Apesar do esgoelamento nacional do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em favor da manutenção da presidente Dilma Rousseff (PT), colocando em risco qualquer coalização com um futuro governo Temer, quem recebeu os louros dos poucos dias de sobrevida da petista foi o governador do Ceará, Camilo Santana, do mesmo partido da presidente.
Mesmo em tempo de dinheiro curto, o governo federal abriu o cofre e liberou, nessa segunda-feira 2, cerca de R$ 619 milhões para a obra do Cinturão das Águas. O termo aditivo repassando os recursos já foi publicado no Diário Oficial da União. O dinheiro deve garantir o avanço das obras que têm objetivo de levar água às regiões mais secas do estado.
Em março, a presidente Dilma Rousseff já havia liberado outros R$ 48 milhões para o governador Camilo Santana, por meio de medida provisória. A verba, coincidentemente, também teve como destino ações emergenciais de combate à seca no Ceará.
Além do governador do Ceará, quem também foi beneficiado pela presidente Dilma para grandes obras no estado foi o governador do Piauí, Wellington Dias, também do PT. Em abril, a presidente Dilma anunciou a homologação de uma parceria de crédito de US$ 320 milhões para o Estado comandado por Dias. O financiamento teve como finalidade a duplicação das rodovias BR 316 e 343 nas entradas e saídas de Teresina, para impedir que o trafego pesado de caminhões congestione o Centro da capital piauiense; construção de pontes; e para a construção da estrada que liga a praia do Coqueiro, em Luís Correia, até a praia da Pedra do Sal, em Parnaíba.
Enquanto isso, no Maranhão, a crise financeira nacional e a falta de habilidade política do governador Flávio Dino foi presenteada pela aliada com um profundo corte de 20% no FPE (Fundo de Participação dos Estados), e as obras de duplicação e reparação da BR-135, única via terrestre de entrada e de saída de São Luís, capital do Maranhão, quando retomadas, seguem a passos de cágado.
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