O dinheiro gasto pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), com o aluguel de aviões de uma de suas doadoras de campanha, o total de R$ 9.424.751,55 (nove milhões, quatrocentos e vinte e quatro mil, setecentos e cinquenta e um reais e cinquenta e cinco centavos), daria para comprar 121 ambulâncias para serem distribuídas para os municípios do Maranhão, onde o Estado mantém hospitais regionais ou Unidades de Pronta Atendimento (UPAs).
O valor corresponde ao dispêndio do Palácio dos Leões com a empresa Heringer Táxi Aéreo Ltda, de Imperatriz, em apenas dois anos, para uso pessoal do governador, vice-governador e membros do primeiro escalão do governo — além de parentes destes e de servir de carona para deputados estaduais que queiram passear nas aeronaves.
Com o mesmo valor, se a prioridade do governo fosse outra, de fazer a diferença para melhorar a vida das pessoas, como na época da campanha eleitoral, daria também para adquirir 195 viaturas policiais, construir 224 quadras poliesportivas, beneficiar quem tem sede e a água não chega com 19.379 caminhões-pipa ou ser utilizado para o fornecimento de até 4.504.504 pratos de merenda escolar.
O levantamento foi feito pelo ATUAL7 com base na plataforma De Real para Realidade, do Estadão, que permite ao leitor ter a exata dimensão de quanto vale o dinheiro desviado dos cofres públicos em casos de corrupção. A ferramenta converte automaticamente valores informados em denúncias ou suspeitas de desvios em bens ou investimentos públicos.
Apesar da Heringer Táxi Aéreo ser camarada de Flávio Dino (PCdoB), já que aparece como uma de suas doadoras de campanha nas eleições de 2010, não há informação — acredita-se — de que o dinheiro esteja sendo desviado, mas desperdiçado. Em tese, o desperdício de dinheiro público em gastos supérfluos não caracteriza ilegalidade, porém, o uso da verba pelo Palácio com os aviões vai na contramão do discurso de mudança e de um Maranhão melhor e para todos os maranhenses pregado pelo governo comunista.
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