O deputado estadual Stênio Rezende (DEM) virou piada nas redes sociais após divulgação de fotos em que ele aparece de visual novo, resultante de uma cauterização capilar feita durante o recesso parlamentar. Rapidamente, as imagens foram transformadas em memes insinuando que o cabelo do parlamentar teria sido alisado com óleo de babaçu, em alusão a suposto envolvimento do democrata num esquema de propinagem que teria ocorrido em 2011 na Assembleia Legislativa do Maranhão.
De acordo com investigação instaurada pelo Ministério Público Estadual à época, diversos deputados estaduais maranhenses teriam acertado o recebimento de pixulecos para aprovar um projeto de lei que flexibilizava a derrubada de palmeiras de coco babaçu — considerada um dos símbolos do Maranhão, e protegida por lei.
A matéria acabou sendo aprovada pelos parlamentares, mas somente Stênio Rezende, então filiado ao PMDB, teria embolsado a propina sozinho, no valor de R$ 1,5 milhão — o montante deveria ter sido dividido entre os supostos participantes do esquema.
O dinheiro, segundo chegou a levantar os promotores de Justiça Marcos Valentim Pinheiro Paixão e João Leonardo Sousa Pires Leal, teria sido pago por empreiteiros em negociação que envolveu o Sindicato das Empresas de Construção Civil (Sinduscon).
Curiosamente, além da discussão sobre o caso ter sido abandonada pelo Parquet, em 2015, a Associação do Ministério Público do Maranhão (Ampem) homenageou Stênio Rezende com a Medalha do Honra ao Mérito.
Já os deputados que teriam sido passados para trás pelo democrata chegaram a ensaiar a abertura da famigerada “CPI do Babaçu”, mas tudo acabou em pizza.
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