O prefeito eleito de Timbiras, Antônio Borba Lima (PSDB), pode ser cassado por suposta captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico. De acordo com processo que corre na Justiça Eleitoral do Maranhão, Borba e seu vice de chapa, Reginaldo Leal Fonseca, o Neguinho das Flores(PR), são alvos de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por terem repassado requisições a motoqueiros para abastecer em um posto de combustível da cidade, no final de setembro último, período de plena campanha eleitoral.
A acusação é do promotor Rodrigo Ronaldo Martins Rabelo da Silva, do Ministério Público Eleitoral (MPE) do Maranhão, que afirma ter flagrado, durante um evento da coligação de Antônio Borba e Neguinho das Flores, no Centro de Timbiras, uma “quantidade muito expressiva de motocicletas que abasteciam sem pagar pelo combustível”. O Parquet afirma que, ao interrogar um frentista, teria sido informado sobre a existência e localização de uma caixa onde estavam os vales combustível, um total de 585 vales.
“Tendo sido contados 585 vales combustível no valor individual de R$ 5,00, sendo certo que os representados patrocinaram a distribuição de combustível para eleitores do município de Timbiras em plena campanha eleitoral”, diz a inicial.
Para o MPE, Borba e Neguinho teriam violado o art. 23, § 5º, da Lei das Eleições, que proíbe qualquer tipo de doação em dinheiro, troféus, prêmios, ajudas de qualquer espécie feita por candidato entre o registro de candidatura e a eleição para pessoas físicas ou jurídicas. Pelo suposto crime, o Parquet pede que o prefeito eleito de Timbiras e seu vice tenham o registo de candidatura cassado. Caso a sentença seja proferida após a diplomação, acrescenta o promotor, que seja, então, cassado o diploma de ambos.
O ATUAL7 tentou entrar em contato com Antônio Borba Lima, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.