O governador Flávio Dino, do PCdoB, continua se mostrando cada vez mais uma habilidosa e felpuda raposa política, que aprendeu com perfeição os ensinos passados pelo ex-senador José Sarney, a quem sentava no colo e chamava de tio quando criança, durante as visitas ao Palácio dos Leões em companhia de seu pai, Sálvio Dino, aliado da oligarquia - que lhe sustentou com vários empregos fantasmas - até pouco tempo antes da vitória do filho nas urnas.
![O deputado Marco Aurélio, bom de discurso, mas apenas mais uma raposa comunista em busca de sinecuras](http://www.atual7.com/wp-content/uploads/2015/08/marco-aurelio-e1439046366169.jpg)
No dia 1º de janeiro deste ano, diante da multidão que ficou debaixo do sol escaldante de São Luís para acompanhar de perto a posse do comunista no Palácio dos Leões, Dino assinou o Decreto n.º 30.619/2015, que regulamenta o que determina o Estatuto do Magistério do Maranhão sobre a realização de eleições diretas, por meio de alunos, pais de alunos, professores e funcionários, para diretores escolares da rede pública estadual.
Tudo armação.
Passados mais de sete meses de governo comunista, a escolha dos diretores escolares ainda é feita por Q.I (Quem Indica) e, como em Chapadinha, onde caso de maior descaro teve o dedo solidário do deputado estadual Levi Pontes, em João Lisboa, o Q.I. ficou por conta do deputado comunista Marco Aurélio.
É o que mostra a edição do Diário Oficial do Estado do dia 7 de maio, que traz alterações no quadro de diretores de escolas da rede público estadual de João Lisboa. Por lá, Dino dispensou o agora antigo gestor geral da Escola Centro de Ensino Rio Amazonas, Vald Rui Nogueira de Castro, e sinecurou a indicada pelo deputado do PCdoB, Ivoneide Ferreira Carvalho, em claro aparelhamento do estado.
Temeroso pela derrota do poste Clayton Noleto para a pedetista Rosângela Curado nas eleições de Imperatriz, apenas nas escolas da Princesa do Tocantins foi mantida a direção geral, em virtude de receio dos Sindicatos se mobilizarem em conjunto com a população.
Os apadrinhados do governo devem permanecer sinecurados - se as eleições ocorrem e não houver fraude - até janeiro de 2016, embora o artigo 1.º do Decreto n.º 30.619 aponte que a eleição para diretores escolares da rede pública estadual deveria ter sido "realizada no início do mandato".