O deputado estadual Adriano Sarney (PV) criticou, no início desta semana, a demora do chefe da Procuradoria Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, em acolher pedidos feitos pela Polícia Federal para o arquivamento de inquérito contra a sua tia e ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), na Lava Jato.
Segundo o parlamentar, Janot sustentou o inquérito mesmo após a PF ter solicitado, por duas vezes, o arquivamento das investigações contra a peemedebista por falta de provas. Ele lembrou que a decisão da PGR de pedir o arquivamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) ocorreu somente após dois períodos eleitores, 2014 e 2016.
“Eu não posso crer que haja ingerência política, de parente do governador Flávio Dino, que hoje exerce a sub-procuradoria na PGR. Acredito na instituição, mas tenho que admitir que achei uma decisão tardia e coincidentemente tomada após dois períodos eleitorais”, avaliou.
Adriano elogiou o trabalho feito pela Polícia Federal, que cultiva como procedimento ético a investigação minuciosa dos fatos, dos crimes, antes de levar à Justiça as pessoas investigadas, uma postura que, segundo o parlamentar, se contrapõe à atitude da PGR. Para ele, a procuradoria tem exposto nomes de personalidades públicas ao julgamento popular e midiático baseando-se apenas em delações de criminosos.
“Fato é que a Polícia Federal não concorda com o método da PGR. A PF investiga crimes, não pessoas”, disse.
Ainda durante o discurso, Adriano Sarney comemorou o fato da STF, menos de 24 horas após receber a manifestação da PRG, ter decidido pelo arquivamento do inquérito, inocentando e tirando Roseana da Lava Jato. “A justiça prevaleceu”, declarou.
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