Durante boa parte do século passado, os embates políticos que se traçavam colocavam em lados opostos as ditas direita e esquerda. Naquela época, os membros da direita, alinhada ao conservadorismo moral, ético e político, eram árduos defensores da moral e dos bons costumes e contra avanços políticos de classes menos nobres. Como era de se esperar, para se manter no poder, a direita fazia uso de qualquer expediente de compra de votos para vetar o crescimento de qualquer outra liderança política que viesse a surgir. Assim, a direita passou o século passado e início destes novos tempos atrelada a interesses do capitalismo.
Já do outro lado do ringue, a esquerda representava a mudança, os esquecidos, os pobres, descamisados, os trabalhadores que “só tinham a força de trabalho para vender e garantir seu sustento”, os valentes proletários que deveriam lutar contra a exploração dos burgueses, lutar ocupando espaços nas ruas fazendo protestos contra as injustiças como as grandes propriedades rurais e os grandes empresários, e para isso não podiam usar a Justiça já que esta seria formada apenas por gente da “alta”.
Pois bem.
Passado o pequeno resumo da história, trazendo o tema para o que hoje se apresenta no Maranhão, cabe as seguintes perguntas: como age o PCdoB de Flávio Dino e seus adoradores? O perfil deles é de direita ou de esquerda? A primeira eleição de Dino para deputado federal, ele foi eleito com base no voto consciente de trabalhadores explorados e com base em seu trabalho como líder da esquerda?
Como se pode perceber, todas as respostas são simples. Bem simples mesmo!
De forma bem clara, o atual governador do Maranhão, quando deputado federal, foi eleito com votos advindos de currais eleitorais, alguns que ele sequer havia visitado, ganhando uma eleição comprada tal e qual vários fazem no Brasil todos os ligados de representantes da direita.
Porém, se somente isso não basta para provar que Flávio Dino é da direita e o PCdoB se tornou um partido da direita brasileira, basta analisar a forma como, após ter se tornado governador, o “comunista” age contra movimentos sociais.
Ora, Dino respeita algum dos movimentos sociais que ultimamente protestaram contra o governo? Os moradores da Vila Nestor, que fica em Paço do Lumiar, como foi o diálogo com eles? Quem assistiu aos vídeos compartilhados nas redes sociais por centenas de milhares de pessoas viram que os sem-terra foram todos recebidos a bomba e criminalizados como “vagabundos”, tal e qual a direita faz pelo mundo, sem tirar e nem por.
Outra: mais recentemente, quando grevistas da Polícia Civil do Maranhão sofreram com ações judiciais promovidas pelos Leões do Palácio, o desdentado e o faminto metido a rugedor, houve algum diálogo? Claro que não!
Houve, na verdade, ações judiciais para decretar a ilegalidade do movimento, da mesma forma como a direita faz pelo mundo. Mesmo modus operandi dado, inclusive, à parte da imprensa não anilhada, que é censurada por meio de ações judiciais e violência verbal de hienas do sistema dinossauro de comunicação, que atua até mesmo por meio de fakes nas redes sociais e por meio de sentinelas em igrejas, tudo bancado com dinheiro público.
Como se percebe, a única coisa que o PCdoB de Flávio Dino tem de esquerda é a foice e o martelo da bandeira do partido, ainda assim usados apenas para agredir e ferir quem tentar lhe criticar ou a ele se opor.
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