Se a forte suspeita de escamoteio das verbas federal e municipal destinadas para a ponte fantasma Pai Inácio, que já deveria ter sido construída desde outubro de 2013 sobre o Rio Gangan, no Turu Velho, já assombra a reeleição do prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), uma outra obra, localizada no bairro do Vinhais, deve enterrar de vez o projeto de poder do pedetista. A denúncia é da jornalista Mônica Alves.
Na última segunda-feira 24, acompanhado de comitiva, Edivaldo Júnior anunciou ampla reforma na Praça do Letrado, com direito a recuperação de calçadas, reforma na quadra de areia, implantação de bancos e lixeiras, construção de rampas, construção de uma quadra poliesportiva, criação de áreas de convívio, implantação de playground e até de uma academia de saúde. Tudo muito bonito, moderno e de acordo com os anseios dos moradores da região, não fosse um pequeno problema: a placa colocada pelo prefeito de São Luís escondeu o anterior e leva agora um novo valor para a obra.
Colocada no final de 2012 pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB), a primeira placa da reforma na Praça do Letrado apontava que os serviços custariam ao cofres públicos o valor de R$ 483.275,62 (quatrocentos e oitenta e três mil, duzentos e setenta e cinco reais e sessenta e dois centavos). Após derrubar e retirar do local a antiga placa, a nova gestão, de Edivaldo, colocou outra, em valor muito menor: R$ 358.527,38 (trezentos e cinquenta e oito mil, quinhentos e vinte sete reais e trinta e oito centavos) a ser pago para a empresa Techmaster Engenharia Ltda, porém sem explicar no bolso de quem foi parar o primeiro valor destinado para os serviços.
Além do novo valor da reforma fantasma, um outro fato também chama a atenção: na primeira placa, é informado que a Praça do Letrado seria reformada em 120 dias, ou seja, a nova Praça do Letrado deveria ter sido entregue desde o início de 2013, há mais de dois anos. Já na nova placa, é informado um novo prazo, agora de 90 dias, porém não há detalhes de quando os serviços efetivamente começam, em desobediência ao que determina a Lei Federal de 12/1966.
Diante da nova suspeita de desvio de dinheiro público envolvendo o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, a pergunta feita pelo polêmico quadro do programa Fantástico, da Rede Globo, volta a ser feita: Cadê o dinheiro que estava aqui?
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