai esperar por você. O que muda é a realidade,”, afirmou.
Em meio à entrevista, a petista afirmou ainda que a marca que quer deixar é de uma enorme redução na desigualdade. Falou também que quer criar condições para que as mudanças sociais no País sejam permanentes. Ela destacou que os 12 anos de gestão do PT conseguiram alçar 50 milhões de pessoas à classe média. “Nosso principal objetivo é que o Brasil se torne um país de classe média.”
Como de praxe, a presidente também respondeu perguntas sobre o ajuste fiscal, política externa e corrupção na Petrobras. Neste sábado (27), ela viaja aos Estados Unidos para uma visita oficial de quatro dias na qual se reunirá com o presidente Barack Obama.
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